São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


U2
"É lamentável que um jornal como a Folha, comemorando 85 anos, abra espaço para um comentário tão tolo e infantil como o de Marcos Augusto Gonçalves na Ilustrada de ontem ("Bono personifica a chatice da correção política", pág. E4). Parece redação de um aluno mimado de nossas escolas particulares. Pobres o texto e o pensamento."
Mauro Dolabela Fantaguzzi (Belo Horizonte, MG)

 

"Absurdas as afirmações de Marcos Augusto Gonçalves sobre o vocalista do U2, pois Bono, além de ótimo músico, não hesita em usar sua fama para ajudar minorias e para transmitir sua mensagem de paz de maneira sincera. Parece que somente mocinhos malvados podem ocupar o lugar de "rockstars" descolados."
Camila de Pieri Benedito (Jaú, SP)

 

"Fiquei decepcionada ao ler na Folha de ontem os textos sobre o show maravilhoso que o U2 fez no Morumbi. O Bono pode ser, na opinião dos jornalistas, tudo o que eles falaram, mas ninguém pode negar que a apresentação foi espetacular. Se queriam "meter a boca" no show, por que não reclamar dos preços absurdos dos ingressos? Ainda bem que eu estava lá para assistir ao show ao vivo e não tive que depender do jornal para ter alguma notícia."
Elisângela Gomes Parmigiani (São Paulo, SP)

 

"Já que Bono acredita, segundo o "jornalista" Marcos Augusto Gonçalves, em "duendes progressistas do Terceiro Mundo" e, dessa forma, o prezado jornalista o transforma em um "equivocado", seria interessante saber se Marcos Augusto teria o mesmo comportamento se um astro pop qualquer desembarcasse nestas plagas para emprestar seu apoio ao tucanato ou a qualquer outro seguimento de nossa política nacional colocado entre o centro e a direita. É interessante notar que a visita do mesmo talentoso Bono ao Fórum Econômico Mundial não causou a mesma ira da nossa "imprensa"."
Leandro J. C. Gonçalves (Franca, SP)

Trabalho
"Muito oportuno o editorial "Sem trabalho nem escola" (Opinião, 21/2). Como professora pública que fui durante 28 anos, quero alertar as autoridades e a própria sociedade e dizer que o nosso sistema educacional não atende às classes populares. Nossas crianças pobres são gradativamente expulsas da escola brasileira pelo mau gerenciamento de tudo o que é público. As escolas fazem exigências incompatíveis com a população de baixa renda, além de imporem uma disciplina baseada em castigos, como deixar a criança sem merenda ou sem recreio por dias. Isso sem falar nos castigos físicos entranhados em nossa cultura autoritária. A imprensa deveria abrir mais espaço para o povo questionar e debater a educação, tratando com mais seriedade as denúncias de não-cumprimento do ECA nas escolas."
Maria da Glória Costa Reis (Leopoldina, MG)

Desprezo
"Este país está tão acostumado a tratar as pessoas pobres com desprezo que, quando um presidente da República privilegia essas pessoas com medidas que irão beneficiá-las, essas medidas são vistas com ironia. É o caso da Folha, que as classifica como "pacote de bondades" de Lula, numa demonstração de falta de respeito com a população mais carente ("Lula vai ampliar alcance do Farmácia Popular", Brasil, 21/2)."
Benjamin Eurico Malucelli (São Paulo, SP)

Socorro
"Muito oportuno, porém muito "light" o editorial "Socorro agrícola" (Opinião, 18/2). Precisava falar da vergonha desse "lobby" de milionários e "chupins" fazendeiros que não desgrudam das tetas da pátria. O governo tem de assistir é ao coitadinho. O agricultor familiar que perdeu a rocinha por falta de chuva, o comerciante que perdeu a mercearia com a enchente etc."
Lélio Sarreta (Buritizal, SP)

Segurança
"Em relação ao publicado na reportagem "PM reforçou cerco, mas não interveio" (Cotidiano, 18/2), o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Marcelo Itagiba, afirmou que, com base numa hipótese levantada pela área de inteligência de que traficantes rivais aos da favela da Rocinha poderiam invadi-la, a Polícia Militar, embora não houvesse qualquer informação concreta que indicasse data e hora da ação criminosa, reforçou o cerco ao local imediatamente, cinco dias antes da invasão. O secretário informou que, por conta da dimensão da Rocinha, não foi possível impedir a ação e, com isso, a PM optou por evitar entrar na comunidade, que ficou às escuras, para não expor a mais riscos os moradores. Quando amanheceu, foram presos 14 dos bandidos invasores. A frase atribuída pelo repórter ao secretário -de que a PM não interveio para evitar que a instituição fosse acusada de mortes de moradores- foi dita pelo comandante-geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, mas não como justificativa da opção pela estratégia de cerco. Após explicar que a razão se deveu à preservação dos moradores, o comandante somente comentou que, em situações anteriores, a PM fora injustamente acusada de ter atingido inocentes baleados por bandidos."
Ricardo Gouveia, coordenador-chefe de Comunicação Social da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Mario Hugo Monken - A frase do secretário de Segurança foi a seguinte: "Sempre que a polícia está presente e ocorrem mortes, botam a culpa na polícia".

Maluf
"Sobre a observação de Fernando Rodrigues a respeito de Paulo Maluf ("Nada ficou provado", Opinião, 20/2), informo que o Supremo Tribunal Federal, em decisão expressada em outubro de 2005, considerou a prisão do ex-prefeito de São Paulo injusta, o "que causou danos irreparáveis" à sua imagem."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Ética, estética e ideologia
"Num artigo hermético ("Tendências/ Debates", 20/2), de pouco mais de 600 palavras, o doutor Gabriel Chalita mistura ética, estética e ideologia, aprofunda-se no vazio e avança na superficialidade. Cita 13 baluartes (de Guimarães Rosa a Adélia Prado, passando por Aristóteles, Bobbio, Maquiavel e Marx) como que tentando dar substância a idéias ocas que não apontam para lugar nenhum -exceto para uma revolta contra não se sabe bem o quê. Talvez ele devesse mandar bilhetes aos desafetos, podendo economizar citações, ser mais direto e poupar o nosso tempo. Tem a própria cara do governo do Estado."
Rogério de Moraes (Botucatu, SP)

85 anos
A Folha agradece as mensagens pela passagem de seus 85 anos recebidas de: Ruy Martins Altenfelder Silva, presidente do Centro de Estudos Estratégicos e Avançados do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo -Ceea/Ciesp (São Paulo, SP); Antônio Carlos dos Reis, presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e conselheiro da Bolsa de Valores de São Paulo (São Paulo, SP); Ângela Cassiano, Acesso, assessoria de comunicação (São Paulo, SP); Eletrofrio Refrigeração Ltda. (São Paulo, SP).


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