São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Silêncio
"Acho um absurdo o projeto de lei do vereador Carlos Apolinário que modifica algumas regras da lei do Psiu (Programa de Silêncio Urbano): redução nos valores das multas, ampliação do prazo para que o denunciado possa recorrer e a visita do fiscal e do dono do estabelecimento denunciado à casa do denunciante. Na minha opinião, o vereador Apolinário está defendendo os interesses das igrejas evangélicas, recordistas em reclamações.
Existem igrejas que fazem um culto digno e exemplar, mas a maioria só faz barulho, algazarra, escândalos, não se preocupando com o bem-estar dos moradores e vizinhos desses estabelecimentos. Se antes a lei do Psiu já era falha e ineficiente, agora é o mesmo que considerarmos a sua extinção.
Gostaria de saber como o vereador Apolinário se sentiria se uma dessas igrejas, bares ou restaurantes perturbassem o sono de sua família. O vereador deveria ter vergonha por criar um projeto desses, que só prejudica os cidadãos de bem que querem ter paz e descanso, principalmente nos finais de semana. Por isso sempre continuaremos sendo país de Terceiro Mundo."
IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP)

Oriente Médio
"Enganam-se os que apostam na diplomacia para se alcançar a paz entre israelenses e palestinos. Por mais paradoxal que pareça, a via do conflito é a única que devolverá à região a convivência respeitosa entre os dois povos. Se o Estado judeu foi criado à força, pela mesma medida nascerá um Estado palestino."
MARCOS ABRÃO (São Paulo, SP)

Menina esquecida
"Diante da omissão do Judiciário, Ministério Público e demais autoridades no vergonhoso caso da menina 23225, "esquecida" por anos no Hospital Psiquiátrico Pinel (Cotidiano, 21/3), cabe salientar que a omissão de funcionário público, quando tem o dever de agir, pode caracterizar crime de prevaricação e atenta contra o princípio da moralidade. Com a palavra agora o Conselho Nacional de Magistratura e os outros órgãos de fiscalização. Que a polpuda indenização por danos morais que essa menina faz jus pelo criminoso abandono seja suficiente para encontrar amparo em alguma instituição ou lar, já que uma menina rica jamais seria esquecida."
WASHINGTON LUIZ DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Isabella
"O advogado de defesa do casal Nardoni espera convencer os jurados com o depoimento dos seus clientes Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Quer que eles sejam vistos e ouvidos falando a sua verdade. Apelando para o lado emocional, o advogado diz que "tem mais duas crianças desamparadas, sem pai e sem mãe, que estudam com outro sobrenome". Na presença dos réus, os jurados terão a oportunidade de relembrar que esses mesmos pais não pensaram em seus outros filhos quando praticaram tamanha barbaridade. Além da mãe de Isabella, quantas mães não choram a perda de seus filhos por crimes dessa natureza?"
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Rio
"Segundo dados do Ministério do Planejamento, o número de funcionários federais ativos do Executivo em novembro de 2009 totalizava 550.479, dos quais 113.492 (20,6%) estavam lotados em órgãos localizados no Rio, enquanto na capital federal trabalhavam 61.043 (11,1%).
Após meio século da transferência da capital para Brasília, o número de funcionários federais lotados na antiga capital é o dobro dos existentes no Distrito Federal. A mudança ficou pela metade. E os fluminenses ainda atribuem o esvaziamento econômico do Rio à transferência da capital para o planalto central..."
ROLDÃO SIMAS FILHO (Brasília, DF)

Apagão
"Em resposta ao comentário intitulado "Apagão e apaguinhos" (Opinião, 19/3), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) esclarece que a última ocorrência de maior repercussão no Estado foi provocada por causas naturais. No dia 18 de fevereiro, um vendaval comprometeu pontualmente o fornecimento de energia em algumas áreas de Recife. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia, os ventos atingiram velocidade superior a 80 km/h.
A concessionária ressalta que o caso, motivado por fenômeno da natureza, não pode em hipótese alguma ser atribuído à suposta redução de investimentos. Sobre o volume de recursos investidos na rede, a Celpe informa que o Programa Luz para Todos (programa específico e finito) consumiu, em 2008, R$ 150 milhões. Já no ano passado, o plano de universalização exigiu R$ 37 milhões. O volume anual médio de investimentos da companhia, desde 2000, tem sido superior a R$ 200 milhões, valor adequado para a área de concessão. O número médio anual de interrupções no fornecimento de energia elétrica está abaixo do estabelecido pela Aneel e da média da região Nordeste."
RODRIGO CARVALHO, gestor da Unidade de Relações com a Imprensa da Celpe (Recife, PE)

Política externa
"Mark Weisbrot ("Tendências/ Debates", 21/3) foi muito feliz em suas considerações a respeito da posição do presidente Lula. Além de explicitar a coerência que há na política internacional de Lula, explicitou a incoerência da posição dos EUA. Parafraseando Weisbrot, o mundo precisa desse tipo de crítica, e precisa seriamente dela."
ISADORA L. MACHADO (Campinas, SP)

Daime
"Pertinente a discussão sobre a ayahuasca (Santo Daime) no Mais! (21/3). No entanto, apesar das afirmações de que se trata de "uma droga benigna" em comparação com outras ou que "o chá não é fisiologicamente perigoso", eventuais riscos podem ser prontamente deduzidos das ações de seus componentes (DMT e harmina). Além do efeito psicotomimético, podem ocorrer elevações de pressão arterial e frequência cardíaca, particularmente resultante da interação com determinados alimentos.
Os efeitos de substâncias psicoativas são bastante relacionados ao contexto e às experiências prévias de quem utiliza. Causa preocupação a transferência do uso da ayahuasca da floresta para o meio urbano, sobretudo por não haver um cuidadoso controle de quem pode fazer uso da mesma (excluindo, por exemplo, pacientes psiquiátricos ou com hipertensão arterial)."
FABRÍCIO DE ARAÚJO MOREIRA, professor de farmacologia da UFMG (Belo Horizonte, MG)

Drogas
"Mesmo considerando a minha pouca simpatia pelo sr. Cesar Maia e por seu partido, não posso deixar de concordar com sua manifestação contrária à "descriminalização" das drogas (Opinião, 14/3). Não compreendo a diferença entre descriminalização e "liberou geral", e me apavora que sejam acrescentadas às drogas legais já disponíveis (álcool e tabaco) a cocaína, a maconha, o crack etc. Imagino estas drogas sendo vendidas em balcões de bar e em farmácias, entregues por motoboys etc. Faça-se isto e o país virará uma imensa Cracolândia."
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Teatro
"Vejo que o prefeito Gilberto Kassab vai patrocinar com o dinheiro dos nossos impostos a reconstrução do Teatro Cultura Artística. Que eu saiba, não se trata de uma entidade da prefeitura, mas privada. Se for este o caso, tem ele o direito de aumentar o IPTU para aplicar num teatro que não é gratuito? Não sou contra a cultura, mas contra patrocínios com dinheiro público."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

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