São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007 |
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Aborto "Em relação à discussão sobre um plebiscito para decidir a legislação do aborto, há muitas questões a serem analisadas anteriormente à sua eventual convocação. Há uma enorme desinformação sobre o tema, e sua discussão, muitas vezes sensacionalista, é feita por espasmos e de maneira inconsistente. "Más leis são a pior forma de tirania", já dizia Burke. Nosso anacrônico Código Penal, escrito há 67 anos, prevê prisão para a mulher que decide pelo aborto. Essa lei é simplesmente ineficaz. Aproximadamente um milhão de mulheres optam pela interrupção da gravidez a cada ano no Brasil e, entre estas, há um contingente que representa a quarta causa de mortes maternas. É óbvio e esperado que nenhuma delas deva ir para a cadeia. Aí reside o cerne da questão. Por outro lado, a formulação de questionamentos públicos pode modificar completamente o enfoque das respostas." THOMAZ RAFAEL GOLLOP , professor-doutor livre-docente em genética médica pela USP (São Paulo, SP)
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