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PAINEL DO LEITOR
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Brasília
"À zero hora de 21 de abril de
1960, como violinista da Orquestra
de Câmara de São Paulo, participei,
com o Madrigal Renascentista de
Belo Horizonte, da execução da
"Missa da Coroação", de Mozart,
inaugurando, na Esplanada dos
Três Poderes, a nova capital, Brasília, esperança de um Brasil promissor e justo.
Hoje, passados 50 anos, não tenho motivo para comemorações.
A democracia de então passou
por um período ditatorial, seguido
de uma pseudodemocracia, que, na
realidade, não passa de uma mal
disfarçada ditadura.
O Legislativo preocupado com os
mensalões da vida; o Judiciário
transformado em quintal do Executivo; o Executivo fazendo pouco caso do Judiciário."
ROBERTO TWIASCHOR (São Paulo, SP)
"Salve Brasília, cinquentona! Há
meio século, JK inaugurava a nova
capital do Brasil. Foi desbravando
sertão adentro o Estado de Goiás
até chegar à região demarcada para
ser o novo Distrito Federal. Mangas
arregaçadas, mãos à obra! Trabalho
acelerado e regado a uma grande
dose de entusiasmo para ver a nova
cidade construída antes do término
do seu mandato.
Brasília tem hoje o dobro de habitantes do que previa o seu projeto.
O sucesso tomou conta não apenas dos candangos mas de toda a região que circunda a nova capital, levando grande progresso ao Centro-Oeste."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)
Tiradentes
"Parabéns à Folha pela publicação do artigo "Pelo Brasil que Tiradentes sonhou" (ontem), de Roberto Livianu. Sem sombra de dúvida,
os mártires que sonham com uma
sociedade mais justa deixam sementes profícuas, que, mais dia,
menos dia, serão separadas do
joio."
MAGDA SÍLVIA BERTOLUCI LEARDINI (Rio Claro, SP)
Quase iguais
""CNJ aposenta juíza que deixou
jovem presa com homens" (Cotidiano, ontem).
Falta muito para o Brasil ser uma
verdadeira democracia.
Enquanto "castas" como juízes e
outras "autoridades" tiverem regalias insanas, o Brasil permanecerá
no atraso.
A pena administrativa máxima
para juízes é aposentadoria compulsória. É mais uma prova da nossa ditadura das castas, onde "são todos iguais, mas uns mais iguais que
outros", como diria George Orwell."
EDUARDO CANDIDO XAVIER (Campinas, SP)
Comparação
"O artigo do petista Fernando
Ferro ("Comparação entre Lula e
FHC é inevitável", 20/4) é uma ladainha que só engana leigos.
Quem tem um mínimo de cultura
e acompanha a imprensa sabe que o
senhor Lula ficou dois mandatos
como presidente do Brasil e não teve coragem nem competência para
implantar nenhuma reforma.
As reformas tributária e trabalhista nunca saíram do papel, e a
educação, a saúde e a segurança estão no fundo do poço.
Nunca antes neste país se morreu
tanto nas filas dos hospitais públicos por falta de atendimento.
E o presidente Lula ainda teve a
cara de pau de dizer que, em matéria de saúde, estávamos à beira da
perfeição.
O governo FHC foi perfeito? Não.
Teve suas falhas? Sim. Mas, sobre o
governo Lula, fico com a definição
que lhe deu o ex-ministro da "Sealopra", Mangabeira Unger, em artigo
que teve repercussão nacional.
Será que o senhor Fernando Ferro se lembra?"
LAERCIO A. C. NEVES (Ribeirão Preto, SP)
Transporte
"Bonita propaganda fez o senhor
José Luiz Portella Pereira do governo a que serve ("Próxima parada:
nossa cidade", "Tendências/Debates", ontem).
Ao que me consta, minha diarista,
que mora no Campo Limpo e vem
para o Real Parque, necessita pegar
dois ônibus e andar um trecho em
aclive de aproximadamente 800
metros para chegar ao seu destino
final (primeiro banho do dia), pois
as peruas já vêm lotadas de manhã.
A propósito, gostaria de perguntar ao senhor secretário como faço
para ir do Real Parque a Santo André (Hospital Estadual Mário Covas) sem gastar inutilmente uma
1h15 no meu automóvel."
NATHAN HERSZKOWICZ , médico (São Paulo, SP)
Inclusão
"Sobre a carta "Inclusão" ("Painel
do Leitor", ontem), da senhora Izabel Maior, é preciso esclarecer que
José Serra conhece a área de inclusão de pessoas com deficiência como poucos e fez muito por todos.
Ele criou biblioteca com conteúdo acessibilizado para qualquer deficiência sensorial ou múltipla, que
serve também à capacitação de profissionais e atende até mesmo surdos-cegos. Fez um calendário de vacinação específico para quem tem
síndrome de down e implantou um
centro para desenvolvimento de TI
voltado à educação de crianças com
deficiência intelectual e capacitação de docentes.
Ter instituído o desenho universal em 100% das habitações de interesse popular, ter acessibilizado a
malha metroferroviária e ter entregue seis unidades da Rede de Reabilitação Lucy Montoro conferiu reconhecimento inquestionável de
todos que analisam e vivem o assunto com seriedade e sem paixões
políticas."
MARCO ANTONIO PELLEGRINI , coordenador de
acessibilidade da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência (São Paulo, SP)
UNE
"Em tempos de eleição, o governo
Lula acena destinar à UNE a "merreca" de até R$ 30 milhões por conta
da destruição de sua sede durante a
ditadura militar.
Pelo visto, tudo de ruim que a ditadura militar fez está sendo repassado aos companheiros -e pelos
companheiros- em busca do voto
de cabresto. Já não se fazem estudantes como antigamente.
Antes, eles saíam às ruas e brigavam pela ética e pela transparência
de seus governantes.
Nos dias de hoje, o governo do PT
inovou ao comprar consciências de
estudantes sedentos por dinheiro,
verbas e mordomias. Tantos foram
os anos de abusos com o dinheiro
público que os estudantes aprenderam que, para ter alguma "coisa" ($),
basta vender o voto, ficar calado
diante das canalhices que os parlamentares fazem diariamente e está
tudo certo.
É a aplicação da frase: "Pagando
bem, que mal tem?"."
LUCIANA LINS (Campinas, SP)
Universidade
"Para ser mais condizente com o
seu conteúdo, em vez de "Políticas
públicas no ensino superior", o título mais apropriado para o artigo do
reitor da Uniban, Ellis Wayne
Brown ("Tendências/Debates", 20/
4), deveria ser "Políticas públicas interessantes ao capital privado investido no ensino superior do Brasil"."
JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)
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