São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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São Paulo
"Em relação às reportagens publicadas ontem a respeito de eventos que reuniram o presidente Lula e o governador Serra na terça-feira (caderno Brasil), gostaríamos de esclarecer o que segue.
1. A respeito do evento em Heliópolis, na cidade de São Paulo, segundo a Folha, o governador disse que "nós temos uma perspectiva comum no governo do Estado, que é a da prefeitura e que é a mesma do governo federal". Mas a transcrição da Folha omitiu o resto da frase: "e que é a mesma do governo federal com relação às favelas. O trabalho fundamental não é removê-las, é transformá-las em bairro. Remoção é necessária onde as pessoas moram em áreas de risco, sujeitas a desabamentos ou invasão de águas poluídas (...). Esta orientação nós seguimos ao pé da letra na prefeitura e no governo do Estado".
2. Em Santos, em momento nenhum o governador José Serra pretendeu criticar o ex-governador Geraldo Alckmin. Em seu discurso, referiu-se à burocracia enfrentada pelos governos para executar obras importantes para a população, conforme a transcrição: "A administração pública, se não tiver cobrança, não funciona. Porque, às vezes, ela está preparada para não fazer, diante de todas as exigências que se apresentam e da inércia burocrática". O governador José Serra mencionou como exemplo que o programa do governo do Estado Onda Limpa, com financiamento japonês (quase R$ 1,3 bilhão), que irá despoluir todas as praias da Baixada Santista e levar tratamento de esgoto a quase 100% delas, foi iniciado pelo governador Mário Covas, mas que as obras só começaram no atual governo. Como Serra tem dito dezenas vezes em discursos no interior, na capital e na própria Baixada (quando anunciou o início da obras), essa e outras demoras se devem ao trabalho e ao tempo para obter financiamentos, obter limites de endividamento, aprová-los no Senado, na Procuradoria da Fazenda, no Tesouro, na Assembléia Legislativa, fazer projetos básicos e projetos executivos (que exigem concorrência), conseguir licenças ambientais, realizar desapropriações, abrir a concorrência pelas obras, encarar as disputas judiciais entres as construtoras, receber e resolver eventuais objeções do Tribunal de Contas ou do Ministério Público, negociar redução de preços etc. Note-se que, no caso do Onda Limpa, para culminar, uma das vencedoras teve de ser eliminada depois de problemas que a afetaram em obras em outros Estados.
Em seu discurso, que seguiu ao do governador Serra, o presidente Lula recolheu o exemplo para alertar a respeito do andamento do PAC, como, aliás, tem feito também repetidas vezes."
ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Luta armada
"Muito bom o artigo de 19/5 de Marco Antonio Villa ("Falácias sobre a luta armada na ditadura'). O pessoal da luta armada tem reescrito a história como se fossem os vitoriosos, quando quem venceu foram os democratas.
Se a luta armada tivesse vencido com as pessoas que estão hoje no governo, a ditadura em nome do povo teria censura, só um ou dois jornais do partido único, TV do Estado, prisões arbitrárias, execuções..."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

PAC
"Creio ter havido um equívoco ou má-fé no título da reportagem "PAC pode agravar exploração sexual infantil" (Cotidiano, 18/5). É o PAC o grande responsável pelo agravo dos casos de exploração infantil? Ou a exploração sexual infantil é fato comum na região de Salgueiro (PE)?
Sinceramente, acho que essa reportagem foi usada como pretexto para desqualificar obras importantes do governo federal no meio daquela região paupérrima e abandonada por sucessivos mandatários a serviço de coronéis nordestinos."
LUIZ ROBERTO PERES (Bauru, SP)

Ortografia
"Gostaria de fazer uma pequena correção na fala a mim atribuída no texto "MEC treinará professor para a reforma ortográfica" (Cotidiano, 17/5) -"acho que vamos conviver por um tempo com a antiga grafia e as novas regras. Acredito que vamos para a mudança efetiva a partir do momento em que os impressos [como livros e jornais] forem aparecendo com os novos acentos".
Por se tratar de acordo ortográfico, que, entre muitos pontos, se volta para a supressão de acentos, e não para a criação de novos acentos indicadores de tonicidade, o correto é falar em nova grafia."
MARIA PAULA PARISI LAURIA, assessora de língua portuguesa da escola Nossa Senhora das Graças -Gracinha (São Paulo, SP)

Transportes
"Aviltante o "empurrador de passageiros", que, deste momento em diante, serão tratados simplesmente como gado. Não há outra solução? Essa certamente não melhorará o trânsito da cidade de São Paulo. Os poucos motoristas conscientes, que cogitam usar o transporte público como alternativa, certamente fugirão horrorizados da hipótese de serem "empurrados".
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, ao largo de qualquer interferência da prefeitura, trocadores de ônibus são paulatinamente despedidos em nome da tecnologia e do lucro, aumentando a população marginalizada e impotente diante de tanta mesquinhez e descaso."
KARLA S.M. COUTINHO (São Paulo, SP)

TV Cultura e Assembléia
"Um dos itens do "Manual da Redação" da Folha estabelece a importância de ouvir o outro lado -"Todo fato comporta mais de uma versão. Registre sempre todas as versões para que o leitor tire suas conclusões. Quando uma informação é ofensiva a uma pessoa ou entidade, ouça o outro lado e publique as duas versões em destaque proporcional".
No entanto, no que diz respeito à nota "Debandada", publicada em 20/5 na coluna "Outro Canal" (Ilustrada), do jornalista Daniel Castro, a Fundação Padre Anchieta em nenhum momento foi procurada para dar sua versão sobre o contrato com a Assembléia Legislativa, que vigora até 15 de julho. Sua renovação está sendo negociada, informação que não consta da referida nota."
DENISE PRAGANA, gerente de comunicação corporativa da Fundação Padre Anchieta-TV Cultura (São Paulo, SP)

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