Hotel em Barretos
"Em relação à reportagem "Turismo favorece hotel com R$ 2,4 mi" (Brasil, 17/6), não há fato que comprove a intenção do Ministério do Turismo -ou de seu gestor à época- de favorecer hotel privado.
Não há dados na documentação do empenho que sugiram a possibilidade de desvio de água para o resort. O fornecimento de água para o hotel estava assegurado pela prefeitura de Barretos desde 2005. O empresário de hotelaria citado não relata que tenha negociado alguma garantia com o Ministério do Turismo. A reportagem está baseada exclusivamente na tentativa de valorização do empreendimento com água supostamente garantida pelo governo federal. E ainda na suposição do empresário de que poderia beneficiar-se de um recurso público -um poço artesiano, não projetado, e que, por força contratual, atenderia unicamente às necessidades do Parque do Peão.
Em 2006, o ministério recebeu uma reivindicação da comunidade para construir um poço artesiano no parque. Procurados pela Folha em abril, instamos a reportagem a ouvir os nossos argumentos e a verificar os documentos do empenho da obra junto à CEF. Naquela data, o convênio estava em análise inicial na Caixa.
Explicamos que a execução da obra física seria fiscalizada no local pela Caixa e pelo Ministério do Turismo. Um desvio motivaria a suspensão ou o cancelamento do contrato e a devolução dos recursos empenhados.
Rechaçamos também a tentativa de vincular o ministro de Relações Institucionais a interesses escusos.
O ministro não tem relacionamentos pessoais em Barretos e lá esteve em duas ocasiões, no exercício de sua função."
SANDRA C. INÁCIO, assessora de comunicação da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (Brasília, DF)

"O grupo Os Independentes, organizador da Festa do Peão de Barretos, crê que a reportagem "Turismo favorece hotel com R$ 2,4 mi" confunde a compreensão do leitor sobre a destinação de verbas do Ministério do Turismo para obras do Parque do Peão.
Em 2006, o evento consumiu 30 milhões de litros de água em dez dias. Esse alto consumo gerou a necessidade de ampliação da rede de recursos hídricos sem que a cidade fosse prejudicada.
O Ministério do Turismo, à época comandado por Walfrido dos Mares Guia, destinou, por meio da CEF, a verba de R$ 2,4 milhões para obras de infra-estrutura no parque.
Em nenhum momento foi apresentado à Caixa qualquer documento que mencionasse a perfuração de poço com água quente.
Informo que organização de utilidade pública Os Independentes vendeu um terreno para a empresa Independentes Golden Dolphin Ltda., responsável pela construção do empreendimento imobiliário Barretos Thermas Park, e que o parque aquático do hotel não se beneficiará da verba aprovada e liberada pelo governo federal nem da água captada pelos poços, que serão por ela construídos."
MARCOS ABUD WOHNRATH, presidente do grupo Os Independentes (Barretos, SP)

Cinco a zero
"Aproveitando a vitória do Boca Juniors sobre o Grêmio, para mexer com o brio dos brasileiros, vale lembrar que, numa questão muito mais importante do que o futebol, os argentinos ganham de nós de cinco a zero. Trata-se da produção intelectual.
Eles têm cinco Prêmios Nobel. Isso porque certamente os dirigentes de suas universidades não ficam perdendo tempo com discussões bizantinas, não ficam envolvidos com alunos que não querem nada com o estudo sério.
Espero que a reitoria da Universidade de São Paulo descubra logo qual é o sexo dos anjos e providencie a desocupação de seu prédio, pois somente isso vai desestimular a crescente crise de autoridade (ou onda de "vagabundice'?)."
NESTOR RODRIGUES PEREIRA FILHO (São Paulo, SP)

Unesp
"Em relação à reportagem "PM retira alunos que invadiram a diretoria da Unesp" (Cotidiano, 21/6), em que apareço em foto ao lado dos policiais, esclareço que eu havia assumido o compromisso, em uma reunião com integrantes do movimento de ocupação, de solicitar ao comando da PM concordância com minha presença, ao lado dos alunos, se houvesse a desocupação.
Ao ter ciência da iminência da ação policial, dirigi-me ao comando local, que concordou com a solicitação.
Desse modo, fiquei junto aos alunos no momento da retirada e registrei, no termo circunstanciado de ocorrência policial, que eles saíram pacificamente e que não houve danos ao patrimônio público."
CLÁUDIO GOMIDE, diretor da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp (Araraquara, SP)

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