São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Pela terceira vez em 15 dias, a Folha tenta imputar ao PT e à campanha da candidata Dilma Rousseff algo que não fizemos, não fazemos, não faremos nem admitimos que em nosso nome se faça ("Dado sigiloso de dossiê saiu da Receita", Poder, 19/6). Pela terceira vez, insistimos: se os repórteres da Folha vêm tendo acesso a dados de pessoas ligadas ao candidato do PSDB, cabe ao jornal esclarecer sua origem antes de atribuí-la, de forma direta ou insinuada, a quem quer que seja.
Afirmar que teriam sido "levantados por um grupo de inteligência (...) que começava a ser montado" ou que "circularam no comando de campanha do PT" (em reportagens nos dias 4, 12 e 19 de junho) é procedimento antiético e antijornalístico.
As três reportagens dão como certo e passado o que não existiu nem elas conseguem demonstrar.
Não apresentam provas, evidências ou fontes -nem mesmo supostas fontes anônimas- para sustentar a narrativa ilógica e infamante. Ofendem a inteligência do leitor. Expõem a Folha a um triste papel: preencher o conteúdo de um dossiê imaginário e oferecê-lo ao público em fascículos semanais.
Preocupa-nos sobremaneira a banalização desses vícios jornalísticos no ano eleitoral.
O PT interpelou judicialmente o candidato do PSDB, por ter feito acusação infundada e leviana a nossa candidata, Dilma Rousseff.
Aguardamos sua resposta.
O PT solicitou à Polícia Federal abertura de inquérito para esclarecer a alegada quebra de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Queremos toda a verdade.
Em respeito aos leitores, solicitamos, pela terceira vez, a necessária correção.
JOSÉ EDUARDO DUTRA, presidente nacional do PT (Brasília, DF)

Resposta do repórter Leonardo Souza - Os dados citados na reportagem "Dado sigiloso de dossiê saiu da Receita" estão em dossiê elaborado pela equipe de inteligência da pré-campanha presidencial do PT.

Engenharia
O processo de formação dos novos engenheiros deverá passar por uma nova visão ("País perde US$ 15 bi com má formação de engenheiro", Mercado, ontem). Alem de uma sólida formação científica, o chamado modelo politécnico, as escolas de engenharia devem incluir a inovação como questão determinante na formação do novo engenheiro.
A responsabilidade social e ambiental, o compromisso com a ética e o empreendedorismo também devem ser incluídos no processo de formação dos profissionais para o novo século.
PAULO CESAR BASTOS, engenheiro civil (Salvador, BA)

Copa-2014
A escolha do estádio do Morumbi para a Copa-2014 partiu do governo municipal e estadual de São Paulo e foi apoiado pelo governo federal. O presidente Lula esteve pessoalmente no estádio prestigiando a sua indicação para a Copa.
O senhor José Dirceu ("Painel do Leitor", 19/6) distorce os fatos, acusando o PSDB e o DEM de incapacidade para tal gestão, e antecipa a impossibilidade do Morumbi e do Pacaembu para a candidatura à Copa de 2014. Mas se esquece de citar arenas de papel a serem erguidas em lugares impróprios e o Engenhão, construído para o Pan-Americano, ao custo estimado de R$ 800 milhões, com dinheiro público federal, e que não é adequado nem para clássicos estaduais do Rio.
Defende o senhor Dirceu parcerias público-privadas, nas quais o público entra em clara deturpação do benefício ao cidadão, priorizando oportunidades de negócios que hoje consultores influentes propõem.
Possivelmente haja interessados em um novo negócio em Guarulhos, excluindo a capital de São Paulo da Copa do Mundo, abrigando-a na vizinhança.
A cidade de São Paulo e seus cidadãos têm de estar atentos a essas manobras nebulosas, com declarações de caráter partidário, onde subentendido está o lucro de alguns contra o benefício da maioria da população. O que faz o senhor José Dirceu?
MARCO AURÉLIO CUNHA, vereador, líder dos Democratas na Câmara Municipal (São Paulo, SP)

Brasil
Ao ler o artigo "A encruzilhada do presidente" ("Tendências/Debates", ontem), de Ives Gandra da Silva Martins, cheguei à conclusão de que o Brasil precisa não de um sucessor para Lula, mas de um interventor. Vejamos casos a serem resolvidos:
1 - Enxugar o Estado, expurgando os sindicalistas e parasitas; 2 - Promover a redução da carga tributária, inclusive os encargos sociais que incidem sobre a folha de pagamento; 3 - Exigir e oferecer condições para que o Judiciário exerça suas obrigações com maior rapidez e atualizar a legislação em vigor; 4 - Eliminar a corrupção e organizar os órgãos de controle; 5 - Promover um debate sobre a necessidade de reduzir o número de deputados e de vereadores; 6 - Investir com vigor em obras de infraestrutura, educação e saúde.
JOSÉ CARLOS COSTA (São Paulo, SP)

 

Achei preconceituoso o artigo do senhor Ives Gandra Martins. Nenhum país na história do mundo causou tanta injustiça e financiou tanta guerra como o imperialismo dos EUA. No entanto, Lula mantém o diálogo com eles, como mantém com ditadores. Mas pontuar só os defeitos e omitir as qualidades do presidente parece mediocridade de direita sem tamanho contra um líder que mudou o nosso país em sete anos -o que os outros juntos não fizeram em mais de cem.
JESIEL PADILHA DE SIQUEIRA (Santos, SP)

Braço de Deus
Se o "braço de Deus" faz parte do futebol (Primeira Página, ontem), temos de aceitar o fisiologismo político de resultados, pois este é parte "do jeitinho brasileiro de governar".
Futebol e política no Brasil têm muito em comum, desde que o resultado agrade -e sempre pendendo para o lado mais forte. ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)

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