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PAINEL DO LEITOR
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Homossexualismo
"Lamentável que o ministro Marco Aurélio Mello ("A igualdade é colorida", "Tendências/Debates", 19/8)
deixe o papel arbitral, como ministro do Supremo Tribunal Federal,
para fazer a apologia do comportamento moral de pretensos "18 milhões" de homossexuais, cuja dignidade e direitos civis não estão em
questionamento e cujas agressões
sofridas (assim como aquelas contra os heterossexuais, os gordos ou
os baixos) se dão ou em situações de
culpabilidade dos opressores ou
dos agredidos.
O ministro deve ser cobrado sob
suspeição em qualquer julgamento,
como sobre o heterofóbico projeto
de lei nº 5.003/2001, que impõe pena privativa de liberdade ao cidadão
de bem que não aceitar a normalidade do estilo de vida homoerótica.
A retirada do homossexualismo
do rol das enfermidades não foi resultado de uma decisão cientifica,
mas do "juridicamente correto". A
intolerância dos tolerantes ameaça
a paz social e o Estado de Direito.
Exigimos a liberdade de consciência, a defesa da família e o direito de educarmos nossos filhos de
acordo com a moral cristã."
DOM ROBINSON CAVALCANTI, bispo diocesano da
Diocese do Recife da Igreja Anglicana do Cone Sul
da América (Recife, PE)
Parentes
"Diferentemente do que informou a reportagem "Parlamentares
defendem contratação de familiares" (Brasil, pág. A6, 20/8), o senador Expedito Júnior não contrata o
irmão, mas, sim, o sobrinho.
O parentesco, portanto, é de terceiro grau. A lei 8.112/90 (Regime
Jurídico dos Servidores Públicos)
traz em seu artigo 117 que "ao servidor é proibido: manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro
ou parente até o segundo grau civil".
Portanto a contratação do servidor
não é ilegal.
Essa informação foi citada pela
assessoria de imprensa do senador,
mas o repórter não a levou em consideração e não a citou no texto."
FABÍOLA GÓIS, assessora de imprensa do senador
Expedito Júnior (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Rubens
Valente - A reportagem não disse que a prática é ilegal e contemplou a alegação do senador
sobre a legalidade do ato. A extensão aos senadores, considerados "agentes políticos", da lei
citada é foco de controvérsia jurídica. A Diretoria Geral do Senado disse não haver lei que
proíba a contratação de parentes em nenhum grau. Sobre o
parentesco do servidor contratado pelo senador, leia na
seção "Erramos".
Resolver problemas
"A pesquisa Datafolha publicada
em 5/8 mostrou que o governo Lula
é considerado regular/bom por
84% dos brasileiros, revelando que
a crise aérea e o acidente com o
avião da TAM não afetaram a sua
aprovação.
A explicação, para mim, é que o
povo ainda é ignorante, mas não é
mais bobo, e já percebeu que essas
crises não são responsabilidade de
um único governo. Se quisermos resolver problemas e acabar com crises, temos que fazer uma análise
circunstancial dos fatos em vez de
procurar culpados ou bodes expiatórios.
Na mesma edição, a Folha mostrou que cerca de 3.000 pessoas saíram às ruas em todo o país para
protestar contra o governo. Essas
pessoas têm o legítimo direito de se
manifestar, mas, em lugar de pedir
a saída de um presidente legitimamente eleito -que tem prestígio
com o povo-, não seria melhor que
levantassem propostas concretas
para defender num movimento?
Vejo da mesma forma a campanha "Cansei". Melhor faria a OAB se,
em vez de lançar tal campanha,
analisasse a questão da legislação e
da corrupção no Brasil e fizesse as
propostas necessárias para diminuir tanto a corrupção como a impunidade.
Penso se não é chegada a hora de
termos uma nova constituinte, mas
fora do Congresso. Nela, os partidos teriam representantes, mas a
sua maior força viria da sociedade
-cidadãos, representantes de entidades, associações e sindicatos.
Essa constituinte poderia apenas
tratar da reforma política e criar
condições rigorosas para inibir a
corrupção, para acabar com essa
podridão que está aí e para dar esperança ao povo de ter um país
melhor."
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO (Campinas, SP)
Ferrovias
"Concordo com Antônio Ermírio
de Moraes ("Ferrovias na contramão!", Opinião, 19/8), pois, numa
época em que se debate tanto a
questão ambiental, o rodízio de placas, os acidentes automobilísticos e
o melhor aproveitamento de recursos públicos, é de estranhar que os
grupos governamentais ainda não
tenham tomado providências nem
enxergado a necessidade de rever a
questão das ferrovias no país.
Mesmo que o retorno do investimento não seja relevante para o governo, a população brasileira com
certeza reconhecerá e agradecerá."
MARTE FERREIRA DA SILVA (Atibaia, SP)
Aproximar culturas
"Palhaçada na língua portuguesa.
Que história é essa de reforma para
aproximar culturas ("Brasil se prepara para reforma ortográfica", Cotidiano, 20/8)?
Aproximar culturas é promover
conhecimento histórico, integração, e não simplesmente falar a
mesma língua.
O que o povo brasileiro sabe de
Moçambique? Aliás, qual a percentagem de brasileiros que têm idéia
de que lá se fala português? Muitos
nem sabem que é um país africano.
E o fato de falarmos a mesma língua
todos esses anos mudou algo?
O modo de viver de grande parte
dos brasileiros é muito mais adaptado aos EUA do que à África. E
nem falamos a mesma língua dos
americanos.
O paulistano empreendedor e o
nordestino sem-terra podem até falar a mesma língua, mas será que
realmente se entendem?"
MARJORIE RIVAS (São Paulo, SP)
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