São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Homossexualismo
"Lamentável que o ministro Marco Aurélio Mello ("A igualdade é colorida", "Tendências/Debates", 19/8) deixe o papel arbitral, como ministro do Supremo Tribunal Federal, para fazer a apologia do comportamento moral de pretensos "18 milhões" de homossexuais, cuja dignidade e direitos civis não estão em questionamento e cujas agressões sofridas (assim como aquelas contra os heterossexuais, os gordos ou os baixos) se dão ou em situações de culpabilidade dos opressores ou dos agredidos.
O ministro deve ser cobrado sob suspeição em qualquer julgamento, como sobre o heterofóbico projeto de lei nº 5.003/2001, que impõe pena privativa de liberdade ao cidadão de bem que não aceitar a normalidade do estilo de vida homoerótica.
A retirada do homossexualismo do rol das enfermidades não foi resultado de uma decisão cientifica, mas do "juridicamente correto". A intolerância dos tolerantes ameaça a paz social e o Estado de Direito.
Exigimos a liberdade de consciência, a defesa da família e o direito de educarmos nossos filhos de acordo com a moral cristã."
DOM ROBINSON CAVALCANTI, bispo diocesano da Diocese do Recife da Igreja Anglicana do Cone Sul da América (Recife, PE)

Parentes
"Diferentemente do que informou a reportagem "Parlamentares defendem contratação de familiares" (Brasil, pág. A6, 20/8), o senador Expedito Júnior não contrata o irmão, mas, sim, o sobrinho.
O parentesco, portanto, é de terceiro grau. A lei 8.112/90 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos) traz em seu artigo 117 que "ao servidor é proibido: manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil".
Portanto a contratação do servidor não é ilegal.
Essa informação foi citada pela assessoria de imprensa do senador, mas o repórter não a levou em consideração e não a citou no texto."
FABÍOLA GÓIS, assessora de imprensa do senador Expedito Júnior (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Rubens Valente - A reportagem não disse que a prática é ilegal e contemplou a alegação do senador sobre a legalidade do ato. A extensão aos senadores, considerados "agentes políticos", da lei citada é foco de controvérsia jurídica. A Diretoria Geral do Senado disse não haver lei que proíba a contratação de parentes em nenhum grau. Sobre o parentesco do servidor contratado pelo senador, leia na seção "Erramos".

Resolver problemas
"A pesquisa Datafolha publicada em 5/8 mostrou que o governo Lula é considerado regular/bom por 84% dos brasileiros, revelando que a crise aérea e o acidente com o avião da TAM não afetaram a sua aprovação.
A explicação, para mim, é que o povo ainda é ignorante, mas não é mais bobo, e já percebeu que essas crises não são responsabilidade de um único governo. Se quisermos resolver problemas e acabar com crises, temos que fazer uma análise circunstancial dos fatos em vez de procurar culpados ou bodes expiatórios.
Na mesma edição, a Folha mostrou que cerca de 3.000 pessoas saíram às ruas em todo o país para protestar contra o governo. Essas pessoas têm o legítimo direito de se manifestar, mas, em lugar de pedir a saída de um presidente legitimamente eleito -que tem prestígio com o povo-, não seria melhor que levantassem propostas concretas para defender num movimento?
Vejo da mesma forma a campanha "Cansei". Melhor faria a OAB se, em vez de lançar tal campanha, analisasse a questão da legislação e da corrupção no Brasil e fizesse as propostas necessárias para diminuir tanto a corrupção como a impunidade.
Penso se não é chegada a hora de termos uma nova constituinte, mas fora do Congresso. Nela, os partidos teriam representantes, mas a sua maior força viria da sociedade -cidadãos, representantes de entidades, associações e sindicatos.
Essa constituinte poderia apenas tratar da reforma política e criar condições rigorosas para inibir a corrupção, para acabar com essa podridão que está aí e para dar esperança ao povo de ter um país melhor."
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO (Campinas, SP)

Ferrovias
"Concordo com Antônio Ermírio de Moraes ("Ferrovias na contramão!", Opinião, 19/8), pois, numa época em que se debate tanto a questão ambiental, o rodízio de placas, os acidentes automobilísticos e o melhor aproveitamento de recursos públicos, é de estranhar que os grupos governamentais ainda não tenham tomado providências nem enxergado a necessidade de rever a questão das ferrovias no país. Mesmo que o retorno do investimento não seja relevante para o governo, a população brasileira com certeza reconhecerá e agradecerá." MARTE FERREIRA DA SILVA (Atibaia, SP)

Aproximar culturas
"Palhaçada na língua portuguesa.
Que história é essa de reforma para aproximar culturas ("Brasil se prepara para reforma ortográfica", Cotidiano, 20/8)?
Aproximar culturas é promover conhecimento histórico, integração, e não simplesmente falar a mesma língua.
O que o povo brasileiro sabe de Moçambique? Aliás, qual a percentagem de brasileiros que têm idéia de que lá se fala português? Muitos nem sabem que é um país africano.
E o fato de falarmos a mesma língua todos esses anos mudou algo?
O modo de viver de grande parte dos brasileiros é muito mais adaptado aos EUA do que à África. E nem falamos a mesma língua dos americanos.
O paulistano empreendedor e o nordestino sem-terra podem até falar a mesma língua, mas será que realmente se entendem?"
MARJORIE RIVAS (São Paulo, SP)

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