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AVENIDA DE LAZER
São Paulo tem fome de novas
áreas de lazer. É o que demonstra o sucesso da interdição para veículos da avenida Sumaré no último
domingo, entre as 9h e as 14h. De
acordo com os organizadores, 60 mil
pessoas acorreram aos 2,5 km de
vias que foram reservados para quem
queria divertir-se. O público na Sumaré superou até os 35 mil que estiveram na avenida Paulista, que, desde meados deste ano, também fecha
para carros aos domingos.
Como a avenida Paulista, a Sumaré
contou com uma série de atividades,
como apresentações de grupos de
patinadores e de tai chi chuan e a presença de uma brinquedoteca. Houve
até uma iniciativa sanitária: quem se
dispôs pôde verificar sua glicemia
(nível de açúcar no sangue).
A interdição da Sumaré deve seguir
em caráter experimental por mais alguns domingos. Se for aprovada pelos moradores da região, que serão
consultados em pesquisa, a tendência é que ela se torne permanente. A
avenida se tornaria, assim, mais uma
da cidade a converter-se em espaço
de lazer aos domingos e feriados.
O fechamento de logradouros para
recreio merece apoio. Trata-se, afinal, de uma alternativa possível à carência de parques e de áreas verdes. É
também uma forma de tentar humanizar uma cidade que se ressente das
piores mazelas de ser metrópole e de
estar localizada num país pobre.
Os efeitos de uma maior integração
das pessoas através do lazer, especialmente nas regiões periféricas,
não devem ser menosprezados. Vizinhos que se conheçam e que se dêem
bem podem produzir efeito positivo
até sobre a segurança pública.
Espera-se que a prefeitura viabilize
e multiplique iniciativas como a da
avenida Sumaré. O sucesso de público que foi a estréia da interdição dá
bem a medida de quanto o paulistano sente falta de novas e mais áreas
de lazer na cidade.
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