São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Reforma agrária
"Em defesa da reforma agrária, o leitor Emanuel Cancella ("Painel do Leitor", 20/9) diz que mais assentamentos poderão transformar o Brasil no maior produtor rural do planeta. No que tange a alimentos para o mundo, o Brasil hoje é o maior exportador de soja, carne, suco de laranja (com impressionantes 80% do mercado mundial), café e outros tantos. Já é, portanto, um dos maiores produtores rurais do planeta.
Produção em grande escala torna os alimentos acessíveis aqui e competitivos lá fora. Agricultura familiar, desde que apoiada em sólida estrutura de cooperativas e em um bom projeto de zoneamento agrícola, exercerá papel importante na diversificação da produção e ajudará a reverter o inchaço das cidades.
Agroindústria e agricultura familiar não podem ser postos como antagônicos por cacoete ideológico, sob pena de se perder o que uma conquistou e não se chegar a outra conquista qualquer -seja no planeta, seja no supermercado."
JAYME SERVA (São Paulo, SP)

Merenda
"Em relação à reportagem "Novos contratos da merenda serão reajustados" (Cotidiano, 18/9), a Secretaria Municipal de Educação reitera que os novos contratos da merenda estão 22% mais baratos que os atuais, considerando-se os preços médios das refeições. A readequação das refeições nas creches (fixando 4 refeições para 10 horas diárias) não alteraria esta economia porque sempre são levados em conta os preços unitários e não os valores globais. Os preços dos novos contratos estão 39% mais baratos que os indicados pela Fipe."
ANDRÉA PORTELLA , assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação (São Paulo, SP)

Cracolândia
"Todos os dias de manhã, a caminho da universidade, passo pela chamada cracolândia e observo a ação policial nessa região. A primeira coisa que percebi é que o número de policiais circulando pelas ruas aparentemente diminuiu, pois, ao sair da estação Júlio Prestes, pegar a direita e dobrar a primeira à esquerda, é evidente o aglomerado de viciados que voltou a se juntar ali.
Parece que o braço forte do Estado está se cansando devido ao peso de sua missão, que é acabar com o tráfico de drogas. Que o governador e o prefeito da capital me perdoem, mas a atitude de acabar com o tráfico abordando os viciados para tomar cachimbos e pedras é completamente ineficaz -e é isso o que eu vejo todos os dias. É necessário estourar e acabar com as biqueiras e no lugar delas construir bases comunitárias, postos de saúde e escolas. Somente assim poderemos revitalizar o centro de São Paulo."
CARLOS FERNANDO DOS SANTOS NÉRI (Osasco, SP)

Brasília
"Uma das variáveis que reforçam a apatia, a dificuldade de nós, brasileiros, nos mobilizarmos contra os desmandos dos nossos congressistas atende pelo nome de Juscelino Kubitschek, que teve a infeliz ideia de tornar Brasília a capital do país.
Vejamos: onde ficam as sedes dos governos da Itália, França, Inglaterra, Canadá, Argentina e Estados Unidos? No coração de grandes cidades, em locais de fácil acesso à população, onde o representante do povo tenha de se deixar ver, tenha de passar por um corredor polonês.
E Brasília? Encravada no meio do cerrado, local de difícil e caro acesso. Como levar adiante nossos protestos, mobilizar toda uma classe nas suas lutas e cobrar de nossos deputados e senadores atitudes corretas, coerentes e honestas! Difícil, não! Teremos de desenvolver o mais urgentemente possível outras formas de mobilização e cobrança."
ANTONIO CARLOS N. DE FREITAS (Araçatuba, SP)

Petrobras
"A Petrobras não "abandonou os procedimentos tradicionais da licitação pública", como afirma a matéria "Petrobras vai ao STF por obras de R$ 11 bilhões" (Brasil, 20/9). A empresa aplica em seus processos de aquisição de bens e serviços os procedimentos licitatórios simplificados estabelecidos pelo decreto 2745/98, editado por determinação da Lei do Petróleo (n.º 9.478/97). A Petrobras reitera que não há irregularidades em seus contratos e empreendimentos, e sim divergências entre os parâmetros adotados pelo Tribunal de Contas da União e os adotados pela companhia. Portanto, os números apresentados na matéria não correspondem à realidade. A Petrobras vem prestando todos os esclarecimentos solicitados pelo TCU, como sempre o fez."
LUCIO PIMENTEL , gerente de Imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta das jornalistas Fernanda Odilla e Marta Salomon - A reportagem não afirmou que os contratos são irregulares. É o TCU que assim avalia, ao exigir da estatal o cumprimento da Lei de Licitações. O decreto referido pelo missivista foi mencionado na reportagem.

Bingos
"Fazer de conta que as pessoas não gostam de jogar ou que quem joga é necessariamente dependente é uma ilusão. Seria o mesmo que dizer que temos que acabar com a cerveja porque muitos não conseguem beber dentro dos limites aceitáveis.
Conheço inúmeras pessoas que tem no jogo um divertimento saudável, inclusive não era difícil ver famílias inteiras nos bingos passando horas agradáveis. Nosso governador José Serra falou que era "ilusão" afirmar que a extinção dos bingos gerou desemprego! Pois afirmo com conhecimento de causa que essa "ilusão" tem sido muito real para mim e muitas outras famílias de ex-funcionários que sofreram na carne essa covarde atitude de acabar com uma atividade que o próprio governo antes autorizara. Até quando esse falso moralismo? Como se os problemas do país tivessem acabado ou ao menos diminuído com a extinção dos bingos! As falcatruas, as lavagens de dinheiro, a criminalidade continuam como nunca."
SIDINEI TADEU BARRETO (São Paulo, SP)

 

"Cumprimento o jornal pelo editorial de 18/9 sobre a liberação dos bingos. Ali o tema foi tratado com objetividade, desmascarando aqueles que pregam a liberação dessa jogatina com argumentos capciosos, como atividade geradora de emprego, de recursos para programas sociais etc. É sabido que no mundo todo esse tipo de atividade encontra-se nas mãos das máfias. Argumentar que o governo terá condições de fiscalizar é afrontar nossa inteligência. Qualquer atividade humana, por mais degradante e atentatória à dignidade humana que seja, cria emprego e gera rendas. Isto não é suficiente a justificar atividades que nada trazem de útil à sociedade, a não ser para os donos dos bingos."
ANTÔNIO DILSON PEREIRA (Curitiba, PR)

Metrô
"Oportuno o comentário de Vaguinaldo Marinheiro acerca do metrô (Opinião, 21/9). Não é mesmo crível que São Paulo venha a ter, em 2020, 237 quilômetros de metrô.
Sabe-se que as obras do metrô tiveram início em dezembro de 1968.
Se até agora temos apenas 61 quilômetros construídos é porque nossos administradores foram capazes de fazer só 1,48 quilômetro/ano.
Não dá para acreditar que em 11 anos seja possível construir 176 quilômetros de novas linhas -o que daria 16 quilômetros/ano."
JOÃO RAMOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

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