São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Vereadores em SP
"A manchete da edição de anteontem dizia "Justiça cassa 13 vereadores de SP". Deveria ser "Juiz cassa 13 vereadores de SP". É que, nas paragens deste país, decisão de juízes tem a consistência do ar. Um faz, outro desfaz. Tudo "de acordo com a lei". Nesse caso específico, ele fez e ele mesmo desfez. Seria cômico, não fosse trágico.
E há também a liminar dada pelo TJ-SP contra a demolição de prédio de luxo em SP (Cotidiano, 16/10) num processo já com trânsito em julgado. Não há nem mais a certeza do ponto final."
FRANCISCO ANTONIO DA FONSECA (São Paulo, SP)

 

""O problema foi ter recebido de forma legal", disse um ilustre vereador paulistano cassado e já absolvido (Brasil, ontem). Receber tais verbas com nota, em cheque nominal, é "tudo direitinho".
Seguindo seu raciocínio, o crime compensa. Por esses belos exemplos de ética é que presenciamos a cada dia novas formas de roubo, latrocínio etc. Agir corretamente é anomalia social. Por isso os vereadores cassados ganham o direito de continuar no cargo."
ANDRÉ PUCHALSKI (São Paulo, SP)

2%
O governo acabou dando um tiro no pé, pois pretendia um efeito mais forte na taxação de aplicações financeiras feitas por estrangeiros, mas acabou transferindo renda para os americanos.
Não é a primeira vez que Guido Mantega toma medidas precipitadas por pressão de empresários, sem prever a reação do mercado.
Contentar-se com o prêmio de consolação de que, se não tomasse medidas, o dólar poderia cair mais, é mostrar-se incompetente diante da cena econômica que se desenha.
A arrecadação cai, mas o governo não pensa em cortar gastos. O custo Brasil vem tirando competitividade das empresas, mas, na visão de Mantega, o vilão é o câmbio.
Chamem o Meirelles enquanto há tempo -antes que a área econômica sofra um revés e desande, conforme torcem os petistas mais radicais."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Violência no Rio
"Sir Craig Reedie, do Comitê Olímpico Internacional, fez um paralelo entre o atentado terrorista ocorrido em Londres em 7 de julho de 2005 e as mortes no morro dos Macacos no Rio de Janeiro ("Violência não foi escondida do COI, diz prefeito", Cotidiano, 20/10).
Infelizmente, há uma diferença atroz entre os dois casos.
O primeiro estava inserido dentro de uma circunstância isolada, pois todos os países envolvidos na Guerra do Iraque pertenciam ao grupo de foco do terrorismo.
No caso do Rio de Janeiro, a situação é endêmica, uma vez que o crime organizado se tornou uma instituição paralela aos governos municipal, estadual e federal."
THOMAS HOHL (Campinas, SP)

 

"Como assinante desta Folha, fiquei estarrecido ao deparar ontem com a foto em primeira página de um cadáver em um carrinho de supermercado, com aparentes marcas de tortura.
Será que uma foto desse tipo é realmente necessária na primeira página do maior jornal do país? Não. Nas páginas internas, seria de bom-tom.
É inconcebível que um jornal do porte da Folha se iguale aos piores "jornais" (se assim podemos chamá-los) dos cantões violentos do Rio. Por que ter que impor aos assinantes e leitores esse tipo de imagem? Será que somente a reportagem escrita não bastaria?
Como uma força centrípeta, violência visual só atrai mais revolta para uma boa parcela da população que se guia por apelos visuais, causando mais sensação de impunidade e desesperança."
MARCOS ANILTON MOREIRA DOS SANTOS (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Terrorismo mesmo é colocar uma foto de 20 cm x 30 cm de crime na primeira página da Folha -sem texto jornalístico."
JOÃO PEREIRA MENDES (São Paulo, SP)

MST
"É possível, é claro, não concordar com as ideias que Luiz Carlos Bresser-Pereira expôs em seu texto de 20/10 ("Indignação com as laranjeiras", Dinheiro), mas se trata, sem dúvida, de uma abordagem lúcida e oportuna de um tema difícil.
Quando menos, contribui para que sejam levados em conta alguns aspectos importantes da questão e para que se evite a demonização das ações do MST, fruto, quase sempre, de serem ignorados esses aspectos."
ZENON LOTUFO JÚNIOR (São Paulo, SP)

RS
"Acabou em pizza, infelizmente, o pedido de impeachment da governadora tucana do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius ("Assembleia rejeita ação de impeachment contra Yeda Crusius", Brasil, ontem).
Parece que a ala governista e os políticos do PSDB "trabalharam" incansavelmente para jogar toda a lama, sujeira e falcatrua daquele desgoverno tucano para debaixo do tapete, desonrando a moral e o caráter do povo sul-rio-grandense."
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)

Masp
"No texto "Muita discussão e... "até o próximo incêndio?" (Ilustrada, ontem), o jornalista Marcos Augusto Gonçalves diz que é preciso pagar para expor no Masp.
A informação é falsa, não corresponde à realidade do Masp e nos traz sérios prejuízos em relação a patrocinadores, produtores e artistas, além de informar mal o leitor.
As condições para expor no museu não incluem nenhum pagamento, o que pode ser atestado com os artistas brasileiros e internacionais que lá expuseram nos últimos anos (Alex Flemming, Vera Chaves Barcelos e Manuel Vilariño, entre tantos) e com curadores e produtores que organizaram as mais de 30 exposições lá mostradas nos últimos três anos (Paulo Herkenhoff, Base 7, Centro Cultural da Espanha e muitos outros).
A maior parte dessas exposições é realizada com o apoio de patrocinadores, e outras, com os recursos próprios do museu."
PAULO ALVES , assessor de comunicação do Masp -Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Marcos Augusto Gonçalves - Não era intenção do artigo colocar em dúvida os princípios éticos que norteiam a gestão do Masp, apenas sublinhar que a maior parte das exposições abrigadas por instituições dessa importância precisa estar previamente paga por patrocinadores para que aconteça. Leia abaixo a seção "Erramos".

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