São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Os candidatos José Serra e Dilma Rousseff, nas campanhas eleitorais que têm empreendido, fizeram muitas promessas voltadas para saneamento, educação, pavimentação e saúde.
Entretanto, seria conveniente que tais promessas fossem feitas, em primeiro lugar, em relação às suas próprias campanhas.
Quão louvável seria se Dilma e Serra prometessem (e cumprissem) sanear o fétido esgoto a céu aberto em que se transformou a disputa à Presidência da República, se prometessem educar a si próprios e aos seus correligionários de modo a não se confrontarem de forma desleal e violenta, se prometessem pavimentar a estrada que leva ao cordato entendimento e ao respeito mútuo.
E, por fim, se prometessem cuidar zelosamente da saúde da "jovem criança brasileira chamada democracia", de modo que ela nunca venha a ficar enferma. Eu e muitos outros eleitores estamos pasmos e enojados com a atual baixaria que conspurca a política nacional.
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

 

Impressiona o fato de que itens envolvendo a tão reclamada reforma político-eleitoral não tenham sido contemplados até agora nos debates entre os candidatos à Presidência.
Mesmo quando jornalistas participam com perguntas, não são abordadas questões como o voto obrigatório ou facultativo, a adoção ou não do voto em lista fechada, a abolição ou não da suplência sem voto de senador, a restauração ou não de vices eleitos pelo voto (vices para presidente, governadores e prefeitos), a continuidade ou não do direito à reeleição e a mudança de mandato de quatro para cinco anos.
Enfim, são questões que, fora do período de campanha eleitoral, mesmo que não sejam profundamente discutidas, pelo menos são ventiladas aqui e ali.
Mas, em campanha, parece prevalecer a política do "não me comprometa".
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

 

Assistir a um debate entre Dilma e Serra é uma sessão de tortura. Os dois candidatos falam, falam e não dizem nada que o eleitor já não tenha ouvido.
Dilma já adquiriu o jeito de Lula, o modo de falar de Lula, o linguajar de Lula, enfim, em matéria de imitar o personagem, acho que está indo bem.
Serra não imita ninguém. Para o PSDB, imitar Fernando Henrique não é um bom negócio -e, se pensarmos bem, talvez seja o único que tenha alguma coisa para ser imitada.
A oposição tem medo de falar de FHC. E Dilma é uma candidata com medo de ser ela mesma.
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

 

Pelo que entendi ao ler a reportagem "Campanha de Serra faz ofertas a evangélicos" (Poder, ontem), José Serra está negociando com pastores para angariar mais votos. Até aí, tudo bem.
Isso é o que político sabe fazer de melhor.
O problema é que o que vai para as mãos dos pastores são crianças: "O objetivo é levar as crianças para dentro da igreja". É isso mesmo que entendi?
Um possível presidente quer negociar crianças com pastores a troco de votos?
ROGÉRIO FERREIRA (São Paulo, SP)

 

Quando teve de responder a integrantes do Greenpeace que exibiam faixa sobre o desmatamento durante encontro num hotel em Brasília, Dilma Rousseff disse que não fazia leilão para ganhar apoio.
Os que estavam ali presentes nem se deram conta da farsa contada. Porém milhões de brasileiros ouviram a declaração. Sem prometer alguma coisa se ganha uma eleição?
No caso do aborto, que gerou tanta polêmica e explicações da candidata aos religiosos, Dilma, pressionada por segmentos religiosos, assinou uma carta em que afirma ser pessoalmente contra o aborto.
Isso não configura leilão?
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Privatizações
José Dirceu não aprendeu nada ("Um processo nocivo ao desenvolvimento", "Tendências/ Debates", 20/10).
Há alguns anos, uma linha telefônica custava US$ 5.000. A CSN e a Usiminas, privatizadas por Fernando Collor, eram empresas sucateadas. A Vale do Rio Doce produzia pouco mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, gerava 10 mil empregos, lucrava R$ 750 milhões e valia cerca de R$ 8 bilhões.
Hoje, a Vale produz 300 milhões de toneladas de minério de ferro, emprega 40 mil funcionários, lucra mais de R$ 10 bilhões e tem valor de mercado superior a R$ 200 bilhões de reais.
O Estado é péssimo gestor.
LEÃO MACHADO NETO (São Paulo, SP)

Armas para a Arábia
Pelo menos não se pode chamar de burros os ianques.
Criaram perigos, com acusações estúpidas contra o Irã, e agora venderam segurança ("EUA anunciam acordo militar de US$ 60 bi com Arábia Saudita", Mundo, ontem).
US$ 60 bilhões! E 70 mil americanos empregados!
E se o Irã decidir produzir e atacar com a bomba atômica? Estes armamentos vão ter que utilidade? Nenhuma.
JOÃO CARLOS MACLUF (São Paulo, SP)

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