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Filantropia
"Fez bem o presidente do Senado
em devolver a MP da "pilantropia".
Não só restaurou parcialmente a independência do Legislativo como
impediu que o roubo do dinheiro
público fosse, de agora em diante,
amparado por lei.
Foi mais uma do governo Lula,
que há poucos dias beneficiou a pelegagem sindical com milhões de
reais. Por trás de tudo isso há um
objetivo estratégico, que é o fortalecimento de Lula e do PT para 2010
Torço para que esse gesto contamine todo o Congresso."
PEDRO ALVES MALAGOLI (Belo Horizonte, MG)
"Nunca escrevi uma só carta à
Folha, mas gostaria que esta fosse
publicada para tornar "bem pública"
a minha intenção: elogiar a atitude
do senador Garibaldi Alves, que devolveu ao governo a imoral medida
provisória 446, que anistia entidades filantrópicas suspeitas de cometerem ilicitudes.
Rezemos, pois, para que o recurso
impetrado pelo "nobilíssimo" senador Romero Jucá seja ignorado pela
Comissão de Constituição e Justiça
(é mesmo?).
Cansei de ver que, por trocas e
baldrocas, senadores são cúmplices
de malfeitorias, mas fazem cena para a platéia, o idiota do eleitor.
Basta de ditadura consentida,
basta de desmoralização!"
HELENA DE ALMEIDA PRADO BASTOS (São Paulo, SP)
Satiagraha
"A decisão do Tribunal Regional
Federal de São Paulo de manter o
juiz De Sanctis no caso Dantas
(Brasil, 18/11) envergonha o Poder
Judiciário e transforma aquele dia
em dia de luto para nós, advogados.
A revista "Veja" revelou que havia
um conluio entre aquele juiz e a
equipe de Protógenes, conluio esse
que chegou ao acinte de grampear o
telefone do presidente do STF.
Ora, se Protógenes foi afastado
das investigações devido às ilicitudes praticadas, com mais razão o
juiz De Sanctis também deveria ser.
Não fosse o "espírito de corpo" do
TRF, De Sanctis deveria ser afastado até que sejam apuradas as acusações contra ele."
SAUL CORDEIRO DA LUZ, advogado (São Paulo, SP)
Violência
"Está ficando insuportável ler a
quantidade de baboseiras sobre a
violência nas escolas. É interessante que apenas especialistas, políticos e jornalistas tenham suas reflexões publicadas. Nenhum educador, aluno ou pai diretamente envolvido nesse cotidiano tem voz.
Assim, por exemplo, nunca se fala
do crack como um problema gravíssimo que afeta jovens a partir dos 10
ou 11 anos -ou até mais cedo.
O crack deveria ser chamado de
"droga das crianças". Uma mãe com
um filho crackeiro sabe muito bem
que só resta esperar pela decomposição da personalidade da criança e
sua morte em alguns anos.
O crack é só um dos inúmeros fatores que provocam o aumento de
violência nas escolas. Há muito
mais. Desde as péssimas condições
de trabalho dos educadores até a
desarticulação total do atendimento à criança e ao jovem, passando
pela inadequação das leis e da atuação do Judiciário e da polícia.
Após 30 anos de magistério, tudo
o que vejo é uma escola pública
transformada em lata de lixo da sociedade."
MONICA BAPTISTA CIARI, diretora de escola aposentada (Ubatuba, SP)
Terrorismo
"Perfeito o artigo "Terrorismo de
Estado", de Deisy Ventura ("Tendências/Debates", 19/11).
É incrível como, neste país, direitos cristalinos, como bem sublinhou a doutora, são minimizados
quando o debate se faz necessário.
Talvez em razão de haver no Brasil uma classe para a qual ludibriar a
opinião pública é o mais importante. Esta mesma classe apoiou o regime militar e sua incrível capacidade
de amoitar cadáveres.
Mas é estimulante saber que ainda temos intelectuais da estirpe da
autora."
RENATO ALESSANDRO DA SILVA (São João da Boa Vista, SP)
Aposentados
"Lamento profundamente, como
leitor e admirador deste jornal, a
falta de atenção à vigília cívica em
favor dos aposentados promovida
por duas dezenas de senadores na
madrugada do dia 18 para o dia 19.
Com o seu silêncio, a Folha entendeu que a causa dos aposentados não é relevante."
STILIANOS VICÓPULOS (Belo Horizonte, MG)
Sindicalismo
"Em relação ao artigo "As centrais
e suas idéias" (Opinião, 17/11), digo
ao colunista Fernando Rodrigues
que o mundo mudou e, se dogmas
há, hoje eles são seus e de outros
que continuam louvando a excelência do mercado livre, leve e solto como receituário para a civilização.
Estamos apontando a crise desde
meados dos anos 1990, quando
condenávamos a fórmula de desregulamentação total e dizíamos, baseados em perspectiva histórica,
que iria dar no que deu. Por outro
lado, boa parte da grande imprensa
só começou a falar de crise quando
ela já batia às portas.
Até mesmo países tidos como
modelos do neoliberalismo, tão caro ao jornalista, protegem-se, sim, e
já discutem abertamente a necessidade de apertar o laço sobre o sistema financeiro e a especulação.
Enquanto isso, empresariado e
sistema financeiro não ficam ruborizados ao procurar o Estado em
busca de juros subsidiados."
ARTUR HENRIQUE, presidente nacional da CUT (Brasília, DF)
Salário na saúde
"Em relação à resposta do secretário de Comunicação do Estado ao
artigo "O conselho do governador"
(18/11), informo que, além do atendimento à população e da pesquisa,
os médicos do HC desempenham
tarefas didáticas com os alunos da
Faculdade de Medicina da USP e
com os médicos residentes do HC.
Também cabe esclarecer que mestrado, nesta instituição, não tem a
contraprestação salarial que insinua o senhor secretário. São inúmeros os médicos com mestrado
e/ou doutorado que permanecem
ganhando salários em torno de R$
2.000 -mesmo após 20 anos de dedicação-, aí incluídas as incontáveis gratificações criadas pelo Estado, que arbitrariamente as suprime,
como fez com duas delas neste ano.
O salário-base sempre foi de
aproximadamente um salário mínimo e, se nas últimas duas décadas
não houve greve com paralisações,
foi porque as lutas deram lugar a
numerosos processos judiciais, pois
o Estado não cumpre as determinações legais que fixam a remuneração do funcionário, não efetuando o
pagamento da "sexta-parte". Quanto
ao plano de cargos e salários, os valores são irrisórios e não estão relacionados à excelência do trabalho
ou ao tempo de serviço. O prêmio
de incentivo no HCFMUSP é de R$
198, enquanto no Hospital das Clínicas da FMUSP de Ribeirão Preto
é superior a R$ 1.000 mensais.
IRENE ABRAMOVICH, presidente da Associação
dos Médicos do Hospital das Clinicas
(São Paulo, SP)
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