São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Filantropia
"Fez bem o presidente do Senado em devolver a MP da "pilantropia".
Não só restaurou parcialmente a independência do Legislativo como impediu que o roubo do dinheiro público fosse, de agora em diante, amparado por lei.
Foi mais uma do governo Lula, que há poucos dias beneficiou a pelegagem sindical com milhões de reais. Por trás de tudo isso há um objetivo estratégico, que é o fortalecimento de Lula e do PT para 2010
Torço para que esse gesto contamine todo o Congresso."
PEDRO ALVES MALAGOLI (Belo Horizonte, MG)

 

"Nunca escrevi uma só carta à Folha, mas gostaria que esta fosse publicada para tornar "bem pública" a minha intenção: elogiar a atitude do senador Garibaldi Alves, que devolveu ao governo a imoral medida provisória 446, que anistia entidades filantrópicas suspeitas de cometerem ilicitudes.
Rezemos, pois, para que o recurso impetrado pelo "nobilíssimo" senador Romero Jucá seja ignorado pela Comissão de Constituição e Justiça (é mesmo?).
Cansei de ver que, por trocas e baldrocas, senadores são cúmplices de malfeitorias, mas fazem cena para a platéia, o idiota do eleitor.
Basta de ditadura consentida, basta de desmoralização!"
HELENA DE ALMEIDA PRADO BASTOS (São Paulo, SP)

Satiagraha
"A decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo de manter o juiz De Sanctis no caso Dantas (Brasil, 18/11) envergonha o Poder Judiciário e transforma aquele dia em dia de luto para nós, advogados.
A revista "Veja" revelou que havia um conluio entre aquele juiz e a equipe de Protógenes, conluio esse que chegou ao acinte de grampear o telefone do presidente do STF.
Ora, se Protógenes foi afastado das investigações devido às ilicitudes praticadas, com mais razão o juiz De Sanctis também deveria ser.
Não fosse o "espírito de corpo" do TRF, De Sanctis deveria ser afastado até que sejam apuradas as acusações contra ele."
SAUL CORDEIRO DA LUZ, advogado (São Paulo, SP)

Violência
"Está ficando insuportável ler a quantidade de baboseiras sobre a violência nas escolas. É interessante que apenas especialistas, políticos e jornalistas tenham suas reflexões publicadas. Nenhum educador, aluno ou pai diretamente envolvido nesse cotidiano tem voz.
Assim, por exemplo, nunca se fala do crack como um problema gravíssimo que afeta jovens a partir dos 10 ou 11 anos -ou até mais cedo.
O crack deveria ser chamado de "droga das crianças". Uma mãe com um filho crackeiro sabe muito bem que só resta esperar pela decomposição da personalidade da criança e sua morte em alguns anos.
O crack é só um dos inúmeros fatores que provocam o aumento de violência nas escolas. Há muito mais. Desde as péssimas condições de trabalho dos educadores até a desarticulação total do atendimento à criança e ao jovem, passando pela inadequação das leis e da atuação do Judiciário e da polícia.
Após 30 anos de magistério, tudo o que vejo é uma escola pública transformada em lata de lixo da sociedade."
MONICA BAPTISTA CIARI, diretora de escola aposentada (Ubatuba, SP)

Terrorismo
"Perfeito o artigo "Terrorismo de Estado", de Deisy Ventura ("Tendências/Debates", 19/11).
É incrível como, neste país, direitos cristalinos, como bem sublinhou a doutora, são minimizados quando o debate se faz necessário.
Talvez em razão de haver no Brasil uma classe para a qual ludibriar a opinião pública é o mais importante. Esta mesma classe apoiou o regime militar e sua incrível capacidade de amoitar cadáveres.
Mas é estimulante saber que ainda temos intelectuais da estirpe da autora."
RENATO ALESSANDRO DA SILVA (São João da Boa Vista, SP)

Aposentados
"Lamento profundamente, como leitor e admirador deste jornal, a falta de atenção à vigília cívica em favor dos aposentados promovida por duas dezenas de senadores na madrugada do dia 18 para o dia 19.
Com o seu silêncio, a Folha entendeu que a causa dos aposentados não é relevante."
STILIANOS VICÓPULOS (Belo Horizonte, MG)

Sindicalismo
"Em relação ao artigo "As centrais e suas idéias" (Opinião, 17/11), digo ao colunista Fernando Rodrigues que o mundo mudou e, se dogmas há, hoje eles são seus e de outros que continuam louvando a excelência do mercado livre, leve e solto como receituário para a civilização.
Estamos apontando a crise desde meados dos anos 1990, quando condenávamos a fórmula de desregulamentação total e dizíamos, baseados em perspectiva histórica, que iria dar no que deu. Por outro lado, boa parte da grande imprensa só começou a falar de crise quando ela já batia às portas.
Até mesmo países tidos como modelos do neoliberalismo, tão caro ao jornalista, protegem-se, sim, e já discutem abertamente a necessidade de apertar o laço sobre o sistema financeiro e a especulação.
Enquanto isso, empresariado e sistema financeiro não ficam ruborizados ao procurar o Estado em busca de juros subsidiados."
ARTUR HENRIQUE, presidente nacional da CUT (Brasília, DF)

Salário na saúde
"Em relação à resposta do secretário de Comunicação do Estado ao artigo "O conselho do governador" (18/11), informo que, além do atendimento à população e da pesquisa, os médicos do HC desempenham tarefas didáticas com os alunos da Faculdade de Medicina da USP e com os médicos residentes do HC.
Também cabe esclarecer que mestrado, nesta instituição, não tem a contraprestação salarial que insinua o senhor secretário. São inúmeros os médicos com mestrado e/ou doutorado que permanecem ganhando salários em torno de R$ 2.000 -mesmo após 20 anos de dedicação-, aí incluídas as incontáveis gratificações criadas pelo Estado, que arbitrariamente as suprime, como fez com duas delas neste ano.
O salário-base sempre foi de aproximadamente um salário mínimo e, se nas últimas duas décadas não houve greve com paralisações, foi porque as lutas deram lugar a numerosos processos judiciais, pois o Estado não cumpre as determinações legais que fixam a remuneração do funcionário, não efetuando o pagamento da "sexta-parte". Quanto ao plano de cargos e salários, os valores são irrisórios e não estão relacionados à excelência do trabalho ou ao tempo de serviço. O prêmio de incentivo no HCFMUSP é de R$ 198, enquanto no Hospital das Clínicas da FMUSP de Ribeirão Preto é superior a R$ 1.000 mensais.
IRENE ABRAMOVICH, presidente da Associação dos Médicos do Hospital das Clinicas (São Paulo, SP)

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