São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Direitos humanos
"Quando tudo parece estar se perdendo nesse mar de corrupção, hipocrisia e contrassenso, surge, mais uma vez, a voz corajosa e idônea de Ives Gandra Martins ("Guerrilha e redemocratização", "Tendências/Debates", ontem). Tudo o que o articulista escreveu sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos é absolutamente verdadeiro.
O PNDH é um amontoado de absurdos e afrontas aos direitos dos cidadãos brasileiros. É o resultado de "acordos" espúrios com pessoas e entidades que muito longe estão de representar os nossos direitos e interesses e os interesses do país e que passa, inclusive, pela institucionalização do assassinato de crianças no ventre materno.
Então concluo, concordando com o articulista, que o ideal é mesmo queimar essa excrescência, já que não podemos (ou não devemos) "queimar" o seu autor."
GISELA ZILSCH, advogada (São Paulo, SP)

"O artigo do nobre jurista Ives Gandra Martins é cuidadoso na escolha dos termos. Chama golpe de "revolução" e ditadura de "regime de exceção".
Compara os torturadores que agiram a serviço do regime -em nome, portanto, de um poder que representava a coletividade brasileira, mas que não lhes era legítimo- aos opositores que buscaram depor a ditadura. A estes chama de "guerrilheiros", embora não conste que Vladimir Herzog, Geraldo Vandré, Zuzu Angel ou Heleni Guariba tenham praticado guerrilha nenhuma (mas torturados eles foram).
Não mostra a mínima preocupação com pais e filhos que até hoje não puderam enterrar seus filhos e pais. Diz que a OAB e o MDB foram os principais articuladores do fim do regime, deixando de lado a própria propaganda negativa que a tortura contra os "guerrilheiros" rendia ao governo, bem como os movimentos operário e estudantil. Ao final, sugere que queimar livros seria uma solução democrática, prática, como sabemos, usual na Alemanha dos anos 1930."
LÉO BUENO (Santo André, SP)

"Após tanta polêmica em relação ao plano de direitos humanos, resolvi, paulatinamente e ao longo dos últimos dias, lê-lo na íntegra. Percebi o quanto superficial foi o tratamento dado pela Folha à questão e o quanto, a meu ver, alguns comentários se mostram equivocados.
Há mais pontos no plano do que foi até agora raramente discutido. Recomendo a todos os leitores que façam o mesmo, a fim de embasar suas opiniões. E recomendo que o jornal aborde o assunto com maior profundidade e que, se for preciso, dado a importância e extensão do decreto, destine um caderno especial a essa questão importantíssima."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)

Haiti
"Enquanto muitas famílias ainda vivem em abrigos improvisados aqui em Blumenau, desde novembro de 2008, o governo brasileiro manda tropas, dinheiro, alimentos etc. para o Haiti.
Irão reconstruir o Haiti. E quem irá reconstruir Blumenau e região? De similar modo, sofro com os afetados pelas chuvas em São Paulo. Contudo não há jeito, o governo gosta mesmo é de terremotos. Resumindo: nem nossas catástrofes são ruins o suficiente para sensibilizar o nosso governo."
NELSON HEIN, professor da Universidade Regional de Blumenau (Blumenau, SC)

Justiça
"Na seção "Frases" de ontem (Opinião), o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil diz que "a independência dos juízes é essencial para a democracia. Atacar magistrado pela decisão que proferiu é atacar a democracia".
Juízes não são deuses, e suas decisões são discutíveis, sim, tanto que existem recursos para instâncias superiores. Ainda assim, cabe a pergunta: e quando a decisão de um juiz ataca a democracia?
A independência dos juízes, na acepção da palavra, não existe. Há muitos amigos da Corte."
ROBERTO ABDIAN (Tupã, SP)

25 de janeiro
"Os paulistanos já ganharam os seus presentes. Do governador Serra, ganhamos mais um pedágio na Castello Branco. Já do prefeito Kassab, recebemos um grande aumento do IPTU. Mas somos educados. Nós, paulistas e paulistanos, saberemos agradecer nas urnas."
FRANCISCO JOSÉ CARDIA, sociólogo e professor (Bragança Paulista, SP)

Enchentes
"Seria oportuno o PSDB devolver aos cofres públicos todo o dinheiro gasto com publicidade acerca do fim das enchentes nas marginais em São Paulo. O erário e o bom senso agradecem."
JULIO CESAR TORRES, professor (São José do Rio Preto, SP)

Moda
"Como assinante deste jornal há dez anos, reclamo da visível incoerência na cobertura de moda. O jornal, em sua cobertura de eventos como a São Paulo Fashion Week, reverencia o padrão de moda e o modelo de mulher infantil e anoréxica propalado por essa indústria e mercado. Ao mesmo tempo publica, talvez por um súbito pesar de consciência, uma única página com textos nos quais "denuncia" o culto à insalubridade (Cotidiano, 20/1). Coerente para mim seria um bloqueio, uma intencional não publicação e promoção das marcas, desfiles e eventos que tivessem o padrão fome como mote."
CINTIA ZANCO (São Paulo, SP)

SUS
"A reportagem "Falido, cartão do SUS gera custo de R$ 401 mi (Cotidiano, 18/1) faz referências incorretas à empresa B2BR, do Grupo TBA. O texto omite a decisão final do Tribunal de Contas da União de que não houve superfaturamento na compra de software.
A reportagem também não diz que o processo foi arquivado por serem as acusações consideradas improcedentes e que a decisão do TCU torna sem efeito o relatório preliminar dos técnicos que "apontaram que houve superfaturamento de 126% na compra de software".
A análise inicial dos técnicos não levou em consideração os impostos, as atualizações de dois anos das licenças defasadas e o fornecimento de suporte e treinamentos. A B2BR venceu a licitação após acirrada disputa de preços.
A reportagem também vincula a proprietária da B2BR à Operação Caixa de Pandora. O Grupo TBA e sua fundadora não foram alvo de ações de busca e apreensão por parte da Polícia Federal, e tampouco estão sendo investigados nessa operação pelo STJ.
As vendas para o Datasus em 2005 e em 2006 não têm nenhuma relação com a Operação Caixa de Pandora."
TERENCE ZVEITER, diretor jurídico do Grupo TBA (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Dimmi Amora - A decisão do TCU está registrada na reportagem. Sobre a Caixa de Pandora, a PF investigou a TBA e reservou dois interrogatórios de Durval Barbosa para falar sobre a suposta propina paga pela empresa, conforme registrado em vídeo em análise. A reportagem não disse que a TBA sofreu busca e apreensão.

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