São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

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RUY CASTRO

Saçaricos

RIO DE JANEIRO - Uma revista pediu minha opinião sobre as cinco maiores marchinhas da história do Carnaval. Hesitei na resposta, mas esta eleição é possível. É diferente de escalar o melhor Flamengo de todos os tempos, em que há jogadores que nunca vimos atuar -Domingos da Guia, Leônidas, Zizinho-, mas em quem se vota porque "sabemos" que eram os maiores.
Não é preciso ter pulado o Carnaval de 1938 ou 1947 para conhecer as maravilhas daquele tempo. Há milhares de marchinhas disponíveis em LP, CD ou na internet, nas gravações originais, e o menor colecionador pode conhecer uma quantidade delas. O problema está em deixar por cinco.
Assim, votei em "Cidade Maravilhosa", de André Filho (1935), "Uma Andorinha Não Faz Verão", de Braguinha e Lamartine Babo (1934), "Aurora", de Mario Lago e Roberto Roberti (1941), "Pirata da Perna de Pau", de Braguinha (1947) e "A Lua É dos Namorados", de Armando Cavalcanti, Klecius Caldas e Brasinha (1961).
Mas, se votasse em mais cinco, não me esqueceria de "Ó Abre-Alas", de Chiquinha Gonzaga (1899), "Teu Cabelo Não Nega", de Lamartine e irmãos Valença (1932), "Marcha do Cordão da Bola Preta", de Vicente Paiva e Nelson Barbosa (1935, relançada em 1962), "Mamãe, Eu Quero", de Jararaca e Vicente Paiva (1937) e "Saçaricando", de Luiz Antonio, Zé Mario e Oldemar Magalhães (1952).
Ou de "Ala-la-ô", de Nássara e Haroldo Lobo (1938), "Touradas em Madri", de Braguinha e Alberto Ribeiro (1938), "A Jardineira", de Benedito Lacerda e Humberto Porto (1939), "Tem Nego Bebo Aí", de Mirabeau e Airton Amorim (1955) e "A Turma do Funil", de Mirabeau, Milton de Oliveira e Urgel de Castro (1956). E em mais cinco, mais cinco e mais cinco. E olhe que, em Carnaval, eu gosto mesmo é dos sambas.
Xi, ia me esquecendo do "Taí"!


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