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RUY CASTRO
Saçaricos
RIO DE JANEIRO - Uma revista
pediu minha opinião sobre as cinco
maiores marchinhas da história do
Carnaval. Hesitei na resposta, mas
esta eleição é possível. É diferente
de escalar o melhor Flamengo de
todos os tempos, em que há jogadores que nunca vimos atuar -Domingos da Guia, Leônidas, Zizinho-, mas em quem se vota porque
"sabemos" que eram os maiores.
Não é preciso ter pulado o Carnaval de 1938 ou 1947 para conhecer
as maravilhas daquele tempo. Há
milhares de marchinhas disponíveis em LP, CD ou na internet, nas
gravações originais, e o menor colecionador pode conhecer uma quantidade delas. O problema está em
deixar por cinco.
Assim, votei em "Cidade Maravilhosa", de André Filho (1935),
"Uma Andorinha Não Faz Verão",
de Braguinha e Lamartine Babo
(1934), "Aurora", de Mario Lago e
Roberto Roberti (1941), "Pirata da
Perna de Pau", de Braguinha (1947)
e "A Lua É dos Namorados", de Armando Cavalcanti, Klecius Caldas e
Brasinha (1961).
Mas, se votasse em mais cinco,
não me esqueceria de "Ó Abre-Alas", de Chiquinha Gonzaga
(1899), "Teu Cabelo Não Nega", de
Lamartine e irmãos Valença (1932),
"Marcha do Cordão da Bola Preta",
de Vicente Paiva e Nelson Barbosa
(1935, relançada em 1962), "Mamãe, Eu Quero", de Jararaca e Vicente Paiva (1937) e "Saçaricando",
de Luiz Antonio, Zé Mario e Oldemar Magalhães (1952).
Ou de "Ala-la-ô", de Nássara e
Haroldo Lobo (1938), "Touradas
em Madri", de Braguinha e Alberto
Ribeiro (1938), "A Jardineira", de
Benedito Lacerda e Humberto Porto (1939), "Tem Nego Bebo Aí", de
Mirabeau e Airton Amorim (1955) e
"A Turma do Funil", de Mirabeau,
Milton de Oliveira e Urgel de Castro
(1956). E em mais cinco, mais cinco
e mais cinco. E olhe que, em Carnaval, eu gosto mesmo é dos sambas.
Xi, ia me esquecendo do "Taí"!
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