São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"O artigo de ontem de Fernando Rodrigues ("A saída é mais transparência", Opinião) discorre sobre um assunto mais do que exigido pela sociedade brasileira: uma maior transparência dos gastos públicos feitos pelo Poder Legislativo.
A sucessão de escândalos provenientes de parlamentares em Brasília, principalmente neste primeiro semestre de 2009, poderia ser ao menos intimidada se tivéssemos uma lei federal que obrigasse todos os parlamentares a exibirem suas contas e pagamentos efetuados com o dinheiro público.
Mas esse discurso não passa de uma utopia, pois a criação de uma lei como essa depende dos próprios parlamentares."
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

"Gostaria de conhecer a opinião dos deputados e senadores sobre o discurso do colega Negromonte, líder do PP: "É preciso saber que tipo de Parlamento a sociedade brasileira quer: um deputado bem remunerado, para ser incorruptível, ou um que ganhe pouco e vá para o Congresso defender o interesse de grandes grupos".
Caso a opinião dos parlamentares seja igual a desse meliante, é melhor ficar sem Parlamento. Que país eles pensam que estão comandando?"
VERA SIMONSEN (São Paulo, SP)

"Tenho simpatia por Fernando Gabeira e já votei nele para deputado em duas ocasiões. Mas não dá para aceitar a ideia de pecador arrependido que faz jogo de cena ameaçando renunciar no caso de "não conseguir derrubar alguns privilégios".
Conversa fiada! Primeiro ele deve identificar todas as pessoas a quem ele deu passagens aéreas. Depois deve devolver o valor "cheio" de cada passagem usada por terceiros e por ele próprio e por familiares em viagens de recreação.
Chega de papo furado: que primeiro devolva o dinheiro gasto de forma aparentemente ilegal, mas imoral."
SERGIO TAVARES DE ALMEIDA DE REGO (Rio de Janeiro, RJ)

"Eu tinha acabado de acordar quando peguei o primeiro caderno da Folha e li que deputados querem aumentar os seus salários em troca de mais transparência no uso das suas verbas. É o cúmulo do absurdo.
Desde quando transparência na utilização de dinheiro público deve ser negociada? É uma questão de ética! Pior ainda é ter de ler deputados dizendo coisas como "a Casa toda fez", "acho que a imprensa quer fechar o Congresso" ou perguntando que tipo de políticos queremos.
Isso não é óbvio? Desejamos é que os picaretas de plantão saiam de uma vez por todas e que os que têm caráter, ética e vergonha na cara nos representem."
FÁBIO FERREIRA MARINS (Guaratinguetá, SP)

"No filme "O Homem de Kiev", o protagonista, quando pressionado a submeter-se aos interesses do Estado, verbaliza, citando um pensador judeu: "Quando o Estado comprime o homem, o menor dos males é destruir o Estado".
Quando um Congresso como o brasileiro tripudia e envergonha toda a nação, qual seria o menor dos males?"
JOSÉ MARIA ALVES (Goiânia, GO)

Reforma ortográfica
"Enquanto a maioria dos professores de português, inclusive os que têm colunas em jornais, procuram justificar a reforma ortográfica, a professora Thaís Nicoleti de Camargo ("Reforma ortográfica: mais custos que benefícios", "Tendências/Debates", ontem) tocou no ponto certo: essa reforma não vai unificar o que não precisa ser unificado.
Não tem lógica nem coerência, não tem base histórica nem prosódica nem etimológica e não vai obter a adesão dos lusitanos. Foi só um capricho de alguns filólogos, que se divertiram em tirar hífen de onde havia e colocar onde não havia. Nem eles entendem o que criaram.
Foi um monumental engodo de uns doutos, que se enredaram nas suas próprias regras. Como as diferenças na escrita vão continuar, a reforma termina autorizando cada um a escrever como quiser. Daqui a alguns anos, outros doutos vão propor nova reforma."
ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF)

Estradas
"Como relator da MP-452, e por ter sido citado no artigo da senadora Marina Silva ("Motosserra na legislação", Opinião, 22/4), presto os seguintes esclarecimentos.
A MP, aprovada pelo plenário da Câmara, com base em meu relatório, não dispensa o licenciamento ambiental para novas estradas federais. Ao fazer meu relatório, não pensei especificamente na BR-319, entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM), mas nos interesses globais do país e do governo federal.
Ao que consta, o asfaltamento da BR-319 não está isento de licenciamento ambiental, sobretudo devido às peculiaridades da estrada e por ela estar situada numa região especial da Amazônia.
O meu relatório diz que o órgão licenciador terá prazo para conceder licença ambiental, evitando o que mais incomoda o governo Lula, que é justamente a demora no licenciamento ambiental de obras vitais para o país e o PAC.
Fiz o meu relatório convicto de que as mudanças são a melhor escolha para o país, pois preservam a essência da legislação ambiental e aceleram o processo de investimentos internos. Além da legitimidade vinda da votação na Câmara, tive ainda o apoio do governo para assim proceder."
JOSÉ GUIMARÃES, deputado federal -PT-CE (Brasília, DF)

Conferência da ONU
"Acredito que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, só chegou ao poder graças ao antiamericanismo que pairava na região na época de sua eleição. Hoje ele está enfraquecido, com poucas chances de se reeleger. Mas quem cometeu a pior gafe foi a ONU.
A conferência é sobre racismo e eles colocam um dos líderes mais racistas do mundo para abri-la? Não tem cabimento. Obama e a UE agiram certo ao boicotar a conferência."
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

Funcionalismo
"Comparar o Estado sueco com o brasileiro usando publicações do recém-aparelhado Ipea?
Ignorar que o governo Lula simplesmente dobrou as despesas com pessoal, empregando a "cumpanherada", sem nenhuma melhora aos serviços que supostamente deveriam prestar ao contribuinte? Criticar as demissões de governos anteriores via privatizações?
E os que foram contratados após as privatizações? E as imensuráveis melhoras trazidas aos usuários, exatamente via privatizações, casos clássicos da nossa telefonia e da extração mineral? Pediria ao deputado Cândido Vaccarezza ("A lenda do Estado inchado", "Tendências/Debates", ontem) mais respeito com as nossas opiniões."
RUY PIGATTO (Curitiba, PR)

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