São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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União
"Lula elogia Serra, que elogia Kassab, que elogia Martha... (Primeira Página de 21/5).
Até parece poesia de Drummond, com música de Chico Buarque. Parece, mas não é. Fingem-se antagonistas e unem-se, adulam-se por seus interesses políticos. Entre eles, a união faz a farsa."
GILBERTO MARTINS COSTA FILHO (Santos, SP)

Luta armada
"O leitor Francisco da Costa Oliveira passa atestado de não haver entendido toda a história contemporânea brasileira em sua missiva de ontem neste "Painel do Leitor", em que tece loas ao artigo de Marco Antonio Villa.
A luta armada foi conseqüência do estabelecimento de uma sangrenta ditadura em nosso país.
O método de luta adotado pode merecer críticas na revisão histórica, mas, não fosse ela e os resistentes desarmados, muitos dos quais foram assassinados, o senhor Oliveira nem sequer poderia hoje estar usufruindo de uma democracia que lhe possibilita externar suas opiniões, muito embora eu as julgue destituídas de fundamentos."
CESAR LUIZ DA SILVA PEREIRA (Curitiba, PR)

Banco do Brasil
"O Estado de São Paulo se recusa a cumprir ordens do Judiciário para pagar servidores, pensionistas, aposentados e desapropriados. Atraso de mais de dez anos nos precatórios alimentares, mais de 60 mil credores mortos sem receber, milhões de processos entulhando o Judiciário. As vitimas do calote, servidores principalmente, entram no cheque especial (do banco do seu devedor!) pagando os juros mais altos do mundo. A lentidão da Justiça faz com que R$ 12 bilhões se acumulem, remunerados a 6% ao ano e emprestados a 40% ou 50%...
O governo caloteiro ganha três vezes: calote, agiotagem e captação grátis a juros minúsculos. Agora quer ganhar mais vendendo também as ações do banco."
FLAVIO BRANDO, presidente da Comissão de Precatórios da OAB-SP (São Paulo, SP)

Álcool na estrada
"Ao permitir a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais, o Congresso mostrou estar mais afeito à manutenção das ganâncias de alguns, que sustentam as suas candidaturas políticas, do que à segurança e à saúde do povo."
ALBERTO MURRAY NETO (São Paulo, SP)

Índios
"Será que devemos manter nossos índios como animais de zôo, sendo vistos dançarem seus rituais, se eles já têm celulares, TVs, DVDs?
Não seria melhor que se tornassem cidadãos brasileiros e participassem com sua cultura e suas tradições, enriquecendo mais o nosso caldo cultural?
Por que deixá-los em territórios de maneira paternalista? Para que ONGs vivam da sua exploração?"
FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)

"Os nossos índios não são mais tupis, guaranis, ianomâmis ou outros quaisquer. Desde que o Brasil nasceu, foram subjugados, e não têm mais nação.
Assim como japoneses, italianos, alemães e outros que vieram para o Brasil. Não são mais japoneses, italianos etc., são brasileiros.
Todos os nascidos nesta terra são brasileiros. Não há que reivindicar nação separada. Todos os brasileiros têm os mesmos direitos e deveres. E assim têm que ser tratados.
Já passa da hora de considerar os nativos, que são mais brasileiros que todos os outros, como cidadãos, com os mesmos direitos e deveres.
E aqueles que ainda não estejam aculturados, que o sejam. E que o Estado brasileiro cumpra com suas obrigações para com eles."
NEWTON B.G. DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Justiça espírita
"Em relação ao debate sobre juízes espiritualistas e depoimentos vindos do além, eu pergunto: será que uma hora dessas eu posso acabar sendo preso por ter cometido crime em uma vida passada?"
GABRIEL SCLIAR (Belo Horizonte, MG)

"A propósito da recente reportagem sobre juízes espíritas, venho reafirmar que não vivemos em um Estado laico, como reza a Constituição. Basta ver o calendário e a imensidão de feriados dedicados à religião católica. Um absurdo."
MARCO ANTONIO LOURENÇO DE PAULA (Jales, SP)

Crime
"Achei lamentável os noticiários da TV não mostrarem a cara e não darem o nome do traficante que foi preso no aeroporto do Galeão. Pelo menos a Folha divulgou seu nome (José Luiz Aromatis Netto).
Por que quando o criminoso é um pé-de-chinelo aparece algemado e encostado na parede e quando é do Recreio dos Bandeirantes é escondido? Mostrar a cara de bandido, assim como a própria prisão, é mesmo para PPPs no Brasil"
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Impostos
"Pesquisa publicada pela Folha em 16/5 apontou que os pobres pagam mais impostos que os ricos.
Gostaria de acrescentar que a situação poderia ser pior, já que boa parte dos pobres mora em favelas.
Sendo assim, não pagam vários impostos, como o IPTU e o ITBI. O comércio e a prestação de serviços nas favelas e periferias funcionam na informalidade, o que "libera" esses comerciantes e prestadores de serviços de recolherem impostos como IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS.
Mesmo assim, os pobres ainda arcam com a maior parte da carga tributária. Já pensou se pagassem esse mundo de impostos?"
GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG)

"Este nosso governo é mesmo ímpar! A arrecadação e a inflação explodindo e ele nem sequer cogita em conter gastos. Para quê? A população é sempre o "burro de carga" que paga a conta, tanto no aumento dos impostos como no da inflação.
E o nosso competente e honesto Legislativo é que vai decidir! Socorro, sinto-me completamente sem saída, não sei a quem apelar.
E pensar que só com a sangria dos cofres do BNDES a saúde do pais poderia estar bem melhor -e sem precisar de mais imposto."
PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)

Psiquiatria
"Sobre a reportagem "Redução de leitos psiquiátricos é lenta" (Cotidiano, 18/5), é necessário esclarecer que, para alguns pacientes, com risco de suicídio ou comportamento violento, por exemplo, a internação em hospital especializado pode ser necessária. No hospital que atende pacientes com transtornos mentais, a equipe médica pode administrar o tratamento adequado, além de prevenir possíveis danos ao próprio paciente ou a terceiros.
A Associação Brasileira de Psiquiatria defende a criação de uma rede de atendimento completa, com serviços nos diversos níveis de atenção, que deveria ser implementada em paralelo com o fechamento de leitos psiquiátricos. Do contrário, haverá desassistência.
O tratamento de pacientes com transtornos mentais graves é difícil e caro, mas a rede de assistência não pode discriminá-los."
LUIZ ALBERTO HETEM, vice-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (Ribeirão Preto, SP)

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