São Paulo, domingo, 23 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Com os números dessa pesquisa Datafolha ("Dilma sobe e empata com Serra", Brasil, ontem), e aliado ao fato de a corrida na verdade nem ter começado ainda e de a máquina governamental não ter entrado pesado, inclusive com a participação direta do presidente Lula, não é difícil dizer que é capaz de nem haver segundo turno.
JOSÉ PIACSEK NETO (Avanhandava, SP)

 

O que adianta o TSE multar Lula e Dilma? Primeiro, quem paga a conta não são eles. Segundo, conscientes das suas impunidades e sabedores de que juiz nenhum terá peito para tomar medidas mais enérgicas -como impugnar o registro da candidatura da ex-ministra-, eles seguirão rasgando as páginas da Constituição brasileira.
DAVID NETO (São Paulo, SP)

 

A quarta multa aplicada a Lula prova a parcialidade da Justiça. Se fosse prefeito ou candidato a prefeito, Lula já estaria cassado ou inelegível. Como é o presidente, o TSE finge aplicar a lei.
JOEL GERALDO COIMBRA (Maringá, PR)

Irã
Samuel Feldberg é paradoxal e falacioso em seus argumentos ("Tendências/Debates", ontem). A diplomacia pacifista não resolve problemas entre nações. O inglês Chamberlain só trouxe desgraça para o país, que não se preparou para o pior: a guerra.
Rui Barbosa, muito antes, já ensinava que nações que acreditam mais na diplomacia do que nos seus marinheiros e soldados estão fadadas ao insucesso.
O povo iraniano não pode confiar no pacifismo dos inimigos, e necessita urgentemente ter a sua bomba para dissuadir más intenções em relação ao seu petróleo e à sua milenar civilização.
Mas, se utilizá-la, será ainda pior, pois a retaliação virá de todos os lados."
PAULO MARCOS G. LUSTOZA, capitão-de-mar-e-guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

 

O presidente Lula acredita na conversa. Ele acredita que a conversa é o caminho para resolver diferenças. É razoável. Então, qual é a dificuldade para que se entenda posição tão sensata?
A dificuldade está em que nós achamos absolutamente normal resolver nossos desentendimentos atirando bombas na cabeça uns dos outros. Tem sido assim desde sempre.
JOÃO CARLOS DE ALMEIDA PRADO BOTELHO EGAS (São Paulo, SP)

 

Excelente o artigo "O tropeço do Brasil no Irã", de Andres Oppenheimer (Mundo, 21/5).
Com clareza de raciocínio, ele demonstra a dubiedade de um presidente que pretende ser gigante lá fora quando é "anão diplomático" em seu continente.
Na lista de tropeços e omissões de Lula, o autor poderia ter lembrado do descompasso em Honduras, mas o rol já estava farto.
ALEX ESTEVES DA ROCHA SOUSA (Salvador, BA)

 

O jornalista Andres Oppenheimer faz duras críticas ao presidente Lula e ao Brasil na questão do acordo com o Irã e classifica o caso como "megalomania diplomática". É compreensível.
Afinal, a maioria dos americanos entende como "diplomacia" sanções, imposições, intervenções, invasões. Esse é o diálogo a que estão acostumados.
Diz ainda que gostaria de ver o "Brasil assumindo riscos para apoiar a democracia e os direitos humanos". Deve o Brasil seguir o exemplo dos Estados Unidos, que, quando se sentem "desafiados" em seu poder de domínio apoiam golpes e ensinam métodos de torturas, como fizeram repetidas vezes? Isso sem contar a injustificável invasão do Iraque.
Prefiro a "megalomania diplomática" do presidente Lula.
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

20%
Brasileiros atentos e participantes se revoltaram com a cobrança da taxa de 20% feita pela Coroa Portuguesa. Resultou disso a Inconfidência Mineira e a morte de Tiradentes. Esses 20% ficaram conhecidos como o "quinto dos infernos", pelo absurdo que representavam.
Brasileiros omissos e deslumbrados aceitam, sem dar um pio, a cobrança de quase 40% que os donos do poder retiram de seus bolsos para custear "coisas", algumas muito estranhas.
GERALDO SIFFERT JÚNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

Trem
"Que trem é esse?", diria o mineiro ao ler "O trem e o desenvolvimento do Brasil" ("Tendências/ Debates", 21/5), que mostra o projeto do trem de alta velocidade como se fosse a descoberta da roda. Insiste nesse joguinho marcado FHC x Lula, como se ambos fossem os únicos protagonistas da farsa eleitoral, essas duas faces da mesma moeda com que a banca joga os destinos desta riquíssima e escandalosamente seviciada nação.
Bate na tecla das privatizações, mas diz que o TAV está na mesa das negociatas com uma multinacional inglesa com o beneplácito das verbas públicas.
Esse trem de papel, se um dia entrar nos trilhos, será privilégio das "zelites" pelas altas tarifas.
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS
(Campinas, SP)

 

Entusiasta do transporte ferroviário, animei-me ao ler o título do artigo "O trem e o desenvolvimento do Brasil". Mas, como logo no início o autor afirma que a reintrodução do transporte ferroviário havia sido eliminada pela privatização das ferrovias no governo FHC, desconfiei de que havia alguma coisa errada. Foi justamente a privatização das ferrovias que permitiu ao Brasil retomar os investimentos no setor.
Corri os olhos até a assinatura do artigo e encontrei um deputado do PT. Pena que a Folha permita detração política travestida de análise no jornal.
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

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