São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
"Não procede a especulação do jornalista Eduardo Scolese publicada na reportagem "Estratégia do Planalto ajuda PT a reduzir gastos com viagens de campanha de Lula" (Brasil, 21/8). Muito menos a ilação de que eu teria incentivado conexão entre a agenda de viagens do candidato e do presidente como forma de reduzir os custos da campanha. Por fim, registre-se que o PT tem ressarcido o Palácio do Planalto por todos os gastos com deslocamento do presidente para cumprir sua agenda de candidato. Como coordenador de campanha, determinei que qualquer deslocamento em que ocorram agendas de presidente e de candidato a campanha arque integralmente com os custos previstos pela lei."
RICARDO BERZOINI , coordenador nacional da coligação "A Força do Povo" (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Eduardo Scolese - Não há ilação; os fatos demonstram a estratégia. A informação de que os custos em deslocamentos em que ocorram agendas de presidente e de candidato são pagos pela União foi prestada pela própria assessoria da campanha de Lula.

 

"No dia 19/8, a Folha tratou da plenária de 18/8 realizada em São Paulo entre sindicalistas e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Na reportagem "Seguranças de evento para Lula agridem manifestantes em SP", foi citado que houve confusão para retirar um grupo de dirigentes de Campinas que levavam cartazes contrários a Lula. O jornal reproduziu a fala de um desses sindicalistas, Fernando Martins, que diz que eu teria ordenado a retirada com truculência do citado grupo. Quanto a isso, digo: 1) Não mandei retirar ninguém do evento -até porque eu não tinha autoridade para isso, já que não fui o organizador do ato. Eu estava simplesmente passando pelo local onde o tumulto aconteceu. Fui mero espectador. Citaram meu nome porque, como sou conhecido, daria maior dimensão para a versão dos envolvidos. 2) O episódio apenas revela que a imprensa, em geral, dá o lado que lhe interessa. Neste caso, por exemplo, o que valia uma nota roubou a reportagem principal, que era o próprio ato. O evento, extremamente importante e positivo para os sindicalistas, perdeu seu espaço para um viés sensacionalista, que nada acrescentou aos leitores. 3) O texto informa que eu não quis atender a reportagem da Folha. Ora, eu estava no meio do evento. Não sabia sobre o que seria a reportagem. Não me recusei a falar sobre o assunto -até porque não sabia qual era."
JOSÉ LOPEZ FEIJÓO , presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (São Bernardo do Campo, SP)

 

"É com preocupação que vejo o senhor Orestes Quércia falar na propaganda eleitoral que "foi o melhor governador que São Paulo já teve, que contratou 33 mil policiais, que implantou o radiopatrulhamento padrão", entre outros feitos. Esquece ele, porém, que foi durante o seu governo que ocorreu a única manifestação de policiais militares no Estado. O salário do policial, à época, era uma miséria. Passávamos até fome. E foi naquela época que se iniciou uma onda de "bicos", trabalhos extras que os policiais tinham de fazer para não passar necessidades. E agora ele volta dizendo que quer ser "novamente" o melhor governador de São Paulo."
CARLOS VIEIRA BORGES , policial militar aposentado (São Paulo, SP)

Entrevista
"Na edição de 21/8, foi publicada uma entrevista que concedi ao repórter Luiz Fernando Vianna ("Ciclo discute a "banalidade da moral", Ilustrada). Na legenda da foto, lê-se: "Franklin Leopoldo e Silva diz que a banalização da ética explica a dianteira de Lula em pesquisas". Basta ler a reportagem para entender que nada do que está escrito leva a essa conclusão. O que disse foi que a banalização da ética torna inócuos os procedimentos internos do Congresso, de modo que a maioria dos envolvidos escapa de suas responsabilidades por meio de artimanhas diversas. O que fiz foi justamente ampliar a questão para além da figura do presidente. A legenda dá a entender que me referi especificamente ao presidente, o que é falso."
FRANKLIN LEOPOLDO E SILVA (São Paulo, SP)

Elogio do golpismo
"É assombroso que Fernando Henrique Cardoso faça o elogio do golpismo e do incentivo à morte, na pessoa de Carlos Lacerda ("FHC diz que é preciso alguém como Lacerda", Brasil, 22/8). Cardoso é um ex-intelectual que um dia leu o suficiente para saber a gravidade de sua fala. O brilho intelectual de Lacerda apenas piora a gravidade de seus atos. Admirá-lo é compactuar com seus crimes, que incluíram a instalação de uma ditadura no Brasil."
MARCOS SILVA , professor do Departamento de História da FFLCH-USP (São Paulo, SP)

Ações da PF
"Cumprimento a Folha pelo editorial de sexta-feira, instigante até no título ("Operações em cadeia'). Conforta saber que existe efetivamente um jornal a serviço do Brasil, acima dos acidentes e fiel aos princípios."
JOSÉ FERNANDES FILHO , presidente da Comissão Executiva do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça (Belo Horizonte, MG)

Preço da carne
"A reportagem "Arroba do boi sobe e pode levar a alta da carne" (Dinheiro, 18/8) traz uma imprecisão: ao citar uma declaração da Abras, o texto dá a entender que a entidade tem uma função regulatória de preço. Mas não cabe à Abras determinar o preço praticado pelas redes. Diferentemente do publicado, os supermercados poderiam, sim, repassar os reajustes, mas isso é responsabilidade de cada empresa."
AGNALDO MARQUES, gestor da Abras -Associação Brasileira de Supermercados (São Paulo, SP)

Maluf
"A menção a Paulo Maluf no artigo de Clóvis Rossi de ontem ("De ataques e quadrilhas') não procede. Maluf, candidato a deputado federal, não usa em sua campanha o argumento de que é vítima de ataques, mas, sim, o que poderá fazer se for eleito. Os ataques a que o colunista se refere Maluf discute na Justiça, por meio de sua defesa."
ADILSON LARANJEIRA , assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

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