Salário em SP
"Não sabemos de onde a colunista Mônica Bergamo extraiu a absurda notícia de que o aumento do salário do governador José Serra, a partir de janeiro, será de 83%. Ela poderia ter-se dado ao trabalho de ler o noticiário do seu próprio jornal ou, pelo menos, ter procurado a assessoria do futuro governador, mas não se deu a esse trabalho, e produziu uma tremenda desinformação aos seus leitores. Repetimos: não haverá nenhum aumento de salário para Serra, e este se opôs a qualquer tentativa de ampliação do teto do funcionalismo usando-se o pretexto do reajuste do salário do governador."
FERNANDO GRANATO, assessoria de imprensa do governo de transição (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Mônica Bergamo - A coluna não publicou a "absurda notícia do aumento" do salário de Serra, como a carta da assessoria quer dar a entender. Fez, isso sim, referência a "eventual" aumento que estava, sim, sendo apreciado na Assembléia Legislativa no momento em que a edição foi fechada.

"A aprovação, pela Assembléia paulista, de um reajuste salarial de 89,73% para os secretários do Estado de São Paulo, merece diversas indagações. A mais objetiva delas é se esse percentual será aplicado a todo o funcionalismo estadual. Para quase dobrar a remuneração dos secretários e ocupantes de cargos de alto escalão, a justificativa é que seus salários estão congelados desde 1995 e que a inflação ao longo desses 11 anos foi de 156%. É importante lembrar que o funcionalismo -e particularmente a polícia paulista- também sofreu com o congelamento citado para recompensar o primeiro escalão. Os reajustes giraram em torno dos 30% no período. Esperamos que o novo governo corrija injustiças que seus antecessores cometeram contra o servidor público estadual de São Paulo. Que a fórmula defendida pelo governador José Serra e aceita pelos deputados, que aprovaram o projeto na madrugada do dia 22, seja aplicável aos salários de todos os que prestam serviços às diferentes carreiras do funcionalismo paulista. Que se entenda definitivamente que governador, secretários e ocupantes de altos cargos, além dos salários, possuem verbas de representação, veículos à disposição e até auxílio para comprar vestuário. O funcionário, não. Se seu salário não é suficiente, ele tem de ir morar na favela, tirar o filho da escola e, até, passar fome..."
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, tenente, presidente da Apomi -Associação dos Policiais Militares do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Deborah Secco
"Em resposta ao comentário ao sr. Ike Cruz, agente da atriz Deborah Secco, que classificou a revista "Manequim" como uma publicação "m...", na entrevista à coluna "Mônica Bergamo" (Ilustrada, 17/12). A Editora Abril reconhece que o sr. Ike Cruz tem todo o direito de escolher o veículo em que quer ver sua assessorada, a atriz Deborah Secco, estampada na capa. Mas não tem o direito de denegrir a imagem da revista "Manequim", uma publicação que há 47 anos retrata a moda da mulher brasileira, com respeito e transparência. Com uma circulação mensal de 230 mil exemplares, que atinge 1.401.560 leitoras, "Manequim" nunca se valeu de matérias para prejudicar a imagem de atrizes e jornalistas consagradas como Glória Pires, Claudia Abreu, Fátima Bernardes, Carolina Dieckmann e Cristiane Torloni e muitas outras personalidades ao longo de décadas. Essas celebridades sempre concordaram em aparecer na "Manequim" sem que isso prejudicasse sua imagem, seja em uma campanha publicitária, uma novela ou a capa de outra publicação. Ao longo de todos esses anos, a primeira revista de moda da Editora Abril orgulha-se de continuar levando informação e serviço de moda de qualidade para o público feminino de todo o país."
ANA CÉLIA ASCHENBACH, diretora de Redação da revista "Manequim" (São Paulo, SP)

Tributação
"Muito oportuna a reportagem de "Orçamento impõe carga tributária maior", de Gustavo Patu (Dinheiro, 20/12), denunciando mais um aumento da carga tributária imposta por um Orçamento irrealista e gastador. São os congressistas, neste ano ajudados pelas bondades eleitorais do Executivo, mais uma vez jogando para a platéia e criando gastos que exigirão mais impostos. Mas pergunto: que incentivos têm os congressistas para cortar gastos? Cortar gastos dá votos? Enquanto não mudarmos o esdrúxulo sistema eleitoral no Brasil, que premia a irresponsabilidade fiscal, será difícil reduzir a carga tributária."
ANDRÉ FRANCO MONTORO FILHO, presidente do Etco -Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (São Paulo, SP)

Dois pesos
"Dizem que a mulher que feriu o deputado federal ACM Neto é desequilibrada. Feia, pobre, certamente não fala inglês, não deve ter emprego fixo nem nunca ouviu falar em Dolce & Gabanna. Para o deputado, livre de perigo, sobrou o incômodo de tomar antibióticos, trocar curativos e não tomar bebida alcoólica por um bom tempo. Para ela, prisão imediata. Para Pimenta Neves, que assassinou Sandra Gomide pelas costas, com arma de fogo e de maneira covarde, bons advogados até agora o livraram da cadeia, com ajuda substancial do STJ. Agora, o STJ não vai relaxar a prisão da baiana "doida'? Afinal, ACM Neto está vivo para contar a história no cafezinho da Câmara..."
ALVARO TADEU SILVA (São Paulo, SP)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: José Sarney, senador pelo PMDB-AP (Brasília, DF); Alaíde e Orestes Quércia (São Paulo, SP); Alfredo N. Rizkallah, Novação D.T.V.M. Ltda. (São Paulo, SP); Lidia Andreatta, gerente de Relações Públicas e Comunicação Externa dos Laboratórios Wyeth-Whitehall Ltda. (São Paulo, SP); Romeu Chap Chap (São Paulo, SP); Waldomiro de Gobbi (Santa Rita do Passa Quatro, SP); Kasinski (São Paulo, SP).

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