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Osesp
"Lamento profundamente a saída repentina do maestro John
Neschling da Direção Artística da
Orquestra Sinfônica do Estado de
São Paulo. Poucas vezes, na música
brasileira, um homem juntou tanta
competência e arte a uma profunda
capacidade de realização. Mesmo
sabendo que ninguém fica eternamente num cargo como aquele, a
saída de Neschling representa uma
grande perda para a Osesp."
RICARDO TACUCHIAN , maestro (São Paulo, SP)
Sucessão
"Como fiz ressalvas ao perfil
atual de dois presidenciáveis petistas e ao de um dos tucanos, um professor de extraordinária imaginação acusou meu artigo "Líderes,
chefes e gerentes" de defender a re-reeleição do presidente Lula -o
que é ridículo. José Augusto Guilhon Albuquerque (Opinião, 22/1)
finge ignorar os elogios que dirigi a
dois outros tucanos, o ex-presidente FHC e o possível presidenciável
Aécio Neves. Mas, se Guilhon imagina que com essa truculência ele
ajuda a campanha "do Serra" (como
diz ele, para ostentar intimidade) à
Presidência, está enganado."
RENATO JANINE RIBEIRO, filósofo (São Paulo, SP)
Seguro obrigatório
"A quem interessa manter o seguro obrigatório para veículos? Por
que se corrigiu o valor do prêmio
sem atualizar o valor do seguro?
Hoje, como a maioria dos veículos
tem seguro, já existe cobertura contra terceiros. Por que pagar duplamente? Acredito que é preciso uma
investigação profunda por parte do
Ministério Público para verificar
quem são os beneficiados por mais
este imposto arbitrário. Precisamos
acabar com estas taxas absurdas."
LUIZ CLAUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)
Renascer
"Lamentável a reportagem sobre
o culto na Assembleia de Deus em
favor das vítimas do acidente ocorrido na sede da Igreja Renascer
(Cotidiano, 22/1). O respeito à
crença alheia é mais que um pré-requisito jornalístico, é um dever cívico! Nunca li uma reportagem que
comentasse o comportamento dos
católicos em uma missa de domingo, nem muito menos uma investigação sobre a riqueza das catedrais
católicas do país. Juízos de valor e
ironias não podem aparecer numa
reportagem que aborda uma tragédia onde inúmeras pessoas se feriram e nove morreram. Ninguém
precisa mudar de religião, mas todos devem respeitar as outras!"
BARBARA DE ARAÚJO COSTA (São Paulo, SP)
"Como ficam os fiéis da Renascer
ao presenciar as pecaminosas mentiras de seus líderes? O líder mentiu
ao dizer que não houve reforma no
templo, mas só uma pintura. E pecou novamente ao contratar empresa irregular para fazer a obra.
Não é um fato isolado: o passado recente mostrou numerosos crimes
sexuais de bispos católicos e de um
rabino com "desvio de comportamento". Como ficam os fiéis ao saber dos graves pecados de seus líderes? Confiaram a eles mais do que
suas vidas: as almas. É essa a retribuição que oferecem? Que Deus seja severo com tais pessoas."
NEWTON JOSÉ BARROS GONÇALVES (Santo André,
SP)
Pichadora
"Quando Caroline Pivetta da Mota foi presa por ter pichado a Bienal
não faltou quem -como o ministro
da Cultura, Juca Ferreira- repudiasse sua prisão e defendesse intransigentemente o seu ato, sob a
alegação de pichação é uma "forma
de arte e de expressão". O que dirão
agora os lenientes intercessores da
pichadora "artista" acerca da sua nova prisão em flagrante, desta vez
por tentativa de furto de DVDs em
São Paulo? Que o furto seria uma
subtração de coisa alheia com um
"viés expressionista'? Que tudo não
passou de uma "performance'? Com
a palavra aqueles que colocaram Pivetta acima do bem, do mal e da lei."
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)
ProUni
"Admirável e responsável foi a
decisão do juiz Friedmann Wendpap quanto ao direito da estudante
Rosenalva Garcia de se beneficiar
do ProUni (Cotidiano, 22/1). Exerceu seu papel jurisdicional ao interpretar a lei com critério e sensatez.
Dificilmente o direito como instituto é sinônimo de justiça, mas neste caso o juiz equilibrou a balança."
MARGARETE TSUYAKO MATSUBARA (São Paulo,
SP)
Cartões
"A Folha publicou em 22/1 a matéria "Maioria de gastos com cartão
da TV Brasil são saques", baseada
em dados incompletos e desatualizados do Portal Transparência. O
decreto 6.370/2008, ao atualizar as
regras sobre uso do cartão, de fato
limita seu uso a algumas situações e
restringe os saques em dinheiro "a
30% do total da despesa anual do
órgão com suprimento de fundos".
O balanço da EBC relativo a 2008
aponta uma despesa global com suprimento de fundos da ordem de
R$ 770 mil, dos quais as despesas
efetuadas com cartão representam
R$ 188 mil. Destas, R$ 103 mil referem-se a saques, o que corresponde
a 55% das despesas efetuadas com
cartão. Entretanto o limite deve ser
observado em relação à despesa
anual com suprimentos, donde se
pode constatar que a modalidade
saque (R$ 103 mil) representou
apenas 13,37% do gasto total da
EBC com suprimento de fundos,
em estrita observância da norma.
A matéria comete outro equívoco
ao afirmar que os cartões foram
utilizados para o pagamento de diárias em viagens de repórteres e funcionárias, o que é vedado pelo decreto. A EBC deposita diretamente
na conta dos funcionários os valores equivalentes às diárias."
MALU BALDONI, coordenadora de Comunicação
Social da Empresa Brasil de Comunicação (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Alan
Gripp - A reportagem reproduziu
o dado oficial e atualizado do
Portal Transparência sobre o
percentual de saques no uso de
cartões. Sobre o gasto total, incluindo o suprimento de fundos, a EBC foi questionada de
19/1 a 21/1, véspera da publicação, e não forneceu os dados
que agora revela. Só disse que o
percentual de saques era menor
quando considerados os gastos
totais, argumento contemplado
no texto. A informação sobre as
diárias foi dada por portadores
do cartão na TV Brasil, que falaram sob anonimato.
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