São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2002

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PAINEL DO LEITOR


Colômbia
"O rompimento unilateral das conversações de paz por parte do governo colombiano é estranho e oportunista. Andrés Pastrana demonstra um profundo temor de que o candidato que tem o seu apoio, o liberal Horacio Serpa, seja prejudicado pela atitude aparentemente de diálogo por parte do governo. É profundamente obscura a mudança de discurso por parte de Pastrana justamente ao nos aproximarmos do pleito presidencial de maio, já que as pesquisas demonstram vitória em primeiro turno de um crítico das negociações, o político de "direita" Alvaro Uribe, que defende um endurecimento das ações contra as guerrilhas."
Guilherme Farrer (Belo Horizonte, MG)


Dengue e ciência
"Em reportagem do Agrofolha de 30/6/1998 ("Citronela e "lemon grass" têm efeito larvicida e podem ajudar no combate à dengue"), pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná informaram que óleos extraídos da citronela e do "lemon grass" eram larvicidas mais eficientes do que os inseticidas químicos no combate ao mosquito da dengue. Essa informação caiu no esquecimento -se é que nossas "autoridades" chegaram a ter conhecimento dela um dia. Há uma grande pressão para que a comunidade científica do país produza "inovações tecnológicas" -a serem exploradas com lucro pelas nossas indústrias-, mas, quando essa comunidade consegue apresentar soluções para problemas graves, estas são solenemente ignoradas. As "batatadas", como se vê, não vêm da academia, mas, sim, dos nossos distintos governantes."
Gilberto Lima (Osasco, SP)


Noé Gertel
"Desolado, tomei conhecimento da morte de nosso grande amigo e competente jornalista Noé Gertel. Quero, em meu nome, no de minha família e no de todos os funcionários da Vasp, enviar a Otavio Frias Filho e a toda a diretoria da Folha os meus mais sinceros pêsames. Noé deixa um notável exemplo de trabalho, dedicação e amizade."
Wagner Canhedo, presidente da Vasp (São Paulo, SP)


Vaga-lume
"Se podes olhar, vê; se podes ver, repara". Com essa epígrafe, José Saramago inicia seu "Ensaio sobre a Cegueira", em que faz uma apologia da solidariedade e da auto-estima e critica o homem, em geral, que veste uma capa grosseira de egoísmo. A análise do escritor português é sábia e verdadeira. Estamos carentes de esperança nesse mundo onde só convivemos com destruição e com violência e, por isso, nem enxergamos os que estão a nosso lado. Assim, é digna dos maiores elogios a iniciativa das três jovens da expedição Vaga-Lume, que pretendem implantar bibliotecas infanto-juvenis nas comunidades carentes da região amazônica (Ilustrada, pág. E1, 20/2). Nem tudo está perdido. Há quem se preocupe com o outro, repare e conserte o que, no mínimo, pode ser entendido como descaso ou injustiça social."
Maria Teresa Hellmeister Fornaciari, professora de língua portuguesa do colégio Dante Alighieri (São Paulo, SP)


Violência
"TVs, rádios e jornais têm destacado a violência que grassa no Brasil real. É a cultura de morte ocupando espaços e semeando o medo na sociedade. Há poucos dias, nessa Folha, um estudo da Prefeitura de São Paulo provou por a + b que mais pobreza e baixa escolaridade geram violência. O Movimento dos Sem-Universidade insiste na necessidade de uma cultura de vida. Por ocasião da megarrebelião do PCC, há um ano, apresentamos a proposta de que o Carandiru desativado virasse universidade popular. Seria a beca em vez da calça cáqui do presidiário como sinalizador de futuro e presente para milhares de jovens e suas famílias da periferia. Quase nada disse a mídia sobre isso. Mas, passado um ano, novos pratos de violência continuam sendo servidos diariamente em milhões de lares."
Sérgio José Custódio, coordenador do Movimento dos Sem-Universidade (São Paulo, SP)


Prefeitura de SP
"Não sei exatamente onde o leitor Hélio Serrano mora, mas discordo da análise que fez em sua carta "Administração municipal" ("Painel do Leitor", pág. A3, 17/2), em que critica a "desmoralizante inaptidão administrativa" do atual governo municipal de São Paulo. Moro na periferia da zona sul (será que o sr. Serrano já ouviu falar de Grajaú?) e, próximo daqui, estão construindo uma escola municipal. Também próximo daqui há um telecentro, no ponto final da linha de ônibus do Grajaú. Na av. Robert Kennedy, que também é próxima daqui, foi estabelecida a operação Via Livre. Sempre deparo com garis pelas ruas daqui, coisa que havia muito não via. Não sei se tudo isso está acontecendo por toda a cidade -e também sei que muitas coisas não estão do jeito que eu queria-, mas eu seria desonesto se dissesse que a atual administração não está fazendo nada ou que a prefeita só está desvairando. Creio que não somente a atual administração vá reclamar da falta de dinheiro. As próximas também deverão fazê-lo dado o rombo faraônico dos anos Maluf-Pitta."
Jair da Silva Santos (São Paulo, SP)


José Simão
"Venho solicitar que seja retirada do caderno Ilustrada a coluna do senhor José Simão. A coluna é de profundo mau gosto, grosseira e vulgar. Não condiz com a linha editorial da Folha, que sempre se mostrou séria e atenta às problemáticas sociais com a prática de um jornalismo responsável e tradicional."
Charlie de Souza (Rio Branco, AC)


81 anos da Folha
"Não poderia deixar de congratular-me com a Folha pelo transcurso dos 81 anos de sua fundação. Como procurador parlamentar da Câmara dos Deputados, posso testemunhar o elevado nível técnico e ético da Folha, que vem prestando um relevante serviço à democracia do país."
Ricardo Izar, deputado federal -PTB-SP (Brasília, DF)

"Envio sinceros e efusivos cumprimentos pelo transcurso dos 81 anos de fundação desse prestigioso jornal, grande destaque da imprensa nacional."
Marcos Tito (Belo Horizonte, MG)

"Que a Folha continue sempre assim, informando com liberdade e seriedade a nós, brasileiros. Felicidades e um forte abraço."
Cosette Alves e João Sayad (São Paulo, SP)

"Em nome da Federação e do Centro do Comércio do Estado de São Paulo, dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac e em meu nome, cumprimento a Folha pelo 81º aniversário, pela qualidade de seu jornalismo e pela fidelidade ao pluralismo, que se tornou um paradigma para o aperfeiçoamento da democracia em nosso país."
Abram Szajman, presidente (São Paulo, SP)



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