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Terra
"O título do texto "Ministro acha
que invasões de fazendas são compreensíveis" (Primeira Página,
23/2) não condiz com a entrevista
concedida ao repórter Eduardo
Scolese.
O ministro do Desenvolvimento
Agrário, Guilherme Cassel, enfatizou na entrevista que defende rigorosamente a aplicação da lei e mencionou que poderia achar compreensíveis ocupações em dois casos específicos: em terras públicas
comprovadamente griladas, com
ocorrência de crimes ambientais, e
em terras onde há comprovadamente o trabalho escravo.
Ao repórter, foi salientado que
nenhuma das 13 propriedades rurais ocupadas recentemente no Estado de São Paulo está incluída nesses dois casos. Da mesma forma,
não procede o subtítulo aplicado no
material jornalístico -"Petista afirma que a lei deve ser respeitada,
mas diz que ações em terras griladas, por exemplo, podem ser aceitáveis" (Brasil, pág. A7).
O ministro não utiliza o termo
"ocupação aceitável" em ponto nenhum da entrevista."
PATRICIA LINDEN, coordenadora de comunicação
social do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(Brasília, DF)
Praça da República
"Solicito correção de declarações
a mim atribuídas na reportagem
("Praça da República agora tem
bancos antimendigos", Cotidiano,
pág. C5, 22/2).
A respeito dos bancos antimendigos instalados pelo prefeito Kassab e seu secretário Andrea Matarazzo, declarei, inicialmente, que
não tinha conhecimento do assunto, pelo que não teria condição de
me manifestar especificamente a
respeito. Foi-me pedido, então, que
me manifestasse sobre "a política
higienista" da prefeitura, o que fiz,
declarando que os pobres e os mendigos têm direito à cidade tal como
qualquer habitante.
A repórter indagou se não se trataria de criar condições para tirar
os mendigos da rua. Respondi que
não se tratava disso e que, embora
eles tenham direito a essas políticas, têm também o direito de escolher se querem continuar morando
na rua.
O que foi publicado pode representar um apoio disfarçado à política fascista da administração municipal paulistana."
ATON FON FILHO, diretor da Rede Social de Justiça
e Direitos Humanos (São paulo, SP)
Carnaval e história
"Parabenizo Leandro Narloch
por seu artigo de ontem na Ilustrada ("A Beija-Flor mente sobre a
África'). Está mais do que na hora
de divulgar amplamente toda a verdade sobre a escravidão e o conseqüente racismo de parte a parte
que existe no planeta. Só a educação completa e irrestrita de todos
trará luz e entendimento entre as
raças. A propósito, a nossa "raça" é
humana."
IVAN KING (Salvador, BA)
"O artigo do jornalista Leandro
Narloch representa um belo exemplo de desconhecimento do que foi
a chamada escravidão moderna,
pois tem a capacidade de colocar
"no mesmo saco" o processo de escravidão anterior às chamadas
grandes navegações e à conseqüente "colonização do Novo Mundo" e
um outro processo histórico de escravização que teve causas e contextos diferentes.
O jornalista, a pretexto de criticar
o enredo da Beija-Flor, prática o
"crime" de que acusa a escola de estar praticando, pois diz que a escravidão ocorrida nas Américas é fruto
da ganância dos reis africanos.
Ora, o que o digno jornalista faz
também é ver a história sob um
prisma maniqueísta. E, ainda pior, o
faz sem uma análise consistente da
história da escravidão."
DANIEL ANTONIO, sociólogo do Núcleo de Estudos
Afro-brasileiros da Universidade Federal de
Uberlândia (Uberlândia, MG)
Violência
"Queremos manifestar aqui nossa indignação e nosso profundo pesar diante da morte de Maria Cícera
Santos Portela (Cotidiano, 22/2),
assassinada por um policial na varanda de sua casa na favela São Remo durante um confronto com
crianças que brincavam perto de
sua viatura.
Cícera nos recebia diariamente
na porta da lanchonete da Faculdade de Educação da USP sempre
com um sorriso pleno de futuro e
com atitudes da mais extrema gentileza.
Foi morta por uma "bala perdida"
lançada inadvertida e irresponsavelmente pelo policial. Não era dirigida a ela, e isso talvez torne mais
incompreensível e dolorosa a sua
perda, assim como o crime parece
mais bárbaro quando o policial, diz
o jornal, "rodou a arma no dedo".
É inaceitável que sua morte fique
relegada aos "faits divers" do cotidiano e que a ação violenta da polícia seja legitimada com a soltura
imediata do policial mediante uma
fiança de R$ 300.
Até quando pessoas caídas, mortas por balas perdidas, continuarão
a fazer parte da paisagem de regiões
pobres? Até quando um aparato
policial incompetente e despreparado continuará legitimado por um
Estado ausente diante da violência
e do abandono de regiões pobres do
país?"
SONIA PENIN, diretora, em nome dos professores
e funcionários da Faculdade de Educação da USP
(São Paulo, SP)
Radiação
"Moro próximo à avenida Paulista desde 1984 e constatei que nos
últimos cinco anos a instalação de
novas antenas de transmissão se
acelerou na região. Creio que essas
antenas eram no máximo cinco; hoje devem ser mais de 20. A última
delas a ser instalada emite, durante
toda a noite, uma luz que invade
meu apartamento.
Venho sentindo dores de cabeça
matinais e pressão na cabeça. As
pessoas que moram em casa vêm
apresentando os mesmos sintomas
-que desaparecem quando saio de
São Paulo.
Será que existe algum trabalho
sobre essas radiações e seus malefícios? Há estudos sobre qual é o nível atual de radiação na avenida
Paulista e quais seus efeitos sobre a
saúde das pessoas?"
HUGO PENTEADO (São Paulo, SP)
Folha, 86
"A Folha agradece as felicitações
por seus 86 anos recebidas de: Luiz
Roberto Barradas Barata, secretário de Estado da Saúde de São
Paulo (São Paulo, SP); José R. A.
de Sant'Anna, professor da Faculdade de Direito da UFBA (Salvador,
BA); Roberta Assis, assessoria de
imprensa da LBV (São Paulo, SP).
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