São Paulo, domingo, 24 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Arapongas
Fiquei estarrecido ao ler na Folha a reportagem "Arapongas militares temiam golpe da igreja contra regime" (Poder, 22/4), a respeito de certo relatório de "arapongas" do serviço secreto sobre supostos planos e atividades da Igreja Católica em São Paulo, no início dos anos 80. Os planos seriam para "a derrubada do governo" e até um "confronto armado para criar um Estado religioso independente do Vaticano".
Minha perplexidade só aumentou ao ler sobre descrição de táticas que seriam usadas para alcançar tais objetivos. Podem existir informações mais absurdas e ridículas do que essas?!
Elas mostram um total desconhecimento da história, da vida e das atividades da Igreja Católica.
Se não foi por má-fé, para atingir quem denunciava torturas contra presos políticos, defendia os direitos humanos e se empenhava pela redemocratização do país, considero tais iniciativas, mesmo assim, ofensivas à Igreja Católica em São Paulo.
Fico indignado ao saber da existência de tais relatórios!
DOM ODILO PEDRO SCHERER, arcebispo de São Paulo (São Paulo, SP)

Produto maquiado
Quero manifestar a minha satisfação ao ver na Primeira Página de 22/4 a reportagem "Maquiagem de produtos cresce com a inflação". Ao meu ver, isso é um crime praticado por indústrias, com a conivência/cumplicidade de grandes redes de supermercados e principalmente autoridades responsáveis pelo setor.
Há seis anos, enviei um e-mail ao Cade questionando essa adulteração de conteúdo e nunca obtive resposta.
FRANCISCO CARLOS DE MORAES SALLES (Uberlândia, MG)

 

Durante o Plano Cruzado, com os preços congelados, as indústrias se viram obrigadas a manter o preço. Mas não tiveram dúvidas: se não puderam aumentar os preços, diminuíram a quantidade do produto. Eu era cliente dos biscoitos Tostines e do chocolate Diamante Negro, que abusaram desse expediente. Nunca mais os coloquei na boca.
DANIEL AUGUSTO JR. (São Paulo, SP)

Véu
Ao assumir a defesa da lei francesa, a senhora Luiza Nagib Eluf ("Ninguém pode gostar da burca e do niqab", "Tendências/Debates", ontem) utiliza como argumento a inadmissível opressão da mulher. Contudo deixa descerrar o véu que esconde os verdadeiros motivos da conduta do governo Sarkozy, que é a intolerância religiosa.
CESAR CORDARO (São Paulo, SP)

Sacola plástica
Importante o acordo entre o governo de São Paulo e os supermercados pelo fim das sacolas de plástico. Acredito, porém, que a medida será inócua se não for acompanhada por uma política pública baseada nos "Rs" (reduzir, reutilizar e reciclar). É uma vergonha uma cidade como São Paulo não ter uma eficiente coleta seletiva de lixo. As sacolinhas plásticas têm que acabar, mas sem uma política mais ampla, com a qual as próprias redes de supermercado poderiam contribuir, fica parecendo mais medida para cortar custos.
ALEXANDRE BARBOSA PEREIRA (São Paulo, SP)

Justiça
Os artigos "Justiça parceira do crime", sobre o roubo de armas sob a guarda da Justiça, e "O macaco está certo", sobre decisões questionáveis de vários juízes fluminenses (ambos em Opinião, 22/4), exemplificam outros problemas na execução da justiça e nas varas de primeira instância.
No caso da execução, os problemas incluem cadeias nas quais os presos mantêm centrais telefônicas e os benefícios que reduzem suas penas para até 1/6.
No caso das decisões, os defensores públicos e os advogados dativos, sem condições adequadas de trabalho e em número reduzido, servem como álibis para condenações injustas de pequenos traficantes e ladrões de galinha.
Junte-se a tudo isso o fato de que muitos juízes não cumprem prazos determinados nem estão submetidos a sistemas de avaliação de produtividade e qualidade.
RENATO FABIANO MATHEUS (Belo Horizonte, MG)

Unicamp
Ao ler sobre a reavaliação que a reitoria da USP está fazendo em seu sistema de segurança após a ocorrência de sequestros-relâmpagos, percebo que a conduta na Unicamp é diferente. Os dirigentes da universidade tentam varrer as ocorrências para debaixo do tapete, como tem visto a comunidade universitária.
Não adianta os dirigentes falarem que vão implantar controle por câmeras. Há mais de dois anos se escuta terem gasto mais de R$ 2 milhões com câmeras que não funcionam. Será que a Unicamp não tem gente capaz de elaborar um plano eficaz?
ANDERSON APARECIDO (Hortolândia, SP)

Aécio
Pouco me interessa se o senador Aécio Neves deixou de fazer o teste do bafômetro e estava com a CNH vencida. Como todo cidadão comum, ele teve a prerrogativa de não fazer o teste (ninguém é obrigado a produzir provas contra si) e teve a CNH retida. Agora, quero saber se os órgãos de trânsito desse país colocarão em prática a lei que obriga todos os cidadãos com a CNH vencida a mais de 30 dias a realizar todo o procedimento de uma pessoa que está tirando a carteira pela primeira vez?
EDMIR DE MACHADO MOURA (Caçapava, SP)

Classes
Por falar em memória curta, o leitor Eduardo Gdikian ("Painel do Leitor", ontem) deveria se lembrar que, na história recente do Brasil, nunca tivemos uma carga tributária tão brutal como a que nos foi imposta sob o governo Lula. E quem pagou essa conta não foram nem os pobres, que não têm com o que contribuir, nem os ricos e poderosos, "amigos do imperador", mas sim a classe média.
JOSÉ L. ROCHA BELDERRAIN (S. J. dos Campos, SP)

Fronteira
Em debates durante a campanha, a então candidata Dilma caminhava de um lado a outro do palco diante das câmeras e, em tom professoral, dava aulas de segurança de fronteira.
Desenvolvia o tema falando de aviões de vigilância não tripulados, de estratégias operacionais da Polícia Federal etc. Hoje, passados cem dias de seu governo, a triste realidade: cortes de R$ 1,5 bilhão no orçamento do Ministério da Justiça.
ANTONIO AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA (Osasco, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Fernando Bezerra Coelho: Virada da prevenção

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.