São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Falta de pontaria "Linda a foto da Primeira Página de ontem que mostra um raio atingindo o Congresso Nacional durante chuva em Brasília (DF). Pena mesmo foi a falta de pontaria da justiça divina. O raio deveria ter caído na cabeça dos "mensaleiros", dos sanguessugas e dos envolvidos em tantas outras falcatruas oriundas daquela Casa de Leis (?) que nós, indefesos cidadãos, temos de aturar." EMÍDIO ORNELLAS DE ALMEIDA (Pompéia, SP)   "A foto na Primeira Página de ontem ilustra metade do desejo da maioria de nós brasileiros: o raio caiu, mas infelizmente não os partiu." MARCO ANTONIO DE SANTIS (São Paulo, SP) Embraer "Foi com estranheza que tomamos conhecimento da reportagem "Varig negocia avião com apoio do BNDES" (Dinheiro, pág. B12, 17/8), creditada à Sucursal do Rio, à Reportagem Local e à Folha Online no Rio. Na reportagem, aeronaves da família Embraer 170/190 foram referidas de forma desfavorável em relação a produtos concorrentes sem que a Embraer tenha sido ouvida a respeito dessas críticas, em desatenção a uma prática elementar do meio jornalístico. Questionada por uma jornalista da Folha acerca de eventual negociação com a Varig, a Embraer optou por não se manifestar, em respeito a prática de longa data estabelecida de não comentar possibilidades de negócio. Em nenhum momento a Embraer foi informada de que a qualidade de seus produtos estaria sendo questionada. Segundo o que foi publicado pelo jornal, foram ouvidos "especialistas consultados pela reportagem". Mais à frente, é citado o nome do especialista Paulo Bittencourt Sampaio, e a ele são atribuídas uma série de declarações desfavoráveis. Certamente escapou à atenção da reportagem que o senhor Paulo Bittencourt Sampaio é um dos sócios-proprietários de uma empresa que presta serviços à Airbus, fabricante de uma das aeronaves concorrentes e enfocada de forma favorável pelo dito especialista. Além disso: 1) O custo de operação por assento a cada quilômetro voado constitui indicador importante -mas não o único- a ser levado em conta no exame da adequação (ou não) de uma aeronave a um dado ambiente operacional. A observância apenas desse parâmetro levaria à conclusão simplista de que aeronaves do tipo "Jumbo", capazes de transportar várias centenas de passageiros, seriam as mais adequadas para qualquer ambiente operacional -uma distorção que não resiste à avaliação mesmo daqueles que não são versados no assunto; 2) Outro parâmetro considerado é o custo de operação por viagem. As aeronaves da família Embraer 170/190, além de proporcionar conforto equivalente ou superior ao de seus concorrentes de maior porte, apresentam custos por viagem inferiores. Isso lhes confere significativa vantagem competitiva em rotas de menor densidade, pois permitem maximizar a oferta de horários e estender serviços a comunidades não atendidas por aviões maiores, operando de forma rentável; 3) Carece de fundamento a afirmação de que o Embraer 190 e o Embraer 195 não podem operar em rotas internacionais. Aeronaves da família Embraer 170/190 efetuam ligações aéreas internacionais na Europa, nas Américas do Norte e Central e no Oriente Médio. Desde 15 de julho passado, o Embraer 190 opera regularmente entre Manaus e a cidade do Panamá; 4) Não procede igualmente a afirmação de que "a VarigLog não poderia usar a barriga (sic) dos aviões Embraer para carga". Aeronaves da família Embraer 170/190 são dotadas de dois grandes compartimentos localizados na fuselagem inferior com capacidade de 3.700 kg cada um, em adição aos compartimentos internos, capazes de acomodar a bagagem de mão de todos os passageiros." MAURÍCIO N. BOTELHO , diretor presidente da Embraer (São José dos Campos, SP) Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos". Palanque em Osasco "Em relação a reportagens de 21/8 e 22/8 que tratam de um possível constrangimento do presidente Lula em comício na cidade de Osasco, gostaria de esclarecer aos leitores o seguinte: 1) É completamente estapafúrdia a versão de que teria ocorrido o alegado constrangimento. Se assim o fosse, bastaria à coordenação da campanha não marcar o comício na cidade de Osasco; 2) A Folha não quis observar que a composição do palanque obedeceu a um critério isonômico de posicionamento para os candidatos majoritários e proporcionais, aplicado para todas as cidades pela coordenação da campanha -como mostrou carta da coligação "A Força do Povo", aqui publicada em 22/8; 3) Provando que tudo não passa de ilação da Folha, ao chegar ao evento, o presidente Lula perguntou-me sobre João Paulo e, ao avistar o deputado, convidou-o para a frente do palanque. Este declinou do pedido por entender que não deveria haver diferenciação entre os candidatos proporcionais presentes ao comício; 4) A Folha mente ao informar que teria ocorrido uma reunião do Diretório do PT Osasco onde se decidiu evitar a presença do deputado no comício. Tal reunião nunca existiu. E, se tivesse acontecido, a decisão seria outra, em sintonia com a manifestação espontânea de milhares dos presentes que gritaram o nome de João Paulo." ROSEMARI LIMA, presidente do PT de Osasco (Osasco, SP) Resposta da jornalista Malu Delgado - A informação de que houve a reunião do PT em Osasco partiu de integrantes da legenda que pediram para não ser identificados. Direita e impeachment "A direita brasileira nunca soube ser oposição. Desprezando um impeachment contra Lula no mensalão, perdeu a chance que tinha, juridicamente perfeita, para remover do Planalto esse governo. Preferiu esperar pelos votos de outubro para não se desgastar. O impeachment é também uma forma autêntica para corrigir os caminhos tortuosos pelo qual uma nação envereda. Mas, agora, "Inês é morta". A oportunidade passou como um cavalo encilhado. A chance de conceder a Lula uma aposentadoria compulsória já em 2006 esvaiu-se. " ANTONIO CARLOS RODRIGUES DOS SANTOS (São José dos Campos, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Augusto de Franco: A fórmula antidemocrática de Lula Próximo Texto: Erramos Índice

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