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Abominável
"O presidente Lula disse que é
abominável a notícia da possibilidade de compra de ações da Petrobras
com dinheiro do FGTS. Porém mais
abominável ainda é a remuneração
que é dada aos depositantes do
FGTS, ou seja, ORTN que tem um
deflator e míseros 3% ao ano.
Para informação do presidente,
quem comprou Petrobras ganhou,
quem ficou no FGTS perdeu."
MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)
Abusos
"Impecável o artigo de Antonio
Claudio Mariz de Oliveira sobre os
abusos cometidos pelos órgãos persecutórios em nome do combate à
corrupção ("A sociedade precisa ser
alertada", "Tendências/Debates",
ontem).
Realmente, a grita popular parece não ter percebido que é, em última análise, a própria vítima do espezinhamento dos direitos e garantias individuais. Como singularmente pontuado pelo autor, a segurança pública e os direitos individuais não são inconciliáveis.
O combate à criminalidade reclama políticas sérias e afinadas com a
Constituição Federal, o que, definitivamente, não significa suprimir
princípios básicos do Estado de Direito."
ADRIANO SALLES VANNI, advogado, membro do
Instituto de Defesa do Direito de Defesa e conselheiro do Movimento de Defesa da Advocacia
(São Paulo, SP)
Ciclovia?
"Há alguns dias saiu a notícia da
inauguração da ciclovia na Radial
Leste. Como sempre passo de bicicleta por lá, decidi verificar como
estava. Usei apenas o trecho entre a
Aricanduva e o metrô Tatuapé.
Mal comecei a pedalar pela ciclovia e já precisei voltar à Radial, já
que debaixo do viaduto Aricanduva
ela está inacabada. Voltei à ciclovia
e, menos de 500 metros depois, tive
que empurrar a bicicleta, pois quem
se serve do ponto de ônibus em
frente ao metrô Carrão precisa usar
a ciclovia como calçada. Menos de
400 metros à frente precisei novamente voltar à Radial, pois a ciclovia acaba subitamente.
Em vez de ter uma vantagem,
acabei me atrasando -e usei apenas um pequeno trecho da ciclovia.
Nem quero imaginar como está o
restante.
Por que gastar R$ 9 milhões em
algo que, na prática, não traz benefício real ao ciclista?"
PAULO SÉRGIO DE ALMEIDA MARQUES
(São Paulo, SP)
Saúde
"Nos últimos nove anos, o Ministério da Saúde contratou 38.390
novos agentes de controle de malária. A grande maioria deles (90%)
foi contratada após 2002, no governo Lula. O custo estimado mínimo
por ano destas contratações é de
cerca de R$ 227 milhões só em salários. Adicionem-se a isso a manutenção e o custeio. Portanto, nesse
período, já foram gastos mais de R$
2 bilhões só em salários e possivelmente R$ 2,5 bilhões no total.
Resultados? Nesse período, a malária no Brasil teve grandes oscilações ano a ano, mas não apresentou
nenhuma tendência real de queda.
O número oficial de casos em
1999 foi de 635.646. Em 2005, foi de
607.827, ou seja, menos de 5% de
variação.
Dados recentes da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz,
concluíram que 78,2% dos portadores de malária nunca assistiram a
atividades educativas sobre prevenção da doença em suas comunidades. Conclusão: o Programa Nacional de Prevenção à Malária é mais
um projeto extremamente caro e
completamente inócuo do Ministério da Saúde."
MAURICIO MARTINS RODRIGUES, professor associado e livre-docente da Unifesp-Escola Paulista
de Medicina (São Paulo, SP)
Fumo
"Depois de verificar cada um dos
documentos encaminhados a nós
pelo repórter Mario Cesar Carvalho, reafirmo que ele se enganou ao
apontar a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) como entidade usada pela indústria
de tabaco na defesa dos interesses
desta.
O que fica claro, pela própria fonte indicada pelo repórter, é que todos os documentos citam uma instituição chamada Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia,
Hospedagem e Turismo), e não a
Abrasel. Uma não tem vínculo com
a outra. Mas, na reportagem "Governo Lula se dobra a lobby da indústria" (Cotidiano, 29/8), as acusações, injustas, foram todas dirigidas à Abrasel.
DINO SÁVIO, assessoria de imprensa da Abrasel
Nacional (Belo Horizonte, MG)
Nota da Redação - Leia a
seção "Erramos".
Ditadura
"Lamentável a decisão do TJ-SP
de extinguir o processo contra o coronel Brilhante Ustra, acusado de
tortura durante a ditadura militar.
A injusta decisão traz o sentimento de impunidade e representa
um grande desserviço à proteção
dos direitos humanos no país."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
Sabatina
"Na edição de 19/9, a Folha publicou a cobertura da sabatina com
o candidato Gilberto Kassab. Em
dado momento, ele teria mencionado meu nome como "um de seus
colaboradores" quando foi secretário do Planejamento na gestão Pitta. Tal afirmação constitui uma
meia verdade e uma meia mentira
-e pode induzir o leitor a erro.
Em 1997, fui contratado pela
Sempla, com os engenheiros Adriano Branco e Paulo Germanos, para
elaborar um documento que pudesse fazer avançar o processo de
elaboração de um verdadeiro Plano
Diretor.
Concluímos a tarefa em poucos
meses. O documento entregue se
caracterizava pela fixação de temas
e prazos para que essa secretaria
produzisse estudos necessários para a configuração de um plano completo. Nada resultou do documento
entregue. Para realizar a tarefa tive,
se bem me recordo, duas ou três
reuniões, sempre amáveis, com o
então secretário."
JORGE WILHEIM, coordenador do programa do PT
(São Paulo, SP)
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