São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Abominável
"O presidente Lula disse que é abominável a notícia da possibilidade de compra de ações da Petrobras com dinheiro do FGTS. Porém mais abominável ainda é a remuneração que é dada aos depositantes do FGTS, ou seja, ORTN que tem um deflator e míseros 3% ao ano.
Para informação do presidente, quem comprou Petrobras ganhou, quem ficou no FGTS perdeu."
MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)

Abusos
"Impecável o artigo de Antonio Claudio Mariz de Oliveira sobre os abusos cometidos pelos órgãos persecutórios em nome do combate à corrupção ("A sociedade precisa ser alertada", "Tendências/Debates", ontem).
Realmente, a grita popular parece não ter percebido que é, em última análise, a própria vítima do espezinhamento dos direitos e garantias individuais. Como singularmente pontuado pelo autor, a segurança pública e os direitos individuais não são inconciliáveis.
O combate à criminalidade reclama políticas sérias e afinadas com a Constituição Federal, o que, definitivamente, não significa suprimir princípios básicos do Estado de Direito."
ADRIANO SALLES VANNI, advogado, membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa e conselheiro do Movimento de Defesa da Advocacia (São Paulo, SP)

Ciclovia?
"Há alguns dias saiu a notícia da inauguração da ciclovia na Radial Leste. Como sempre passo de bicicleta por lá, decidi verificar como estava. Usei apenas o trecho entre a Aricanduva e o metrô Tatuapé.
Mal comecei a pedalar pela ciclovia e já precisei voltar à Radial, já que debaixo do viaduto Aricanduva ela está inacabada. Voltei à ciclovia e, menos de 500 metros depois, tive que empurrar a bicicleta, pois quem se serve do ponto de ônibus em frente ao metrô Carrão precisa usar a ciclovia como calçada. Menos de 400 metros à frente precisei novamente voltar à Radial, pois a ciclovia acaba subitamente.
Em vez de ter uma vantagem, acabei me atrasando -e usei apenas um pequeno trecho da ciclovia. Nem quero imaginar como está o restante.
Por que gastar R$ 9 milhões em algo que, na prática, não traz benefício real ao ciclista?"
PAULO SÉRGIO DE ALMEIDA MARQUES (São Paulo, SP)

Saúde
"Nos últimos nove anos, o Ministério da Saúde contratou 38.390 novos agentes de controle de malária. A grande maioria deles (90%) foi contratada após 2002, no governo Lula. O custo estimado mínimo por ano destas contratações é de cerca de R$ 227 milhões só em salários. Adicionem-se a isso a manutenção e o custeio. Portanto, nesse período, já foram gastos mais de R$ 2 bilhões só em salários e possivelmente R$ 2,5 bilhões no total.
Resultados? Nesse período, a malária no Brasil teve grandes oscilações ano a ano, mas não apresentou nenhuma tendência real de queda. O número oficial de casos em 1999 foi de 635.646. Em 2005, foi de 607.827, ou seja, menos de 5% de variação.
Dados recentes da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, concluíram que 78,2% dos portadores de malária nunca assistiram a atividades educativas sobre prevenção da doença em suas comunidades. Conclusão: o Programa Nacional de Prevenção à Malária é mais um projeto extremamente caro e completamente inócuo do Ministério da Saúde."
MAURICIO MARTINS RODRIGUES, professor associado e livre-docente da Unifesp-Escola Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

Fumo
"Depois de verificar cada um dos documentos encaminhados a nós pelo repórter Mario Cesar Carvalho, reafirmo que ele se enganou ao apontar a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) como entidade usada pela indústria de tabaco na defesa dos interesses desta.
O que fica claro, pela própria fonte indicada pelo repórter, é que todos os documentos citam uma instituição chamada Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), e não a Abrasel. Uma não tem vínculo com a outra. Mas, na reportagem "Governo Lula se dobra a lobby da indústria" (Cotidiano, 29/8), as acusações, injustas, foram todas dirigidas à Abrasel.
DINO SÁVIO, assessoria de imprensa da Abrasel Nacional (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Ditadura
"Lamentável a decisão do TJ-SP de extinguir o processo contra o coronel Brilhante Ustra, acusado de tortura durante a ditadura militar.
A injusta decisão traz o sentimento de impunidade e representa um grande desserviço à proteção dos direitos humanos no país."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Sabatina
"Na edição de 19/9, a Folha publicou a cobertura da sabatina com o candidato Gilberto Kassab. Em dado momento, ele teria mencionado meu nome como "um de seus colaboradores" quando foi secretário do Planejamento na gestão Pitta. Tal afirmação constitui uma meia verdade e uma meia mentira -e pode induzir o leitor a erro.
Em 1997, fui contratado pela Sempla, com os engenheiros Adriano Branco e Paulo Germanos, para elaborar um documento que pudesse fazer avançar o processo de elaboração de um verdadeiro Plano Diretor.
Concluímos a tarefa em poucos meses. O documento entregue se caracterizava pela fixação de temas e prazos para que essa secretaria produzisse estudos necessários para a configuração de um plano completo. Nada resultou do documento entregue. Para realizar a tarefa tive, se bem me recordo, duas ou três reuniões, sempre amáveis, com o então secretário."
JORGE WILHEIM, coordenador do programa do PT (São Paulo, SP)

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