São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Lula e a igreja
"Parodiando o rei Juan Carlos, perguntaria ao presidente Lula: por que blasfemas (com a figura de Jesus Cristo)? O senhor presidente precisa saber que Jesus morreu por um projeto de justiça e de paz. Ele não se aliou aos poderosos do seu tempo, nunca se corrompeu. Pelo contrário, ele denunciou toda e qualquer injustiça e toda a aviltação dos direitos. Manteve sua posição e foi fiel à sua proposta de verdade, de ética e de honestidade. E enfrentou tudo e todos até o fim."
SILVIA CIPULLO (Santos, SP)

 

"Como cristão ecumênico de origem católica que sou hoje e sem entrar no mérito do acerto ou não da necessidade de alianças políticas para governar, como disse o presidente Lula, quero discordar da opinião de dom Dimas Barbosa, da CNBB, que afirmou que "Cristo não fez alianças com fariseus".
Creio que o prelado católico deve ter se esquecido de que Jesus, no plano do relacionamento espiritual, não discriminou ninguém, já que seu amor por todos os homens, como cremos nós, os verdadeiros cristãos, é absoluto e infinito. E é justamente isso que diferencia a fé cristã de tantas outras."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Mais do que a Igreja Católica, os coligados do governo é que deveriam ficar ofendidos com a analogia de Lula. Mas, mesmo chamando-os publicamente de traidores, pois é o que representa Judas, o que importa aos aliados é o que Lula lhes proporciona concretamente, e não o que ele diz."
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

 

"Cristo não só "não fez aliança com fariseus", como disse dom Dimas Barbosa, como atualmente estaria lutando pelas reformas e dando o exemplo de responsabilidade, de ética e de elevada moral em benefício da nação como um todo e da formação das futuras gerações.
Já Judas, por 30 moedas, faria acordo com todos, inclusive os líderes dos "300 picaretas", pensando só em se perpetuar no poder e garantir as boquinhas dos companheiros.
A diferença é enorme. Qual é a carapuça que cabe?"
SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

 

"Como bem disse a CNBB, "Cristo não se aliou a fariseus". Então que a CNBB trate de coibir os abusos praticados pelos seus padres pelo país afora. Em muitas cidades, Cristo, infelizmente, se alia aos fariseus."
VALDEIR CELESTINO DE OLIVEIRA (Cotia, SP)

 

"Lula nos ofende tremendamente quando usa o nome de Deus em vão, comparando-se com Jesus.
O nosso Deus e Senhor jamais se aliou a bandidos, corruptos, fariseus, doutores da lei e ladrões. Ele soube, sim, amar o pecador, mas condenar todo pecado."
FELIPE AQUINO (Lorena, SP)

Violência
"Como se não bastasse a atitude e contrária às leis e desumana dos policiais que não socorreram o diretor do AfroReggae -e ainda ficaram com seus pertences e liberaram os marginais-, vem a Polícia Militar dar lições de puro corporativismo.
Os jornais do Rio estamparam a foto do cabo envolvido na desastrosa operação, porém, como um "ninja", o capitão que fazia dupla com o cabo "se mostra" invisível.
Não acredito numa incompetência de fotógrafos e jornalistas, que dão provas todos os dias de conseguir imagens muito mais difíceis do que a de um policial.
É preciso que a instituição, manchada por inteiro na sua imagem (não só por esse episódio), dê tratamento igual aos envolvidos na atitude criminosa (omissão de socorro continua sendo crime no Código Penal, sem falar da apropriação dos pertences da vítima).
Como vivemos no país da impunidade, não me surpreenderei se nada acontecer com os homens da lei e, daqui a algum tempo, eles voltarem a patrulhar as nossas ruas."
FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

Censura
"O excelente artigo "A censura está de volta" ("Tendências/Debates", ontem), do jornalista Roberto Muylaert, é uma advertência que ninguém pode ignorar. As sombras da ditadura parecem, de fato, ressurgir das cinzas.
E Muylaert tem uma história que o credencia como defensor da liberdade e da democracia."
RODOLFO KONDER , diretor da representação da ABI -Associação Brasileira de Imprensa (São Paulo, SP)

Desmatamento
"É claro que está carregada de segundas intenções a proposta da senadora Kátia Abreu de desmatamento zero na floresta amazônica e na mata atlântica ("Desmatamento zero, sem arreglo", "Tendências/Debates", 19/ 10).
Na verdade, a representante dos ruralistas deixa transparecer no seu artigo que, ao defender a preservação das florestas nativas, reivindica em troca nada menos que o restante do território nacional para as atividades agropecuárias.
E, no final da devastação (que certamente ocorrerá se forem atingidos os seus objetivos), ainda pretendem reclamar uma compensação pelas reservas que porventura restarem.
A reforma do Código Florestal em andamento no Congresso está sob a direção dos aliados da senadora, e o risco de um grande retrocesso na legislação ambiental é enorme. Que Deus nos ajude!"
JOSÉ EDUARDO TIBERI (Uberaba, MG)

Professores
"Seria interessante aplicar "provas" aos nossos parlamentares para definir os aumentos salariais desses senhores (e que essas provas não sejam elaboradas pelo Connasel nem pela gráfica do Senado, senão...)."
FERNANDO CANEVAZZI (Marília, SP)

Ideologia cultural
"Havia muito tempo que eu não lia na Ilustrada um artigo tão necessário, inteligente e instigante em suas considerações quanto o de Vladimir Safatle na edição de ontem ("Música no Brasil é prisioneira da canção").
À precisa crítica quanto à estreiteza de nossa ideologia cultural caberia acrescentar a responsabilidade que cabe ao jornalismo cultural, que raramente alarga seu cardápio para além do mais óbvio.
Mesmo fora do que poderia, talvez, ser enquadrado na música "erudita", a pouca divulgação (ou, pior, a sua circunscrição a um gueto) da produção musical experimental (o espantoso trabalho do grupo São Paulo Underground é um bom exemplo) é lamentável."
ROBERTO ALVES (São Paulo, SP)

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