São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Agenda
"Gostei muito do artigo do Marco Antonio Villa publicado ontem ("Os trabalhos e os dias", "Tendências/Debates", pág. A3, 24/4). É intrigante tomar conhecimento de que o nosso presidente tem sua agenda vazia algum dia da semana, afinal ele administra a maior "empresa" brasileira. Não é possível que o presidente não tenha nenhuma questão a resolver, nenhum projeto a acompanhar, nenhum planejamento a fazer. Nem os gerentes de micro e pequenas empresas hoje no Brasil se dão a esse luxo. Não basta só o relacionamento com as pessoas. As tarefas também devem ser cumpridas. É nesse momento que se percebe a real necessidade de um verdadeiro administrador para o governo do país. O sucesso de um governo pode vir de uma liderança, mas esta se faz não somente com palavras e com discursos bonitos mas também com atitude, ação e trabalho, ou seja, com exemplos no dia-a-dia."
Sabrina do Carmo Peçanha (São Paulo, SP)

 

"O artigo escrito por Marco Antonio Villa e publicado ontem, além de inusitado é empírico em comprovar a falta de maturidade do governo Lula. O seu trabalho de investigação comprova que, passados dois anos, Lula se comporta como uma criança fascinada pelo brinquedinho novo."
Alexandre Augusto (Belo Horizonte, MG)

"Progressistas"
"É lamentável a falta de prudência e o preconceito presentes no parecer dos "progressistas" brasileiros em relação ao pontificado de Bento 16. É preciso ter em conta que a igreja não pode nem deve descristianizar-se para atender às contínuas pressões de um mundo paganizado. Isso sim seria um retrocesso! Defender o aborto tal como era praticado na cultura greco-romana antes de Cristo é negar 20 séculos de conscientização do valor da vida humana. É um recuo abissal rumo à barbárie. O "progressismo" tal qual se preconiza no Brasil é ignorância histórica aliada ao desejo de buscar o politicamente correto, ainda que se traia o cristianismo."
Maria Ascenção Ferreira Apolonia (São Paulo, SP)

 

"Os católicos que se aprofundam na sua fé e vivem conforme os compromissos dessa fé estão, desde o início do conclave e principalmente depois da fumaça branca, muitíssimo felizes com a escolha do papa Bento 16. Compreendemos que, para os que não sabem que é o Espírito Santo quem escolhe o sucessor de Pedro, é difícil compartilhar dos nossos pensamentos e das nossas emoções. Sabemos e queremos que os ensinamentos de qualquer novo papa não sejam de doutrinas pessoais ou "modernas", mas, sim, que assegurem e conservem o tesouro de verdades que recebemos do próprio Cristo. Realmente apoiamos totalmente aquele que é agora Pedro."
Ana Cecília de Campos Sampaio (Niterói, RJ)

Esperança
"Enorme satisfação senti ao abrir a Folha do dia 22 e encontrar, com o destaque merecido, a entrevista com o professor Roberto Mangabeira Unger, a grande novidade no cenário político de 2006 ("Democracia senil trava país, diz Mangabeira", Brasil). Como uma brisa de esperança, a alternativa proposta pelo professor Mangabeira deve ser examinada com atenção por todos aqueles que não se satisfazem mais em trocar seis por meia dúzia, não agüentam mais a ditadura do mercado financeiro e não acreditam mais em fórmulas mágicas. A proposta de Mangabeira, de uma revolução de medidas modestas focada no trabalho, na educação e na separação da política dos negócios, tem toda a chance de levantar o Brasil. Parabéns à Folha, mais uma vez antecipando tendências."
Ana Maria Willoweit (São Paulo, SP)

Hospital
"Há um erro na reportagem "Prefeito afirma que emprego é com a União" (Cotidiano, pág. C4, 23/4). Ao referir-se à retomada das obras do hospital de Cidade Tiradentes, que ocorrerá hoje, o texto atribui ao prefeito José Serra a informação de que o hospital ficaria pronto "no início" do ano que vem. Em verdade, o prefeito se referiu a "meados" do ano que vem."
Leão Serva, coordenador de imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Biblioteca
"Como bibliotecária "apaixonada pela profissão", fiquei por um lado muito feliz com a crônica "A bibliotecária dos sonhos", de Fernando Gabeira, publicada em 23/4 -é raridade um texto sobre essa profissão. Mas, por outro lado, fiquei triste, pois vivemos num país onde pouco se valoriza a cultura, onde bibliotecas atualizadas e com estrutura adequada são raridades e onde nós, bibliotecários, por muitas vezes somos considerados meros guardadores de livros. A existência de bibliotecas no Brasil, principalmente as públicas, em grande parte se deve ao trabalho desses profissionais, que, na maioria das vezes, recebem salários miseráveis, trabalham em condições precárias e à mercê de diretrizes e interesses políticos. Com certeza existem inúmeras "Tizianas" por este Brasil afora que, apaixonadas pela sua profissão, são "a bibliotecária dos sonhos" e consideram seu trabalho uma missão: possibilitar o acesso à informação e à cultura, contribuindo para a construção do conhecimento de cada cidadão."
Rosa Maria Andrade Grillo Beretta (São Paulo, SP)

Planos de saúde
"Não adianta salvar os planos de saúde, pois todos vão falir. Sobrarão apenas alguns multinacionais e uns poucos pertencentes a bancos. Estes devem estar arrependidos por ter entrado na área, já que apresentam prejuízos mensais. Aliás estão falindo todos os governos do mundo pelo aumento dos gastos com a saúde, sempre acima do índice do crescimento do PIB e da inflação. Os planos de saúde sobrevivem ainda aviltando os honorários dos médicos, dos fisioterapeutas e de alguns exames laboratoriais e imagenológicos simples. Os planos com mais recursos tentam contratar profissionais próprios, reduzir os médicos credenciados e abrir centros de diagnósticos e hospitais próprios. O núcleo desses problemas é o modelo de atendimento médico adotado desde 1911 pelos EUA -com extinção das terapias naturais. Tal modelo foi empurrado para o resto do mundo com o patrocínio das indústrias farmacêuticas. E o Brasil aceitou-o, com todas as corrupções e propinas decorrentes. É um modelo caríssimo, baseado em hospitais, em exames e em produtos farmacêuticos, que está levando à falência todos os governos do mundo. Para empurrar mais rapidamente os planos de saúde para o buraco, entram as sentenças judiciais, em geral a favor do consumidor. Para afundar os orçamentos do governo, entram os projetos de lei obrigando-o a pagar remédios caros e custear tratamentos. A única solução viável é mudar radicalmente o paradigma do atendimento terapêutico e usar intensamente as terapias naturais, muito mais econômicas, mais simples e mais efetivas."
Wu Tou Kwang, cirurgião vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)


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