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Ciro
"Não adianta o deputado chorar o
leite derramado. O senhor das frases de efeito cometeu lance errado
no tabuleiro das alianças políticas,
mostrando que ainda é amador. A
transferência do título de eleitor
para São Paulo é a típica atitude do
aprendiz de jogador de pôquer, que
blefou na hora errada, ao não perceber que participava de um jogo em
que as cartas eram marcadas."
ROBERTO DE MORAES (São Roque, SP)
"Enquanto foi interessante, Ciro
Gomes (PSB) prestou-se ao papel
de "candidato virtual" ao Palácio do
Planalto. Será descartado por Lula,
que certamente não vai aparecer e
por isso deixou ao partido a tarefa
de se livrarem do corpo. Se aos 52
anos o deputado ainda não aprendeu que não há almoço grátis, só
nos resta dar-lhe os pêsames."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)
Poluição
"É preocupante a poluição por
ozônio que vem aumentando na capital (Cotidiano, 24/4). A reportagem "Em três meses, ar só ficou
bom em 17 dias" é mais do que um
alerta e exige das autoridades medidas urgentes contra o aumento
da frota de veículos e motos, principamente daqueles movidos a diesel. A reportagem citou o aumento
desse tipo de gás tóxico "em algumas regiões da Grande São Paulo",
mas sem dizer exatamente onde ele
ocorreu. Por ser considerada a locomotiva do Brasil é nossa obrigação buscar soluções para os problemas de São Paulo."
SERGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)
Drogas
"Em seu artigo "Dependência de
heroína" (Ilustrada, 24/4), o dr.
Drauzio Varella abordou o drama
de quem tenta recuperar dependentes químicos no mundo. A partir das experiências conhecidas no
enfrentamento da dependência de
heroína, ele mostrou o quanto são
desanimadores os resultados de
tais iniciativas, apesar de consumirem muita verba pública.
Com propriedade, Varella assinalou que, aqui no Brasil, a dependência de droga ilícita ainda é assunto
de polícia. O que tem que ser dito
também é que, apesar de praticamente não existir heroína em nosso meio, convivemos com uma verdadeira epidemia de consumo de
crack, droga que escraviza e destrói
o usuário tanto quanto aquela.
E o pior é que não temos a mínima estrutura sanitária para enfrentar o problema, que tem se tornado
muito preocupante."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
"Esses "especialistas" que querem
liberar as drogas nada entendem do
que acontece nas ruas. O viciado
-doente por opção- deve voltar a
ser preso como antes. Ele deve ser
tirado da sociedade."
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)
Coreia do Norte
"Muito boa a matéria sobre a Coreia do Norte (Mundo, 23/4), mostrando um dos países mais fechados do mundo, uma ferrenha ditadura comunista, que parou no tempo. É triste ver todo um povo subjugado e massacrado pelas forças de
repressão do regime, sem falar na
lavagem cerebral e no culto á personalidade ao tirano, a que são submetidos. Mais de 2 milhões de norte-coreanos já morreram de desnutrição e boa parte das crianças são
desnutridas no país. Não há liberdade nem democracia. A comunidade internacional deveria intervir
e fazer algo para impedir que tais
atrocidades continuem ocorrendo
na Coreia do Norte."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
Literatura
"É difícil entender a preferência
dos leitores brasileiros, mas Lobo
Antunes, invariavelmente melhor
escritor do que Saramago, é quase
um desconhecido por nós."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
Judiciário
"Quero parabenizar o dr. Marcus
Orione Gonçalves Correia pela análise precisa, direta e sem rodeios sobre o Judiciário em seu artigo "Justiça não deve seguir lógica fordista"
("Tendências/Debates", 24/4). Trata-se de uma visão comprometida
com a prestação judicial a seres humanos, cidadãos que esperam do
Estado-juiz uma resposta justa."
LEILA PAIVA MORRISON, mestre em direito tributário (São Paulo, SP)
"Consigno meus cumprimentos
ao professor Marcus Orione Gonçalves Correia (Opinião, 24/4),
que, com clareza, descreveu os caminhos tortuosos que estamos trilhando em prol desse "acesso à Justiça'! É preocupante, porém real! A
aplicação singela de mecanismos
que, no setor privado, podem gerar
resultados positivos, quando levados para o setor público, podem resultar em verdadeiras tragédias.
O pior é que nada tem sido feito
em prol de uma melhor adequação.
A preocupação, agora, parece ser
uma única: "baixar os feitos".
Temos que rever, com urgência,
os mecanismos, até porque o crescimento dos litígios que chegam
aos nossos tribunais é irreversível,
já lecionou, um dia, o professor
Boaventura de Souza Santos."
LÍGIA ARAÚJO BISOGNI, desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP)
"Sobre as análises do desempenho do ministro Gilmar Mendes na
presidência do STF e do CNJ ("Tendências/Debates", 24/4), eu, como
magistrado, reconheço mais um
grande mérito do presidente Gilmar: o seu empenho e particular
entusiasmo para realização do Planejamento Estratégico e de Metas
do Poder Judiciário (Resolução nº
70 do CNJ), que, aliado a vários
eventos e cursos promovidos pelo
CNJ, teve o poder de contagiar e
nos chamar a participar desse plano
de ações. Realmente precisamos
agir, e logo, agora de forma sistemática e coordenada, para garantir
maior eficiência e eficácia, necessárias ao Poder Judiciário, e superar
nosso maior obstáculo hoje: a duração exagerada do processo. Nessa
verdadeira guerra o novo comandante, o presidente Cezar Peluso,
chega com vantagem. Contará com
um exército já treinado, ou pelo
menos já iniciado."
MANOEL LOPES VELOSO SOBRINHO (São Luís, MA)
Internet
"Leio e ouço nos principais meios
de comunicação que a nova onda
dos candidatos as eleições de 2010 é
tuitar. Os internautas de plantão
devem ficar, como se diz na gíria do
mundo virtual, "espertos, ligados,
antenados". Pois muitos destes que
agora estão a tuitar, depois de eleitos vão "roubar, desviar, enrolar", ou
seja, "corruptar". Então vamos identificá-los, colocar na rede e depois
"deletar" nas urnas."
WALTER LEMOS FILHO (Florianópolis, SC)
São Paulo
"Na década de 70, eu, ainda menina, adorava ir até a praça Roosevelt.
Era muito bom aproveitar as delícias do supermercado e dos restaurantes daquela época. E muitos
acontecimentos culturais serviam
para deixar o local ainda mais
atraente. Havia iluminação, tranquilidade, era limpo, pertinho da
tão famosa rua da Consolação.
Em pleno ano de 2010, o cenário é
bem outro. O que se vê hoje é uma
praça Roosevelt numa situação lamentável. No lugar de um jardim,
do colorido das flores e do verde das
plantas, que cada dia é mais necessário para o planeta, vemos sujeira,
abandono e depredação.
Como cidadãos não podemos nos
calar diante de um descaso deste
por falta da competência dos incompetentes que deveriam cuidar
disso. Nos impostos que pagamos já
estão embutidas as despesas para
este tipo de serviço. É preciso dar
vida a este lugar tão esquecido.
São Paulo vai agradecer."
JANE BARUQUE (São Paulo, SP)
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