São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Aeroportos
Pegar um voo dá cada vez mais trabalho, seja em Cumbica, Galeão ou outro aeroporto dos grandes centros. Eu me lembro que antigamente as pessoas passeavam nos aeroportos como se fossem uma alternativa de lazer.
Agora é a mais pura guerra.
Até para ir de um lugar a outro há inúmeras dificuldades. E, apesar de algumas inovações tecnológicas que visam eliminar os transtornos dos passageiros, como as máquinas de autoatendimento e os aplicativos para fazer check in por celulares, ainda é difícil pegar voos no Brasil.
Todos têm sua parcela de culpa: governo, Infraero, empresas de aviação e até alguns passageiros. E, quando o assunto vem à tona, sempre aparece a mesma pergunta: "E a Copa?" Como neste país o cidadão só é lembrado às vésperas das eleições ou de eventos rentáveis, teremos de esperar até 2014 para podermos ter um pouco de lazer ao viajar.
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

Sacolas plásticas
Em resposta ao sr. Antonio Rosa ("Painel do Leitor", 24/4), que pergunta como faremos o descarte do lixo doméstico, eu digo: pergunte para seus pais e avós como eles faziam antes de existirem as sacolinhas de supermercados! É o mesmo que ele fará!
FLÁVIO CARDOSO (Guariba, SP)

 

A extinção das sacolinhas de supermercados no Estado de São Paulo é uma miopia dos que não percebem que elas são reutilizadas gratuitamente como sacos para lixo, razão pela qual são mais vistas poluindo do que os sacos de lixo comprados.
Quando não houver a opção da gratuidade, quem entupirá os bueiros serão os sacos comprados. E aí onde enfiarão a cara os que colocam as sacolinhas no banco dos réus, mas não enxergam a incompetência dos governantes em realizar sua tarefa de desentupir bueiros e não deixar que o lixo fique horas e horas esperando pela coleta? Governantes e supermercados fizeram um acordo que diminuiu as despesas destes e, por algum tempo, livrará a cara daqueles. Sobrou para o povo pagar pela idiotice.
DORIVAL ROSSETO (Assis, SP)

 

Acho um contrassenso da Folha permitir que seus distribuidores utilizem sacos plásticos para a entrega do jornal em apartamentos, que não estão sujeitos a intempéries. Todos os dias coleto na portaria do meu prédio o jornal em um saco plástico amarelo. Ontem, como foi domingo, foram dois sacos. Para quê? Eu me esforço para usá-los como lixo, mas são estreitos. A maioria das pessoas coloca esses sacos diretamente no lixo, sem reutilizá-los.
MALU RAMOS (São Paulo, SP)

Pensões
Na reportagem "Governo discute regra para cortar pensões por morte" (Poder, 24/4), a Previdência diz que no Brasil esse benefício consome 3% do PIB, mais do que o triplo da média mundial.
Mas esse benefício vem de alguém que trabalhou para gerar um direito para seus dependentes. Gostaria de saber por que o Ministério da Previdência não citou o auxílio-reclusão, que paga ao preso um salário de R$ 862,11.
TARCISO DE MORAES (Rio de Janeiro, RJ)

Partidos
A mudança de partido não é uma prática incomum na política brasileira. Ciro Gomes já foi do PDS, PMDB, PSDB, PPS e agora está no PSB. Ronaldo Caiado, o maior crítico do novo PSD, já passou pelo PFL, PDC, PSD e voltou ao PFL (hoje DEM). Eduardo Paes, o prefeito do Rio, veio do PV, passou pelo PFL, andou pelo PTB, retornou ao PFL, foi para o PSDB e por enquanto está no PMDB. Os exemplos são inúmeros! Criticar o PSD por abrigar políticos que já mudaram de partido só mostra que o novo partido preocupa muito alguns setores, que tentam, a todo custo, desmoralizá-lo já no berço.
MARIA CRISTINA DA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

China
Eu me recuso a considerar relevantes as análises econômicas sobre a China que negligenciam as sérias afrontas desse país às condições laborais de sua população. O artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira (Mundo, 24/4) não poupa elogios à capacidade de crescimento econômico da China, porém oblitera o fato de que ela é alcançada mediante a sujeição de seus operários a situações desumanas. Sugiro que o colunista dedique mais tempo a textos como o de Fabiano Maisonnave (Mercado, 24/4), que denuncia o extenuante dia a dia dos funcionários de uma das maiores empresas do país.
A racionalidade econômica não pode ficar insensível à usurpação da dignidade humana.
Tampouco deve apreciar a China como caso paradigmático para o mundo em desenvolvimento.
PEDRO IVO FERRAZ DA SILVA (São Paulo, SP)

Burca
A crítica ao sensato artigo de Luiza Nagib Eluf ("Tendências/ Debates", 23/4) por uma leitora inconformada com a proibição da burca e do niqab das muçulmanas na França revela que para nós é muito cômodo dar palpites sobre o que determinam outros países, já que não temos ainda ataques terroristas ou fluxo de imigrantes que atinge a Europa.
Gostaria de saber se estes leitores defendem, entre nós, a entrada de motoboys, veículos ou pessoas não identificadas nos condomínios residenciais em que moram. A questão da segurança não conhece fronteiras, e o Brasil não está imune às intolerâncias.
VIRGÍNIA GONÇALVES (Londrina, PR)

 

Uma freira quer viver em clausura, uma monja budista quer raspar os cabelos e andar por São Paulo com vestes monásticas, uma muçulmana entende que a burca a eleva espiritualmente. Escolhas eminentemente pessoais. Causa espécie a procuradora Luiza Nagib Eluf ("Tendências/Debates", 23/4) assumir posição, típica dos tempos da Inquisição, ao afirmar categoricamente que "ninguém pode gostar da burca".Seria a procuradora senhora da verdade? Teria o poder definir do que as pessoas podem ou não podem gostar?
ANTONIO ROBERTO BARROS (São Paulo, SP)

 

Concordo com o ponto de vista da procuradora Luiza Nagib Eluf.
Aliás, não consta que em países dominados por muçulmanos radicais nós, ocidentais, podemos andar à vontade de shorts e tops.
YARA NASCIMENTO (Lins, SP)

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