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MELCHIADES FILHO
Fazendo gênero
BRASÍLIA - Uma das manchetes
destas eleições municipais será a
forte presença feminina. Das dez
maiores cidades do país, só em Recife não há mulheres em posição de
destaque nas pesquisas ou nas discussões de coligação partidária.
Em São Paulo, Soninha (PPS) é
uma pedra no sapato de Marta Suplicy. Com eleitores em comum, deve roubar um ou dois pontinhos
que poderão fazer falta à petista.
No Rio, Jandira Feghali (PC do B)
e Solange Amaral (DEM) espreitam
a chance de enfrentar Marcelo Crivella (PRB) no segundo turno.
Para desgosto do PT, o dito "bloquinho" escalou duas pré-candidatas em Salvador: Lídice da Matta
(PSB) e Olívia Santana (PC do B).
A petista Luizianne Lins, zebra
em 2004, não quer correr riscos e
costura uma série de alianças para
garantir mais quatro anos em Fortaleza. Mas falhou na tentativa de
convencer Patricia Saboya, que deve se lançar pelo PSB.
Jô Moraes (PC do B) pode acabar
como a "anticandidata" ao pacotão
suprapartidário que Aécio Neves
preparou para Belo Horizonte.
Em Curitiba, Gleisi Hoffmann
(PT) separa o tucano Beto Richa da
reeleição já no primeiro turno.
Vanessa Grazziotin (PC do B)
tenta pela segunda vez em Manaus;
Rebecca Garcia (PP), pela primeira.
Um trio de esquerda desponta
em Porto Alegre. Manuela D'Ávila
(PC do B), Maria do Rosário (PT) e
Luciana Genro (PSOL) desafiam,
cada uma a seu modo, um novo
mandato do peemedebista José
Fogaça.
A ex-vice-governadora Valéria
Pires Franco (DEM) pinta como
um dos nomes viáveis em Belém.
No PT, há várias interessadas, mas
nenhuma delas obteve a bênção da
governadora Ana Júlia Carepa.
O mais interessante dessa notícia
é que... não há notícia. Quase todas
caminham pelas próprias pernas,
independentes de marido, pai ou
outro tipo de padrinho. A questão
de gênero parece superada na política nacional, em número e grau.
mfilho@folhasp.com.br
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