São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Podres poderes
"O excelente colunista da Folha Carlos Heitor Cony, utilizando metáforas, define poder no mundo (Opinião, 24/6). No Brasil, os poderes não são medidos pelo número de lâminas, mas pelo tamanho das mãos: quanto maiores, mais nos roubam."
JAIME BERTOLACCINI COSTA (São Paulo, SP)

Na USP e no país
"Muito bom o artigo do empresário Antônio Ermírio de Moraes (Opinião, 24/6). Nós, que somos de outra geração, ficamos muito entristecidos com muitas coisas que estão ocorrendo ultimamente neste país. Mas, como disse o articulista, ainda existe esperança que uma nova força jovem de ideais corretos sobrevenha sobre aqueles tristes atores que macularam o bom nome da USP. Que os marginais sejam jubilados."
MÁRCIO HAMPSHIRE DE ARAÚJO (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Li nesta Folha o brilhante e vibrante artigo de meu sempre admirável -pelo trabalho, obras e geralmente pelas idéias- senhor Antônio Ermírio de Moraes (Opinião, 24/6). Hoje professor da USP (campus Ribeirão Preto), eu me recordo das lutas como aluno dessa universidade nos anos de chumbo. Respeitávamos uma luta contra a ditadura, acreditávamos num governo e em punições justas. Mas pergunto ao dr. Ermírio, sem tentar justificar a ilegalidade, pelo contrário: será que hoje, no Brasil dos desmandos e das impunidades, quando os "chefes da Casa" dão o "mau/mal exemplo" a cada hora, a ponto de um senador vir a conclamar o povo às ruas, podem -pergunto- ser punidos com expulsão garotos cujos valores são destruídos a cada esquina pelos nossos governantes? De novo o rigor para os mais fracos e somente para eles?"
JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA (Ribeirão Preto, SP)

Caos aéreo
"O que mais me entristece nesse caos dos aeroportos é que, com tantos passageiros já focalizados e entrevistados pela imprensa, nenhum se manifesta contra o verdadeiro causador de tudo isso: o governo do sr. Lula. Continuam reclamando, gritando e ameaçando quem tem menos culpa: os funcionários das companhias de aviação. Não vi até agora ninguém gritando ou improvisando uma faixa com os dizeres "Fora Lula!". Não entendem que esses problemas têm uma origem, perfeitamente explicável, na incompetência, na indiferença, na acomodação e na soberba do presidente que muitos deles elegeram, mas que parecem não saber para que o elegeram. "Deixa o homem trabalhar", bradava o PT. Onde está o tal trabalho?"
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

TV pública
"Como jornalista há 36 anos, conheço bem o processo de produção e edição de reportagens e os problemas que por vezes ocorrem. Por isso mesmo e na condição de presidente da Fundação Padre Anchieta, empossado há uma semana, julgo meu dever esclarecer:
1 - Ao contrário do que afirma o título do texto assinado pelo colunista de televisão Daniel Castro "Para Markun, projeto de TV de Lula é bom" (Brasil, 22/6), não disse que tal projeto é bom, até porque ninguém o conhece. O que afirmei "é que se o que está sendo dito for cumprido, vai ser uma boa". Creio que nenhuma TV pública deve servir aos interesses de qualquer governante. Uma TV pública precisa se dedicar à formação crítica do homem para o exercício da cidadania, ser apartidária, independente, controlada por um conselho que represente a sociedade. Seus recursos devem ser em parte ou totalmente assegurados pelo poder público, sem oscilar ao sabor do humor dos governantes. É por caminhar nessa direção, aliás, que a TV Cultura é considerada um modelo de TV pública no país.
2 - Não afirmei que pretendia ir ao governador apenas e simplesmente para pedir dinheiro. Mas, sim, para levar projetos que beneficiam a sociedade como um todo e que justifiquem a recuperação da série histórica de dotações, bem como para buscar recursos destinados à digitalização.
3 - Lamento que por razões de enfoque ou espaço, o restante da conversa de mais de uma hora com o colunista -sobre programação, gestão e outros aspectos- não tenha sido aproveitado, o que daria certamente mais precisão às minhas declarações."
PAULO MARKUN, presidente da Fundação Padre Anchieta (São Paulo, SP)

Gastos públicos
"Lamentável que o governo federal tenha aumentado os gastos com pessoal, com a criação de inúmeros 'cargos de confiança", em detrimento dos investimentos na infra-estrutura básica do país e na geração de novos empregos. Irresponsabilidade, desperdício de dinheiro público, impostos crescentes, falta de planejamento e ausência de visão de longo prazo continuam dando ibope no Brasil."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Negociação comercial
"Como sempre, as manchetes da Folha são capciosas, induzindo a uma imagem desfavorável do trabalho da diplomacia brasileira nas discussões do G4. Os textos (Dinheiro, 23/6) deixam claro que a posição dos EUA e da UE é a da lei da compensação: "Vocês, países pobres, abrem seu mercado industrial e nós, ricos, em compensação, mantemos nosso mercado agrícola fechado". O Brasil está lutando contra isso, mas as manchetes parecem ter vindo diretamente das mesas de Merkel e Blair."
JOSÉ MARIA DE SOUZA (São Paulo, SP)

Clonagem
"Como sempre muito didático e objetivo, Drauzio Varella (Ilustrada, 23/6) colocou muito bem a questão da clonagem e dos muito possíveis enormes benefícios para a saúde quando se conseguir a manipulação adequada das células-tronco embrionárias. Mas há a resistência dogmática religiosa, quase sempre descompassada da ciência criteriosa e eticamente realizada. Evidências científicas, e não dogmas metafísicos -aqueles que são contra a terapia com células-tronco precisam conhecer pacientes com determinadas moléstias para ver se possuem mesmo compaixão. Aliás, até Nancy Reagan, quando seu então vivo marido Ronald padecia do mal de Alzheimer, conseguiu mudar os mais radicais do Partido Republicano e George W. Bush para uma posição ao menos mais moderada e ainda criou uma ONG para angariar fundos para pesquisa com células-tronco!"
CELIO LEVYMAN (Barueri, SP)

Nelson Rodrigues
"A reportagem sobre Nelson Rodrigues (Ilustrada, 23/6) dá ao gênio maior da dramaturgia brasileira seu valor, ele que não tem tanto apreço como Guimarães Rosa e Machado de Assis, mas é como cronista que ele é imbatível. Hoje, os cronistas já são poucos, mas ainda temos Cony, seu melhor discípulo."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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