São Paulo, Sexta-feira, 25 de Junho de 1999
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PAINEL DO LEITOR

Guilherme Palmeira

"Na edição de 23/6, sob o título "Comissão aprova Palmeira para o Tribunal de Contas da União" (pág. 1-7, Brasil), a Folha informa a seus leitores que renunciei à candidatura a vice-presidente na chapa de Fernando Henrique Cardoso "após a divulgação de denúncia sobre seu suposto envolvimento em esquema para desviar verbas do Orçamento da União" e que também sou apontado como "um dos responsáveis pelo acordo de redução do ICMS que possibilitou a usineiros deixar de pagar US$ 50 milhões por ano aos cofres do Estado", durante a gestão do então governador Fernando Collor.
Em respeito a seus milhares de leitores, rogo esclarecer que nunca houve, por parte de quem quer que seja, suposição ou denúncia de participação minha em esquema para desviar verbas do Orçamento, como de resto é do conhecimento de todo o Senado. O episódio de minha renúncia à condição de candidato na chapa do presidente Fernando Henrique Cardoso foi um ato espontâneo, exatamente para evitar ilações como as apresentadas pela referida reportagem, quando um ex-funcionário de meu gabinete foi acusado de ter recebido um cheque de R$ 300 de um diretor de uma empresa sediada em Brasília à qual vendeu bem móvel de sua propriedade.
Por outro lado, jamais fui apontado, a não ser no noticiário desse jornal, como responsável pelo acordo firmado na administração do então governador Fernando Collor, em razão da impossibilidade material de ter apoiado essa iniciativa, uma vez que, além de ter sido seu concorrente no pleito que o elegeu, estive ostensivamente na oposição a seu governo, durante todo o seu mandato, não apoiando, portanto, nenhum de seus atos."
Guilherme Palmeira (Brasília, DF)
Nota da Redação - O ex-senador foi acusado de favorecer a empreiteira Sérvia com emendas ao Orçamento da União. A empresa fez depósitos na conta de um assessor dele, o que o levou a renunciar à candidatura à Vice-Presidência na chapa de Fernando Henrique Cardoso, em 1994. As denúncias foram feitas por uma ex-secretária e um ex-motorista da empreiteira. Quanto ao acordo com usineiros, leia a seção "Erramos", abaixo.

Correios

"Cumprimento a Folha pelo editorial publicado em 14/5 (pág. 1-2, Opinião) sob o título "Correios do Brasil S/A". A análise e as considerações feitas em relação ao anteprojeto da Lei Geral do Sistema Nacional de Correios, que se espera seja enviado ao Congresso Nacional ainda este mês, retratam com fidelidade a política que o governo federal pretende implementar para promover o desenvolvimento do mercado postal brasileiro.
O editorial deu o devido destaque para o papel que os Correios do Brasil poderão vir a desempenhar na oferta de serviços financeiros básicos, que estamos denominando de "banco postal", para o atendimento, sobretudo, de expressivas camadas da população de baixa renda.
Aproveito a oportunidade para fazer um pequeno reparo quanto ao número de empregados, que é de 82.072, informando ainda que todo o ingresso de pessoal nos quadros da empresa se dá por meio de concurso público."
Egydio Bianchi, presidente da ECT -Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Brasília, DF)

Marta Suplicy e Mário Covas

"Na pág. 1-8 (Brasil) da edição de 23/6, a Folha publica análise de pesquisa eleitoral em que o autor, José Roberto de Toledo, afirma que -na capital- Marta Suplicy foi mais votada que Mário Covas no primeiro turno da última eleição para governador.
Trata-se de um erro de informação inadmissível para um analista político. Na verdade a candidata do PT ficou em terceiro lugar também na cidade de São Paulo. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, o resultado da apuração paulistana foi: Mário Covas teve 1.314.836 votos, e Marta Suplicy, 1.169.160.
É importante o reparo para não se cultivar uma incorreção que, de tanto ser repetida, pode assumir feições de verdade."
Sebastião Soares de Farias, secretário geral do PSDB no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

PF

"A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FNDPF), a Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF), órgãos representativos das categorias de delegados de Polícia Federal e peritos criminais federais, repudiam as declarações atribuídas ao sr. Jorge Venerando de Lima, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), publicadas na edição de 23/6, pág. 1-4 (Brasil), de cunho depreciativo à pessoa do dr. Agílio Monteiro Filho, nomeado para o cargo de diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, profissional de conduta ilibada, respeitado e admirado por seus pares.
Esclarecem, por oportuno, que o presidente da Fenapef não está credenciado nem tem legitimidade para falar em nome de todas as categorias componentes da carreira policial federal."
Washington do Nascimento Melo, presidente da FNDPF, Bolivar Steinmetz, presidente da ADPF, e Zaíra Hellowell, presidente da APCF (Brasília, DF)

Banheiroteca

"Em relação à reportagem "Escola monta biblioteca dentro do banheiro", de 19/6, gostaríamos de esclarecer que esse é um fato isolado no sistema municipal de ensino de Goiânia. A diretora da escola colocou os livros no banheiro apenas para fazer sensacionalismo, já que a ampliação da escola estava contratada e prestes a se iniciar."
Jonathas Silva, secretário municipal de Educação (Goiânia, GO)

Futebol regional

"São incompreensíveis os critérios jornalísticos do caderno Esporte. Como explicar que a fase decisiva do Campeonato Mineiro seja absolutamente ignorada? Oitenta mil pessoas assistiram ao jogo entre Atlético (aquele que já foi campeão brasileiro) e o Cruzeiro (já ouviram falar?). Mas a Folha não deu uma linha. O Grêmio foi campeão gaúcho e mereceu algumas pobres linhas. Será que há mais brasileiros interessados num jogo de beisebol em Dallas (até isso havia no caderno de segunda-feira) do que nesses ridículos campeonatos regionais?"
Luiz Fernando Ávila (São Paulo, SP)


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