São Paulo, segunda-feira, 25 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Amy
Amy Winehouse era uma mulher muito intensa, tanto na sua arte quanto na sua doença. É uma pena que, apesar das internações, não tenha sido possível conciliar toda essa intensidade para ajudá-la a manter o seu diferencial genial e criativo sem se destruir. Os comentários de muitas pessoas que acham que ela procurou o seu destino são resultados da ignorância sobre a doença "dependência química".
Ela não queria morrer. Não tinha controle sobre sua compulsão. O tratamento da dependência química é um processo longo e complexo, que exige uma mudança de padrão de vida.
Amy, assim como muitos dependentes químicos, procurou nas clínicas de reabilitação apenas minimizar os problemas causados pelas drogas, e não realmente tratar-se. Ela ainda não tinha alcançado essa consciência.
Foi uma grande perda!
DORIT WALLACH VEREA (São Paulo, SP)

 

Um vozeirão se cala. E que vozeirão! Difícil encontrar outro com igual timbre. Raro, forte e de arrepiar! Amy era também um furacão que causava problemas por onde passava. Tinha de causar, era sua natureza.
Chapada, atormentada, barraqueira, desequilibrada, porra-louca, autodestrutiva e desbocada.
Escancaradamente humana.
Perturbadoramente verdadeira.
Excepcionalmente talentosa.
FERNANDA CORDEIRO GAZOLA (Belo Horizonte, MG)

Literatura
Deliciosa a troca de mensagens entre os poetas Augusto de Campos e Ferreira Gullar ("Painel do Leitor", ontem). Augusto de Campos "acusa" Ferreira Gullar de ser um "fingidor" confesso e de evocar, em coluna de 17 de julho, um "almoço ficcional" em que o concretista criticou Oswald de Andrade. Em resposta, o ex-concreto também "acusa" o ex-parceiro de "fingir completamente", negando tal almoço.
Os dois estão certos, diria Fernando Pessoa. Os poetas são meninos brigando/brincando não por causa da bola, mas por causa das palavras. Os leitores adoram.
E viva Oswald!
GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)

Política
A cada leitura na Folha, surpreendo-me com os órgãos envolvidos em uma suspeita diferente.
Nos últimos dias, os holofotes estiveram voltados para o Ministério dos Transportes.
Ontem, deparei-me com duas informações de possíveis irregularidades também no setor público. Uma se refere à Teresinha Nerone, amiga dos ministros do PT, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann ("Amiga de ministros do PT atua como lobista no Dnit", Poder).
O segundo caso se refere ao então diretor da Conab, Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá ("Sob suspeita irmão de Jucá deixa cargo na Conab", Poder).
A ideia que fica para os que estão distantes dos dirigentes, diretores etc. é que o salário dessas pessoas tem de ser complementado com uma ajudinha extra. E fico aqui em Minas me perguntando: quem será o próximo?
SAMUEL DO VALLE (Divinópolis, MG)

Dilma
Tenho lido no "Painel do Leitor" cartas com elogios à presidente Dilma pela "faxina" promovida no Dnit. Na minha opinião, essa "faxina" não passa de uma maquiagem para encobrir fatos gravíssimos que estão passando desapercebidos por observadores menos atentos. Primeiro, porque os desvios ocorridos no Dnit vêm de longa data e tiveram a conivência do então presidente Lula, o mentor de Dilma.
Segundo, porque a maior beneficiária dos desvios foi a campanha da presidente, alavancada por campanhas de seus aliados, implicados nesses desvios.
Terceiro, com as demissões, o governo passa para a opinião pública uma falsa impressão de moralidade e fica com o discurso para esvaziar tentativas de CPIs ou outras investigações.
Se as punições ficarem apenas no afastamento dos envolvidos, será, de fato, uma simples "faxina", varrendo a sujeira para debaixo do tapete.
CARLOS ALBERTO M. F. SANTOS (Belo Horizonte, MG)

 

Há alguns dias, estava pensando em escrever para comentar os esforços da presidente Dilma no seu enfrentamento com a cultura de aparelhamento e a corrupção que estão aniquilando o serviço público brasileiro. Mas Eliane Cantanhêde ("Vitória pela metade", Opinião, ontem) resumiu muito bem o sentimento de leitores como eu na frase "que a economia dê forças a Dilma para fazer o que Lula não teve coragem, ou vontade, de fazer".
PETRONIO LERCHE VIEIRA (Salvador, BA)

Toffoli
Ministro jovem do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli não quer responder às perguntas mais simples: o ministro pagou as despesas da sua viagem e da sua estadia na ilha de Capri (Itália) para acompanhar o casamento do advogado Roberto Podval? Cometeu tráfico de influência devido às suas relações pessoais? Saberia nos dizer a diferença entre público e privado? O fato ocorrido com Toffoli pode criar uma situação de instabilidade e dúvida nos julgamentos do ministro no STF.
TANCREDO FAGUNDES LINS (Contagem, MG)

África
Fiquei muito tocada com o artigo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon ("Fome na Somália", "Tendências/Debates", ontem). Infelizmente, a pobreza e a fome são onipresentes por serem consequências e condições da manutenção do capitalismo.
Apesar de o sistema econômico ideal que não admite tais condições ser uma utopia, não se deve ficar de braços cruzados diante de uma situação tão alarmante e degradante quanto aquela pela qual passam os milhares que convivem com a fome e a pobreza em todos os cantos do mundo.
NATHÁLIA CALDEIRA DIAS (Valentim Gentil, SP)

Itaquerão
Nós, corintianos, teremos muito a agradecer aos torcedores palmeirenses, santistas, são-paulinos e a todos os paulistas, que, com suas generosas contribuições "espontâneas", farão com que, finalmente, possamos ter o nosso tão almejado estádio.
Receberemos com muita gratidão esses incentivos fiscais municipais que estão nos oferecendo, assim como o dinheiro que o Estado de São Paulo irá doar para bancar a ampliação necessária para que todos tenham muito conforto na nossa arena.
ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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