São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Água e geopolítica
"Extremamente importante o tema tratado por Emílio Odebrecht em sua coluna de domingo ("O aquífero Guarani').
O aquífero Guarani, como destacou o articulista, é uma das maiores reservas de água doce do mundo.
Mas ele não é relevante apenas por essa característica, em si mesma já suficiente do ponto de vista socioambiental para justificar a elaboração expedita de uma política pública consistente e transparente sobre seus domínios e usos.
Ele também é importante por se constituir em inegável ferramenta de geopolítica no Cone Sul, eis que abrange vastíssima área do território nacional (São Paulo sobretudo), além de áreas do Paraguai, do Uruguai e da Argentina.
Em contexto político nacional em que assoma à disputa presidencial a candidatura da senadora Marina Silva, ambientalista séria e consequente, parece de todo oportuna -e alvissareira- a introdução desse tema no debate político nacional, tanto mais que levantado por um empresário do porte e da respeitabilidade do indicado articulista.
Oxalá possamos ver o tema acolhido nas futuras plataformas de governo para que o Brasil, como ali alvitrado, possa de fato liderar essa agenda."
LUCIANO ROLLO DUARTE (São Paulo, SP)

Embrião
"A charge de Angeli publicada ontem deixou-me em dúvida: dentro do vidro há um embrião do Mercadante ou do Sarney?"
LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Palocci
"Li que o STF tende a inocentar Palocci e seus sequazes no caso da violação da conta bancária do caseiro Francenildo. Será mais um crime sem criminosos? O Brasil, ao que parece, especializou-se em tal prática: há o cadáver, a arma, as digitais, as testemunhas, mas não há criminosos.
Ao que parece, o que se aceitaria como "prova" seria somente uma confissão de próprio punho, com firma reconhecida em cartório, em três vias, acompanhada de imagens de vídeo. Senão a conclusão sempre é de que "não há provas".
Nem mesmo uma confissão ao vivo, a cores e em rede nacional serviu, como no caso de Duda Mendonça, que confessou ter depositado milhões de reais em uma conta do PT no exterior. No Brasil, Hercule Poirot ou Sherlock Holmes estariam perdidos. Trabalhando apenas com deduções lógicas, indícios, testemunhos e o famoso "a quem interessa o crime?", jamais veriam suas conclusões aceitas pela Justiça."
MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

Estradas
"Em notícia de ontem, vi que Lula assinará com Evo Morales compromisso para financiar estrada em região cocaleira da Bolívia.
O Centro Oeste, maior região agrícola do Brasil, responsável quase exclusiva pelos saldos de nossa balança comercial, pena com a falta de infraestrutura rodoviária e com o descaso público na manutenção da malha existente. Mas, aos olhos deste governo, mais importante é usar os nossos recursos para escoar safra de cocaleiros. Aonde chegou a ótica enviesada da geopolítica petista..."
MARCO ANTONIO BIASI (São Paulo, SP)

Multidisciplinar
"A coluna de Gilberto Dimenstein de domingo ("Se você estiver com dor de dente", Cotidiano) toca em uma questão importante. Quando se fala em melhoria na educação, o debate deve ser multidisciplinar. Do contrário, boas medidas correm o risco de dar errado por conta da amputação de variáveis.
Um exemplo é o de tornar as escolas públicas inclusivas. Há vários casos em que professores aprendem a Língua Brasileira de Sinais (Libras), porém não se aprofundam no estudo da lógica do pensamento de crianças com deficiência auditiva. Dessa forma, o intérprete acaba agindo de forma assistencialista, prestando um desserviço para o aluno surdo.
A alfabetização dos surdos é um caso emblemático. Na Libras não há o uso de conectivos nem a conjugação de verbos. Características que tendem a ser projetadas nos textos escritos por alunos surdos. Muitos professores, no entanto, desconhecendo essa característica, avaliam o aluno como incapaz. Isso acaba gerando um altíssimo índice de repetência e de evasão escolar, principalmente entre alunos oriundos de classes mais pobres."
PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

Drogas
"Achei péssimo o exemplo usado pelo ex-presidente FHC ao dizer, em suas palestras em defesa da descriminação da maconha, que o mundo nunca vai viver sem sexo e sem drogas ("Mundo sem droga é tão difícil quanto sem sexo, diz FHC", Cotidiano, 22/8).
Só faltou ele acrescentar "e sem rock'n roll", para relembrar, literalmente, o irresponsável lema de vida praticado pelos hippies na década de 60.
Lamento dizer que o nobre professor FHC, formado pela famosa Sorbonne, acertou apenas a metade da questão -que é hoje o maior problema do Brasil e do mundo- quando se referiu ao sexo, sem o qual não haveria vida humana ou animal no planeta Terra, ao contrário do uso e abuso indevido de qualquer tipo de droga, cujo nefasto e destruidor vício, comprovadamente, só leva a três caminhos: cadeia, manicômio ou cemitério."
MAURO BORGES , coordenador nacional da campanha Droga Mata (São Paulo, SP)

Fumo
"A analogia empregada por Luiz Felipe Pondé ("A volta das freiras feias", Ilustrada, ontem) fala contra seus próprios argumentos.
Chama de fascista a lei antifumo, indagando hipoteticamente se seria legítimo ao Estado confinar fumantes caso exalassem partículas cancerígenas.
À parte o absurdo da hipótese, creio que, se isso fosse verdade, e se câncer fosse contagioso, a limitação do trânsito dos fumantes seria, sim, legítima. Assim como também é legítimo ao Estado impor restrições ao trânsito de qualquer pessoa com doença contagiosa e potencialmente fatal, especialmente quando se apresentam aos milhões, como o caso dos fumantes.
Ou alguém acha que, se houvesse um risco de epidemia de, digamos, infecção pelo vírus ebola, a quarentena não seria legitimamente imposta?
O esperneio contra essa nova lei deveria se pautar por um mínimo de razoabilidade."
RICARDO LUÍS BOMFIM VAZ (Franca, SP)

Trânsito
"A análise dos índices de lentidão em São Paulo registrados pela CET com a volta às aulas, na semana passada, comprova claramente o que todos previam: a restrição aos fretados imposta pela Prefeitura de São Paulo conseguiu piorar o trânsito na cidade.
Tanto na comparação com o mesmo período do ano passado como com o mês de junho deste ano, os índices atuais são superiores. E as dificuldades são facilmente percebidas, em qualquer hora do dia. Embora as autoridade municipais neguem esse fato, o prefeito Gilberto Kassab criou um monstro e não tem humildade suficiente para reconhecer seu erro e voltar atrás."
MARCELO CRUVINEL MARSIGLIO (São Paulo, SP)

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