São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Cuba
"Que eu me lembre, nem na pior época da ditadura, quando os militares matavam nossos revolucionários e heróis (os verdadeiros, como Herzog, Paiva e outros), tivemos alguma autoridade da época tentando justificar as barbáries com o argumento de que "há problemas de direitos humanos no mundo inteiro" (Mundo, ontem).
Será que a ministra Dilma, após ter sido torturada, diria na ocasião: "Tudo bem, deixa pra lá, há problemas de direitos humanos no mundo inteiro'? O nosso presidente pode ser "o cara", mas o seu assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, é "o campeão"."
FULVIO ATILIO SALMASO (São Paulo, SP)

 

"Como intransigentes defensores dos direitos humanos, os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides certamente se manifestarão contra a morte de Orlando Zapata Tamayo.
Ou será que a afirmação histórica dos direitos humanos só vale para os mortos da esquerda?
Já Paulo Vannuchi e Tarso Genro, indignados opositores de ditaduras que são, certamente clamarão pelo estabelecimento de uma "comissão da verdade" a fim de apurar a violação dos direitos humanos em Cuba."
RICARDO CELSO ULISSES DE MELO (Aracaju, SE)

Quem manda
"A reportagem "Senado abre brecha para volta de fantasmas" (Brasil, ontem), começava desta forma: ""Quem manda no meu gabinete sou eu". É assim que o senador Almeida Lima justifica seu ato liberando todos os seus funcionários de registrar presença no Senado".
E eu digo que quem paga essa conta sou eu! Somos todos nós brasileiros! Então quem é que manda em quem?"
MANOEL FRANCISCO NASCIMENTO (São Paulo, SP)

Diferentes iguais
"O rendimento médio do trabalhador cresceu 1,1%, e o lucro do Banco do Brasil, 15,3%.
Em outras épocas, isso faria os petistas espernearem contra o neoliberalismo. E os tucanos ficariam horrorizados pelo fato de um banco estatal dar tanto lucro.
Embora eu reconheça que petistas e tucanos diferem em muitos aspectos, vejo que são iguais no que se refere à nossa vergonhosa taxa de juros."
JACQUES JEAN PIERRE COUDRY (Campinas, SP)

Bondades e maldades
"A Folha certamente errou ao fazer o título "Serra lança pacote de bondades para servidor" (Brasil, ontem). Não há nenhuma bondade nesse pacote, especialmente no que se refere à educação.
Estender as gratificações aos aposentados, por exemplo, é apenas um procedimento para acabar com as ações judiciais de professores contra o Estado. Pelo visto, os servidores ficarão mais um ano sem reajustes.
O governador quer sufocar as greves do funcionalismo público, mas, com as repetidas maldades que tem infligido aos seus funcionários, não vai conseguir."
MARA F. SILVA (São Paulo, SP)

Programas
"Quero, como cidadão brasileiro, conhecer o programa do PSDB à Presidência. Isso é fundamental para o aprimoramento do debate político. O PSDB é o principal partido de oposição ao governo Lula, e seu provável candidato lidera as pesquisas. Mas cadê o programa? Ele existe?"
MARCOS ALEX AZEVEDO DE MELO (Campo Grande, MS)

Plano Diretor
"O artigo "São Paulo precisa de uma faxina" (Brasil, 24/2), de Elio Gaspari, traz à luz a revisão do Plano Diretor. É importante destacar que uma das linhas fundamentais que vêm sendo defendidas é que o estoque de outorgas onerosas (volume de área a ser construída) seja redefinido de acordo com os cálculos de suporte para cada região, e não segundo as "tendências do mercado" que nortearam o plano atual, definidas nas palavras de seu próprio criador, Jorge Wilheim.
Também é preciso rever a permissão concedida gratuitamente ao Secovi pelo plano em vigor para seus empreendimentos terem o dobro do direito do cidadão quanto à área construída em relação ao terreno.
Quanto mais o jornalista abrir a caixa-preta, mais se verá com clareza quem defende e quem contraria os interesses da especulação imobiliária. O único esclarecimento relevante a ser feito é que a revisão do plano não tem autorização para alterar a Lei de Zoneamento."
JOSÉ POLICE NETO , vereador (PSDB), relator da revisão do Plano Diretor (São Paulo, SP)

De olho na escola
"Com certeza, a principal causa da reprovação das 79 mil crianças (Cotidiano, 23/2) jamais foi examinada pelo MEC, pela mesma razão que o PL 4.558/2008, que instituiria a Semana Nacional da Visão e da Audição, foi vetado pelo presidente da República.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, "a experiência de alguns países indica que ao redor de 10% dos escolares deveriam usar óculos, porque são hipermétropes ou míopes (vista curta). Isso equivale a dizer que não se colhe todo o fruto devido ao investimento que representa uma de cada dez escolas. Por isso, a detecção e a correção em tempo oportuno dos defeitos da vista são importantes para prevenir transtornos mais graves (ambliopia e estrabismo) e melhorar o rendimento escolar" ("Provisão de óculos de baixo custo", Genebra, 1987).
Se o MEC determinar como condição de matrícula que todos os alunos deverão fazer os testes e exames primários da visão e da audição (como está no PL 4.558/ 2008), terá encontrado a principal solução para evitar as reprovações e o abandono dos 79 mil e de milhares de outros alunos que se encontram nas mesmas condições."
WILSON DA COSTA CIDRAL , diretor da Clínica Universitária de Saúde Visual da Universidade do Contestado (Canoinhas, SC)

Terra
"As posições da senadora Kátia Abreu ("Tendências/Debates", 24/ 2) sobre a questão agrária são de conhecimento geral do público, e vejo que falta à Folha abrir espaço para o debate realmente dito.
A ocupação de terras pelos militantes do MST não caracteriza crime de invasão de propriedade, mas a representação de um conflito maior, que não encontra resolução adequada nem pelo Estado nem pelo mercado. A Constituição garante o direito à propriedade privada desde que cumpra sua função social.
A balbúrdia ocorrida em 2009 no episódio da atualização dos índices de produtividade, provocada pela senadora e por demais integrantes da chamada bancada ruralista no Congresso, é uma balela, haja vista que esses índices utilizados hoje são os mesmos de 25 anos atrás.
Ainda que se reconheça um avanço em relação aos assentamentos desde a gestão FHC, de forma nenhuma isso caracteriza reforma agrária, como afirma a senadora.
O Brasil não só possui um dos maiores índices de concentração de terra como o governo atual tem sido bastante leniente com o agronegócio -no afrouxamento das políticas ambientais, nas falhas no processo de demarcação de terras indígenas e quilombolas, na omissão em relação à violência aos trabalhadores rurais e às denúncias de trabalho escravo."
LAÉRCIO MONTEIRO JÚNIOR (São Paulo, SP)

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