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Cuba
"Que eu me lembre, nem na pior
época da ditadura, quando os militares matavam nossos revolucionários e heróis (os verdadeiros, como
Herzog, Paiva e outros), tivemos alguma autoridade da época tentando justificar as barbáries com o argumento de que "há problemas de
direitos humanos no mundo inteiro" (Mundo, ontem).
Será que a ministra Dilma, após
ter sido torturada, diria na ocasião:
"Tudo bem, deixa pra lá, há problemas de direitos humanos no mundo inteiro'?
O nosso presidente pode ser "o
cara", mas o seu assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, é "o campeão"."
FULVIO ATILIO SALMASO (São Paulo, SP)
"Como intransigentes defensores dos direitos humanos, os professores Fábio Konder Comparato
e Maria Victoria Benevides certamente se manifestarão contra a
morte de Orlando Zapata Tamayo.
Ou será que a afirmação histórica
dos direitos humanos só vale para
os mortos da esquerda?
Já Paulo Vannuchi e Tarso Genro, indignados opositores de ditaduras que são, certamente clamarão pelo estabelecimento de uma
"comissão da verdade" a fim de apurar a violação dos direitos humanos
em Cuba."
RICARDO CELSO ULISSES DE MELO (Aracaju, SE)
Quem manda
"A reportagem "Senado abre brecha para volta de fantasmas" (Brasil, ontem), começava desta forma:
""Quem manda no meu gabinete sou
eu". É assim que o senador Almeida
Lima justifica seu ato liberando todos os seus funcionários de registrar presença no Senado".
E eu digo que quem paga essa
conta sou eu! Somos todos nós brasileiros! Então quem é que manda
em quem?"
MANOEL FRANCISCO NASCIMENTO (São Paulo, SP)
Diferentes iguais
"O rendimento médio do trabalhador cresceu 1,1%, e o lucro do
Banco do Brasil, 15,3%.
Em outras épocas, isso faria os
petistas espernearem contra o neoliberalismo. E os tucanos ficariam
horrorizados pelo fato de um banco
estatal dar tanto lucro.
Embora eu reconheça que petistas e tucanos diferem em muitos aspectos, vejo que são iguais no que se
refere à nossa vergonhosa taxa de
juros."
JACQUES JEAN PIERRE COUDRY (Campinas, SP)
Bondades e maldades
"A Folha certamente errou ao fazer o título "Serra lança pacote de
bondades para servidor" (Brasil,
ontem). Não há nenhuma bondade
nesse pacote, especialmente no que
se refere à educação.
Estender as gratificações aos
aposentados, por exemplo, é apenas um procedimento para acabar
com as ações judiciais de professores contra o Estado. Pelo visto, os
servidores ficarão mais um ano
sem reajustes.
O governador quer sufocar as
greves do funcionalismo público,
mas, com as repetidas maldades
que tem infligido aos seus funcionários, não vai conseguir."
MARA F. SILVA (São Paulo, SP)
Programas
"Quero, como cidadão brasileiro,
conhecer o programa do PSDB à
Presidência. Isso é fundamental para o aprimoramento do debate político. O PSDB é o principal partido
de oposição ao governo Lula, e seu
provável candidato lidera as pesquisas. Mas cadê o programa? Ele
existe?"
MARCOS ALEX AZEVEDO DE MELO
(Campo Grande, MS)
Plano Diretor
"O artigo "São Paulo precisa de
uma faxina" (Brasil, 24/2), de Elio
Gaspari, traz à luz a revisão do Plano Diretor. É importante destacar
que uma das linhas fundamentais
que vêm sendo defendidas é que o
estoque de outorgas onerosas (volume de área a ser construída) seja
redefinido de acordo com os cálculos de suporte para cada região, e
não segundo as "tendências do mercado" que nortearam o plano atual,
definidas nas palavras de seu próprio criador, Jorge Wilheim.
Também é preciso rever a permissão concedida gratuitamente ao
Secovi pelo plano em vigor para
seus empreendimentos terem o dobro do direito do cidadão quanto
à área construída em relação ao
terreno.
Quanto mais o jornalista abrir a
caixa-preta, mais se verá com clareza quem defende e quem contraria
os interesses da especulação imobiliária. O único esclarecimento relevante a ser feito é que a revisão do
plano não tem autorização para alterar a Lei de Zoneamento."
JOSÉ POLICE NETO , vereador (PSDB), relator da revisão do Plano Diretor (São Paulo, SP)
De olho na escola
"Com certeza, a principal causa
da reprovação das 79 mil crianças
(Cotidiano, 23/2) jamais foi examinada pelo MEC, pela mesma razão que o PL 4.558/2008, que instituiria a Semana Nacional da Visão e
da Audição, foi vetado pelo presidente da República.
Segundo a Organização Mundial
da Saúde, "a experiência de alguns
países indica que ao redor de 10%
dos escolares deveriam usar óculos,
porque são hipermétropes ou míopes (vista curta). Isso equivale a dizer que não se colhe todo o fruto
devido ao investimento que representa uma de cada dez escolas. Por
isso, a detecção e a correção em
tempo oportuno dos defeitos da
vista são importantes para prevenir
transtornos mais graves (ambliopia
e estrabismo) e melhorar o rendimento escolar" ("Provisão de óculos
de baixo custo", Genebra, 1987).
Se o MEC determinar como condição de matrícula que todos os
alunos deverão fazer os testes e
exames primários da visão e da audição (como está no PL 4.558/
2008), terá encontrado a principal
solução para evitar as reprovações
e o abandono dos 79 mil e de milhares de outros alunos que se encontram nas mesmas condições."
WILSON DA COSTA CIDRAL , diretor da Clínica Universitária de Saúde Visual da Universidade do Contestado (Canoinhas, SC)
Terra
"As posições da senadora Kátia
Abreu ("Tendências/Debates", 24/
2) sobre a questão agrária são de conhecimento geral do público, e vejo
que falta à Folha abrir espaço para
o debate realmente dito.
A ocupação de terras pelos militantes do MST não caracteriza crime de invasão de propriedade, mas
a representação de um conflito
maior, que não encontra resolução
adequada nem pelo Estado nem pelo mercado. A Constituição garante
o direito à propriedade privada desde que cumpra sua função social.
A balbúrdia ocorrida em 2009 no
episódio da atualização dos índices
de produtividade, provocada pela
senadora e por demais integrantes
da chamada bancada ruralista no
Congresso, é uma balela, haja vista
que esses índices utilizados hoje
são os mesmos de 25 anos atrás.
Ainda que se reconheça um avanço em relação aos assentamentos
desde a gestão FHC, de forma nenhuma isso caracteriza reforma
agrária, como afirma a senadora.
O Brasil não só possui um dos
maiores índices de concentração de
terra como o governo atual tem sido bastante leniente com o agronegócio -no afrouxamento das políticas ambientais, nas falhas no processo de demarcação de terras indígenas e quilombolas, na omissão
em relação à violência aos trabalhadores rurais e às denúncias de trabalho escravo."
LAÉRCIO MONTEIRO JÚNIOR (São Paulo, SP)
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