São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Política externa
"Apreciei muito o artigo de Sérgio Danese da edição de ontem, na pág. A3. Impressiona-me uma instituição competente como é o Itamaraty. Mas tenho tido dúvidas a respeito de sua posição dita "gaullista". Às vezes questiono se existe uma ação resoluta a favor de uma integração profunda e inquebrantável com nossos vizinhos da América do Sul e com a União Européia, de tal forma a equilibrar nossa "aliança" com nossos ambiciosos vizinhos da América do Norte. Da mesma forma, sinto falta de uma certa criatividade e iniciativa com relação a países que terão um papel cada vez mais importante no jogo global. É importante não só uma maior integração comercial, mas também um relacionamento político e cultural mais intenso com países como África do Sul, Rússia, Índia, China, Coréia e Japão. Formamos uma nação jovem, multicultural e multirracial, que só tem a ganhar com a redescoberta de outras raízes e fontes de civilização e cultura."
Ari Carneri (Curitiba, PR)

Ataque de Israel
"Qual a autoridade moral do governo dos EUA para condenar o ataque aéreo de Israel ao território palestino? Aviões americanos, sob o mesmo pretexto de combater o terrorismo, mataram civis no Afeganistão. Em certos casos, quando se tem o rabo preso, é melhor ficar calado..."
Josué Luiz Hentz (São Paulo, SP)

Lula
"O brilhante artigo "Programa real", de Otavio Frias Filho, publicado ontem, complementa-se com a reportagem da pág. A8, também de ontem, "Lula interrompeu visita à Folha". A liberdade de imprensa está baseada, principalmente, no direito de todos ao acesso à informação. Portanto, quando homens públicos se candidatam a cargos públicos, para gerir patrimônio público, eles têm o dever de prestar informações ao público, que tem o direito de perguntar e obter respostas. As evasivas de Lula às perguntas de Frias Filho, seguidas do rompante do petista, apenas demonstraram que o candidato considera dar respostas ao público não um dever, mas, arrogantemente, uma mera concessão."
Joel Samways, procurador do Estado do Paraná (Curitiba, PR)

"Fiquei muito decepcionado com a questão grosseira feita por Otavio Frias Filho (se Lula tem se preparado intelectualmente nos últimos 20 anos para se credenciar ao cargo de presidente). Os ditos diplomados, competentes, qualificados e experientes, inclusive alguns honoris causa, não fizeram a desgraça social e financeira que hoje enfrentamos? A propósito, sugerir que o candidato não está acostumado a ser questionado é o cúmulo."
Antonio Takao (São Paulo, SP)

Conjuntura
"O caderno Dinheiro de domingo mostrou a derrocada das Bolsas, a crise do dólar, os escândalos das fraudes contábeis das grandes companhias americanas. Toda essa "ganância infecciosa" prejudica o nosso pobre Brasil, com mais desemprego e recessão."
Mussa Calil Neto (Barretos, SP)

Fé e ceticismo
"Depois do pentacampeonato da seleção de futebol e da morte do médium Chico Xavier, o Brasil se volta para uma pequena janela na em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A aparição de um contorno semelhante à imagem de Nossa Senhora, no vidro do quarto de uma casa humilde, está atraindo pessoas com fé, que vão até o local pedir uma graça. São abordados muitos aspectos na análise dessa questão, mas o que todos esquecem é o fato mais importante: a manifestação de fé em si. Caravanas estão vindo de outros Estados e se dirigindo ao local em nome da fé. É preciso que reaprendamos a dirigir nossos pensamentos para o lado positivo dos acontecimentos!"
Turíbio Liberatto (São Caetano do Sul, SP)

"Será que ninguém percebeu que a tal imagem da santa tem o formato de um dedo polegar?"
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

Caso Olivetto
"Os sequestradores de Washington Olivetto precisam ser exemplarmente punidos, pois a leniência e o abrandamento do castigo estimulam a criminalidade e contribuem para o aumento trágico da violência e da barbárie em nosso país, inclusive sendo perpetrados por meliantes de outras nacionalidades."
Luis Carlos Raya (Ribeirão Preto, SP)

Os de sempre
"Quanto mais eu rezo e voto, menos acredito nesse regime brasileiro, favorável somente aos banqueiros e aos próprios políticos."
Milton Alves de Lima (São Paulo, SP)

Precatórios
"A população em geral pensa que os precatórios dizem respeito a grandes somas indenizatórias. Na verdade, muitas delas são irrisórias e se avolumam pela contumaz inadimplência dos governos, fato que leva os juros a subirem. A população também ignora que a maioria dos precatórios se refere a pensões alimentares e a desapropriações de pequenas metragens de terras ou pequenos imóveis residenciais. Apenas a minoria se refere a grandes propriedades."
Liliana Pace (São Paulo, SP)

Pessimismo
"Desmotivação foi o que recebi ao ler a crônica de Carlos Heitor Cony "Antinotícia" (edição de ontem). É lamentável escrever tão bem como ele escreve e utilizar esse dom para divulgar o pessimismo."
Cláudio Faria Leite (Divinópolis, MG)

Pedágios
"Depois de tanto tempo, agora vem o sr. Geraldo Alckmin tomar demagogicamente a medida de reduzir simbolicamente o preço do pedágio. Por que não fez isso antes? Fazê-lo somente às vésperas das eleições pega muito mal."
Léo Suntam (São José do Rio Preto, SP)

Riscos
"O povão paga a conta do risco Brasil. Mas o que o preocupa mesmo são os riscos do Brasil: a Petrobras e as concessionárias de serviços públicos. A estatal, aquela que "era do povo", resolveu "argentinizar" o país, fazendo uma dolarização dos seus produtos e alimentando a inflação. Os concessionárias de energia e telefone estão com seus preços indexados, apesar do proclamado fim da indexação. Esses são os riscos do Brasil, que mexem com todos os brasileiros, todos os dias."
Simão Pedro P. Marinho (Belo Horizonte, MG)

Plano Real
"Oito anos depois de implantado o polêmico Plano Real, uma coisa todos admitem: foi o plano econômico mais bem feito do ponto de vista técnico em toda a história econômica brasileira. Do ponto de vista operacional, a URV teve um papel crucial na transição da velha para a nova moeda, retirando o caráter abrupto dessa passagem. O pai da criança é o economista Gustavo Franco, da PUC-RJ."
Ubirajara Bittencourt Santana (Salvador, BA)

Centenário do Fluminense
"Alguns clubes do futebol brasileiro passam por problemas financeiros. Mas, pior que a crise financeira, é a crise de respeito pela história do clube. Rivelino, Assis, Washington e outros não são marca registrada do Fluminense. Castilho, o maior atleta do clube de todos os tempos, deveria no mínimo, receber uma estátua na entrada da sede, ao lado da de Telê Santana."
Clóvis Roberto Capalbo (Jaboticabal, SP)



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