São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Amy
É de extremo mau gosto brincar com a morte dos outros. Mais uma vez, a história se repetiu com a partida de Amy Winehouse. Pipocaram nos jornais e na web piadinhas sobre a morte da cantora. Amy foi uma das maiores intérpretes do começo do século 21 e não suportou o peso da fama. Talvez por isso tenha mergulhado. Estava doente e, infelizmente, sucumbiu. Agora, a alma dela finalmente deve encontrar paz. Respeitemos.
RENATO AUGUSTO RIBEIRO (Nova Lima, MG)

 

Causa espanto a leniente e irresponsável informação divulgada por alguns tabloides ingleses e reproduzida por outros jornais mundo afora de que a morte trágica e precoce de Amy Winehouse teria acontecido em decorrência da suposta ingestão de uma mistura de álcool com ecstasy -droga neurotóxica feita em laboratório- de "má qualidade".
Tal informação faz supor erroneamente que existe, então, um tipo de ecstasy de "boa qualidade" que não acarreta efeitos maléficos no organismo daquele que o ingere.
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

Noruega
O que o ataque na Noruega tem a nos ensinar é que não se pode atribuir a nenhuma religião específica o terrorismo. Fenômenos sociais como o terrorismo têm causas socioeconômicas.
Reducionismos do tipo "ele é maluco" ou "ele é a encarnação do mal" não ajudam a acabar com esse câncer.
FERNANDO FERRONE (São Paulo, SP)

Desenvolvimento
O artigo de Rubens Ricupero "Prebisch e Furtado" (Mundo, ontem) é, por tudo, brilhante e dá margem ao debate sobre uma forma atualizadíssima do velho colonialismo, que culmina com o tão difundido estágio de desenvolvimento rotulado para o nosso Brasil de "país emergente".
Esse é o mais cínico e cruel engodo das nações (poucas, diga-se) que continuam dominando o mundo por meio do capital financeiro sem regras. Outro apelido foi para os países mais pobres da Europa -os latinos e a Grécia-, que a generosa primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, chama de "periféricos".
O genial Nelson Rodrigues já declarava, em seu tempo: "Subdesenvolvimento não se improvisa: é obra de séculos".
JOSÉ BENEVIDES JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

Indústria
Gostaria de saber dos especialistas da área econômica por quanto tempo mais a indústria nacional terá fôlego para suportar as perdas de mercado para os produtos importados antes de começar a demitir seus funcionários. Daí quero ver se o discurso sobre "a melhora do poder aquisitivo da população" continua.
ELIANA BIANCO (São Paulo, SP)

Política de bônus
O editorial "Bônus na Berlinda" (Opinião, ontem) traz questões relevantes sobre a recente decisão da Prefeitura de Nova York de suspender a premiação por mérito de docentes do ensino básico.
O texto, no entanto, mostra indevidamente o governo de São Paulo a reboque dessa decisão, pois afirma que o Estado "promete agora elaborar novas regras para aprimorar seu funcionamento".
Na verdade, desde janeiro deste ano, a Secretaria da Educação já havia anunciado sua própria decisão de reformular a política de valorização do mérito.
Em maio, antes do "exemplo nova-iorquino" que o editorial sugere seguir, já havíamos iniciado consultas a especialistas externos não só para aperfeiçoar o modelo de bonificação, mas, sobretudo, para otimizar o uso das avaliações de ensino na melhoria do aprendizado dos alunos.
MAURÍCIO TUFFANI, assessor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Folha internacional
A Folha.com em inglês e espanhol tira o Brasil de seu provincianismo linguístico cultural crônico.
É uma atitude à altura dos desafios atuais. Quem sabe, a exemplo do que ocorre com a Inglaterra, com a Alemanha e até com Portugal, um dia teremos uma televisão em outras línguas?
AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA, escritor (Rio de Janeiro, SP)

Dnit
Diante da corrupção no governo, da interminável impunidade, da segurança pública ausente, da saúde medíocre, das estradas assassinas, entre outros tantos males, perguntamos: por que os atuais governantes, muitos vindos da chamada luta contra a ditadura militar e que diziam desejar um Brasil mais justo e livre, estão inertes e até coniventes com as lastimáveis situações política e administrativa do país?
Infelizmente, para nós, brasileiros, a hoje decantada responsabilidade republicana, em sua inteireza, não existe em nenhum escalão do governo, em seus três Poderes.
SEBASTIÃO FELICIANO (Taubaté, SP)

Porsche
Não entendi por que o jornal liberou uma página inteira para que o dono do Porsche que matou uma mulher em um acidente no Itaim Bibi, em SP, fizesse sua defesa e para dizer que a morte estava nos planos de Deus.
WILSON BONIFÁCIO (São Paulo, SP)

Ciência
Cumprimento Alaor Chaves pelo artigo "Ciência para o Brasil" ("Tendências/Debates", ontem), no qual defende a participação do Brasil, que sediará a Copa do Mundo e a Olimpíada, nos grandes projetos científicos.
Há décadas, esses projetos de "big science" não só trazem consigo avanços tecnológicos como, principalmente, treinam os cérebros responsáveis por futuros avanços. Interessante perceber que o custo do principal projeto brasileiro citado por Alaor, o novo LNLS, é pouco inferior ao montante "estimado" de dinheiro público que será investido em São Paulo a fim de construir estádio para a Copa.
ALYSSON FÁBIO FERRARI, professor na Universidade Federal do ABC (São Caetano do Sul, SP)

Itaquerão
A gozação, a ironia e o tripúdio do leitor Arcangelo Sforcin Filho ("Painel do Leitor", ontem) sobre "as generosas contribuições espontâneas de palmeirenses, santistas, são-paulinos e todos os paulistas" me deixaram mais do que desconfortável. Fiquei com mais vergonha de ser paulistano, paulista e brasileiro.
RICCARDO RAVIOLI (São Paulo, SP)

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