São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Capão Redondo
"Usando balas de borracha e bombas de efeito moral, a PM expulsou dos barracos mais de 2.000 pessoas. São mulheres, crianças, idosos e deficientes físicos que agora dependem da solidariedade de parentes e amigos para não levarem uma vida desolada nas ruas inóspitas da cidade. Enquanto isso, Sarney, Collor e Lula continuam dormindo em locais requintados e bem aquecidos. Paradoxo bem brasileiro: conforto e bem-estar para os que cotidianamente envergonham a nação e borrachada e frio para quem trabalha e se vira como pode para levar uma existência digna."
LUIZ ENRIQUE VIEIRA , doutorando em sociologia (Osasco, SP)

Guaíba
"Porto Alegre está de parabéns pelo exemplo de cidadania ao vetar prédios residenciais à beira do Guaíba (Cotidiano, 24/8). Em três praias do Guarujá, o sol se põe por volta das 14 horas, atrás de prédios, privando os banhistas de seu direito mais elementar. Esses prédios deveriam ser demolidos. Alguns em Santos também."
ANTONIO CARLOS RIBEIRO FESTER (São Paulo, SP)

Fumo
"Agradeço ao leitor Ricardo Luís Bomfim Vaz ("Painel do Leitor", ontem) por seu comentário ao meu artigo "A volta das freiras feias".
Ele comprova a minha tese, apesar de não percebê-lo. A hipótese absurda era "a ciência um dia provar que fumantes exalam partículas cancerígenas". Daí eu afirmo que pessoas autoritárias, e que adoram usar "argumentos científicos", proporiam campos de concentração para os fumantes, que não é a mesma coisa que campos de extermínio. Os nazistas também tinham "argumentos científicos".
O que o leitor não percebe, e por isso comprova minha tese, caindo na armadilha do texto (provavelmente porque seja o tipo de pessoa "crente na ciência'), é que ao justificar a "quarentena", comparando "minha hipótese absurda" com o ebola, ele esquece que no texto eu coloco "a ciência descobriu" entre aspas e que reforço isso com suspeitas das influências de lobbies nas pesquisas.
Nesse sentido, ele perde a ironia que põe sob dúvida a "descoberta" e passa direto à exigência de exclusão das pessoas por "razões científicas".
Ao fazer isso, ele comprova minha hipótese: a "ciência", sua "religião", serve de base para seu instinto fundamentalista. Qualquer "prova" que sirva a esse instinto já vira verdade absoluta."
LUIZ FELIPE PONDÉ (São Paulo, SP)

São Sebastião
"O texto "Ilhabela vai ter vista para paredão de navios" (Cotidiano, 23/8) trata de planos de ampliação do porto de São Sebastião como ações já aprovadas pelo governo, mas elas não são do conhecimento do gabinete do governador.
Mesmo em relação a estudos, o texto comete erros de informação e de interpretação graves. Dizer que Ilhabela vai ganhar vista para "pilhas de contêineres" e um "paredão de navios" é pura fantasia. Simulações mostram que a pilha máxima de contêineres reduz-se a uma mera faixa no horizonte quando vista de uma distância de 2 km -a vila de Ilhabela está a 10 km do porto. O jornal vê notícia na presença de navios "gigantescos" e contêineres que já fazem parte da rotina do porto, sem que tivessem chamado a atenção da Folha.
Esses navios, aliás, chegam pelo sul, ao contrário da ilustração da pág. C4. Não passam em frente à vila de Ilhabela ou ao Iate Clube nem cruzam as regiões mais utilizadas para as competições náuticas. E o porto ficaria com oito (e não 18, como desinforma a reportagem) berços de atracação para navios de grande porte, raramente ocupados simultaneamente, ao contrário do que diz o infográfico. O restante dos berços se destinaria a embarcações pequenas.
E é fato desprezado pelo jornal que quaisquer planos para o porto ainda serão alvo de discussão dentro e fora do governo."
JULIANO NÓBREGA , coordenador de imprensa da Secretaria de Comunicação do Estado (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - A pilha de contêineres poderá ser vista de Ilhabela. Sobre o acesso ao porto, São Sebastião oferece duas barras de entrada, no norte e no sudoeste. Hoje, conforme informações do projeto, os navios que atracam ficam na faixa de 1.600 t a 50.000 t, no porto administrado pelo governo, e de até 170.000 t no da Petrobras. O projeto do governo fala em receber os navios da classe "pós-panamax", bem superiores. A reportagem não diz que 18 grandes barcos poderão atracar simultaneamente.

Opportunity
"Em relação à reportagem "Governo americano rastreia operações suspeitas de Dantas" (Brasil, pág. A8), cabe esclarecer que o Opportunity não é investigado por autoridades norte-americanas. A notícia não corresponde ao real andamento do caso nos EUA nem ao teor integral das declarações contidas nos autos do processo. Além disso, o Banco Opportunity jamais atuou com doleiros.
O Opportunity manifesta sua inconformidade com a divulgação indevida e errônea de procedimentos relativos ao Acordo de Cooperação Internacional. Tais vazamentos prestam um mau serviço ao leitor ao informá-lo de maneira equivocada, além de desrespeitar a exigência de confidencialidade do processo, prevista em tratados internacionais e no direito brasileiro."
ANTONIO SERGIO PITOMBO , advogado do Banco Opportunity (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Rubens Valente - A reportagem é fiel ao teor de documentos públicos em poder da Justiça dos EUA.

Faculdade
"Sobre a nota atribuída pelo MEC à Uni Sant'Anna ("Faculdade dá celular e babá para atrair aluno", Cotidiano, 19/8), informamos que esta universidade passou por processo de recredenciamento periódico com avaliação "in loco" no período de 6 a 9 de abril de 2009, realizada por três doutores nomeados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep-MEC). O relatório, concluído em 15 de abril, constatou que a instituição apresenta perfil satisfatório de qualidade. Na síntese das pontuações, o conceito é igual a 3,0."
MARCO ANTÔNIO PLACUCCI , pró-reitor acadêmico da UniSant'Anna (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Ricardo Gallo - O último IGC (Índice Geral de Cursos) divulgado pelo Ministério da Educação atribui conceito 2 ao centro universitário UniSant'Anna. A relação foi atualizada em 15 de abril de 2009 e está na página do Inep www.inep.gov.br/areaigc/.

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