São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Quero completar as análises do doutor David Matsumoto no texto "Sorrisos de Dilma e Serra são sociais" (Poder, 24/8). Ambos os candidatos são resultados de uma ditadura, marcada por atos violentos e de pavor. Portanto, o que ele viu não poderia ser outro: os sorrisos dos dois são ensaiados.
Dilma, pelo que li sobre ela, com apenas 15 anos esteve presa.
Lutou muito e deve ter passado por muitas outras coisas. José Serra esteve exilado e também passou por situações difíceis. Fácil não deve ter sido, para nenhum deles.
Mas difícil mesmo é a grande maioria dos brasileiros ainda conseguir sorrir com tantos problemas, inclusive a ausência de uma dentição perfeita, como se vê por este Brasilzão afora.
VICENTINA DE OLIVEIRA NEVES E SOUZA (São José do Rio Preto, SP)

 

Como mostrou o artigo "Expresso Tiririca" (Opinião, 24/8), de Fernando de Barros e Silva, apareceram no horário político muitos artistas e esportistas afastados da fama tentando uma vaga de deputado em Brasília.
Eles não entendem de lei, de decretos, de quorum, de vetos, de alianças políticas... Mas teriam a boa vontade de fazer algo de bom -isso na cabeça do eleitor que vota neles.
Por que isso acontece? Porque aqueles que têm o dom de administrar (advogados, engenheiros, médicos, economistas e outros mais) não o fizeram corretamente ou não o fizeram em quantidade suficiente para atender às demandas sociais.
Nada os impede de disputar uma eleição. Afinal, se até o ator Ronald Reagan já governou os Estados Unidos....
MARCOS ROBSON DA NÓBREGA (São Paulo, SP)

 

Como pode o TRE, diante da televisão, denigrir a imagem do cirurgião dentista em prol de uma campanha para votar certo?
A imagem maculada em nosso país não é a do cirurgião dentista, mas, sim, a de nossos políticos corruptos, que aí estão com mensalão, dólares na cueca e outras coisas mais, totalmente impunes.
É com esta casta que o TRE deveria se preocupar.
MIGUEL SILVA, cirurgião dentista (São Paulo, SP)

Getulio
Li na edição de 24/8, na seção "Tendências/Debates", o artigo de Antonio Neto intitulado "A obra de Getulio". Um texto que apresenta apenas um lado da moeda. O outro lado, que deveria se referir ao ditador Getulio Vargas, foi omitido. O autor não lembra que foi por um triz que Getulio não se aliou a Hitler e a Mussolini, que foi ele quem criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), para censurar todas as comunicações do pais (rádios, jornais, cinema, teatro), que ele teve como ministro o assassino Filinto Muller, responsável pela morte de milhares de brasileiros, e ainda mantinha a corja que assassinou o major Rubem Vaz.
Pelo enfoque dado por Antonio Neto em seu artigo, poder-se-ia elogiar também a ditadura militar, que fez as telecomunicações darem um passo gigante em termos de progresso, ampliou a Petrobras, lançou a primeira TV a cores no Brasil, construiu estradas etc. etc. No entanto, foi também uma ditadura cruel e assassina.
MARIO CALIXTO (São Paulo, SP)

Drogas
Como leitora assídua dos textos de Carlos Heitor Cony, não poderia deixar de ler o do dia 24/8, "Sinfonia macabra". E acho que tenho a resposta para a pergunta que o colunista fez no artigo ("Quem paga o traficante?"). Resposta: o usuário, é lógico.
Seja o usuário do morro, o da favela, o do condomínio de luxo, o da grande cidade, o da pequena cidade. Enfim, o rico, o pobre, o descolado, o estudante, o que trabalha para manter o vício, o que rouba e mata para manter o vício, enfim quem usa.
A solução? Talvez esteja na base: educação, trabalho, prevenção... e por aí vai. ANA MARIA CARDOZO FRANCIOSI (Monte Alto, SP)

 

O admirável Cony faz uma pergunta em seu artigo de 24/8 que merece resposta. Nós, da classe média alta, é que pagamos o traficante.
A droga de mais alto custo só pode ser consumida por quem tem poder aquisitivo. Ou somos nós ou quem rouba e mata para poder comprar. Quem rouba é a minoria. Portanto, quanto maior o poder aquisitivo, maior é o consumo. Fui claro?
WALMOR VAL, médico (Capivari, SP)

Futebol e política
Louvável a decisão dos torcedores do São Paulo de irem até a sede do clube exigindo raça dos jogadores. Foi até citado que alguns jogadores estavam na balada na véspera da derrota que causou a revolta.
Infelizmente, esse comportamento não é notado quando se trata de política, e os "gerentes" do país podem fazer o que quiserem que não veremos nenhum tipo de manifestação desse tipo.
YUKI NORONHA (São José do Rio Preto, SP)

Violência
É chacota a afirmação do secretário de Segurança do Rio de que o governo não dispõe de verba para equipar as viaturas policiais com câmeras.
Se o governo quer fechar os olhos para o que seus comandados andam fazendo, não precisa justificar tal atitude com a falta de verba, pois nunca se arrecadou tanto neste Estado, principalmente com as multas escorchantes de trânsito.
Se o governo já tivesse implantado as câmeras nas viaturas, vários casos -como o da engenheira Patrícia Franco, desaparecida na Barra da Tijuca- já estariam resolvidos. Qual é o verdadeiro motivo para o governo do Rio não implantar um sistema reconhecido mundialmente?
FRANCISCO PAULO ALVES DE PAIVA (Niterói, RJ)

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