São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Violência policial
Após ler o texto ""Estrebucha", diz PM a baleado agonizante" (Cotidiano, ontem) e ler os comentários sobre a reportagem na página da Folha na internet, dá para perceber claramente que a população está cheia dessa mídia que defende bandido. O Brasil quer que os bandidos "estrebuchem" mesmo. O jornal deveria ficar atento a isso. Não aguentamos mais os "direitos humanos" somente em prol dos bandidos.
JOÃO FLÁVIO MARTINEZ (São José do Rio Preto, SP)

 

Retrato do quão doente está a nossa sociedade: a Folha publica um vídeo sobre dois homens baleados por policiais. Um agoniza, o outro chora, e os policiais assistem e tiram sarro. Nos comentários sobre o vídeo na página da Folha na internet, centenas de leitores aplaudem a ação.
Só um detalhe em questão: ninguém sabe quem são os dois moribundos, nem sequer em que circunstâncias foram alvejados.
Bandidos em fuga? Ladrões que não repassaram parte do lucro aos policiais? Cidadãos que denunciaram a ação criminosa de alguns policiais? Testemunhas de crimes da própria polícia? Ladrões de galinha? Ninguém sabe.
Mas a polícia matou, e isso é o que importa. Aplausos. A polícia que a sociedade quer é essa. É a que mata supostos bandidos, mesmo que, para isso, metralhe um ônibus cheio de reféns.
ANDRÉ DINIZ FERNANDES (São Paulo, SP)

Jânio
O depoimento de Jânio Quadros Neto ("A renúncia de Jânio, um enigma decifrável", "Tendências/Debates", ontem) é importante porque, embora muitos já soubessem dos verdadeiros motivos da renúncia, o fato é que Jânio morreu sem anunciar as razões de seu gesto, naquele longínquo 25 de agosto de 1961.
Fica claro, agora, que o objetivo do ex-presidente era mesmo golpear as instituições, já que contava com "um levantamento popular e que os militares e a elite não permitissem a posse" do vice-presidente, ou seja, admitiu a possibilidade de ver o país metido em uma guerra civil e, ainda assim, foi em frente com o seu projeto de poder absoluto.
JOÃO RAMOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

Faxina
A presidente Dilma Rousseff demonstrou que não gosta do emprego do termo "faxina" e chegou a negar que adote a medida em seu governo. A terceira mulher mais poderosa do planeta, segundo lista publicada pela revista "Forbes", prefere falar em "combate ao malfeito".
Difícil é entender a irritação da presidente ao falar sobre o assunto. Se quatro ministros já caíram e outros dois estão na "linha de tiro", nada mais natural do que imaginar demissões futuras.
Dilma deveria ser mais cautelosa ao afirmar que não pode haver demissão todos os dias, pois seja fazendo "faxina", seja "combatendo o malfeito", a sujeira continua se espalhando e os ministros suspeitos de irregularidades continuam caindo.
SYLEI SILVA (São Paulo, SP)

 

Durou pouco a "faxina" no governo contra a escandalosa corrupção ou talvez ela nunca tenha existido. A presidente entregou os pontos. Não teve força suficiente para levar a cabo o sonho dos brasileiros, os quais ela representa. Aquela voz que vem soprando em seus ouvidos (ex-presidente Lula) deve ter sido a causa ou será que a presidente estaria fazendo teatro?
ANGELA ALMEIDA SEGUNDO (Vitória, ES)

2014
Brilhante o texto de Fernando de Barros e Silva ("Ela só não será se não quiser", Opinião, 24/ 8). Conforme os ensinamentos de Bakhtin, o grande estudioso da semiótica do discurso, Fernando nos oferece um excelente exemplo de como achar a verdade que se esconde no "avesso" do discurso.
O que Lula quer dizer, de fato, é que Dilma só não será candidata se (eu = Lula) não quiser. Colocar "eu" (isto é, Lula) entre parênteses foi um lance genial de Fernando, pois explica tudo.
A semiótica inteira está nesse "eu", escondido entre parênteses.
Seria bom que todos fizéssemos sempre essa leitura semiótica para detectar o verdadeiro significado do discurso e não nos deixássemos enganar pelas aparências de belas palavras.
IZIDORO BLIKSTEIN, professor de semiótica e comunicação da USP e da FGV (São Paulo, SP)

Sarney
Sobre a coluna de Ricardo Melo ("Que vá de jumento", Opinião, ontem), vale lembrar o curta-metragem "Maranhão 66", dirigido por Glauber Rocha, que mostrava a posse do então governador do Maranhão, mas, na verdade, era só um pano de fundo que denunciava a pobreza em que vivia o povo maranhense. Hoje, 45 anos depois, o que mudou? Nada.
Ele continua mandando no Maranhão e usufruindo dos bens que são destinados à população.
VINICIUS BERTANHA (Limeira, SP)

Infância
Indignação é pouco para falar do tratamento dado às crianças encontradas nas ruas da Vila Mariana, em São Paulo. É um verdadeiro teatro do absurdo!
As crianças passam por três delegacias, pelo Conselho Tutelar (!) e são deixadas nas ruas porque não foram identificadas, não falam os nomes dos pais e dizem não ter 12 anos! Que interpretação do ECA é essa? O ECA deixa abandonar as crianças na rua? Esse fato demonstrou claramente como o Estado não sabe o que fazer com suas crianças. Não sabe cuidar, só prender.
ÂNGELA MOGADOURO (São Paulo, SP)

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