São Paulo, segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

São Francisco
"Cumprimento d. Tomás Balduíno pelo lúcido artigo "Réquiem para a transposição do São Francisco" (Opinião, 25/10). É lamentável que ninguém da imprensa tenha contestado a falaciosa comparação feita pelo presidente Lula sobre a transposição com o programa desenvolvido por Franklin Roosevelt no vale do Tennessee. Lá não houve transposição, muito menos o caríssimo bombeamento de água a 300 metros de altura que ocorrerá no rio São Francisco. Enquanto isso o programa de cisternas de água da chuva, muito mais barato e eficaz, é relegado a nenhuma prioridade."
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)

 

"Quando d. Tomás Balduíno (Opinião, 25/10) fala das reações contrárias à transposição do rio São Francisco, entre as quais a do episcopado católico, omite que existem inúmeras reações favoráveis à transposição, incluindo as do próprio episcopado. Ao expor as razões da inviabilidade do projeto, obviamente cita as que mais lhe convêm.
Mas o que mais chama a atenção no artigo é quando diz que a questão não é "acabar com a seca", mas se adaptar ao ambiente de forma inteligente. Tem-se a sensação que à Igreja Católica não interessa acabar com a seca, com o risco de ter seu rebanho diminuído. Haja vista as frequentes missas e procissões com o objetivo de pedir ajuda aos céus em tempos de seca, acompanhadas por inúmeros fiéis que sofrem diretamente na pele os seus efeitos."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

Alianças
"A igreja diz que Cristo não se aliaria a bandidos. Ora, a Igreja Católica sempre fez isso: basta passear pela cidade histórica de Mariana (MG) para ver entre as duas igrejas o pelourinho, onde escravos eram chicoteados em praça pública com a conivência da igreja -que inclusive os proibia de assistir às missas."
JARDEL DIAS CAVALCANTI , professor de história da arte na UEL (Londrina, PR)

Rio
"Desde os últimos confrontos entre a polícia e os traficantes do Rio que não se fala de outra coisa, porém em nenhum momento foi levantada a principal causa de tudo isso: o consumo deliberado de drogas -maconha, cocaína, crack- por parte dos diversos segmentos da sociedade carioca. As ações de combate ao tráfico da polícia, além de arriscadas e dispendiosas, são uma gota no oceano, pois o dinheiro que fomenta toda esta guerra continua sendo gasto diariamente nas "bocas de fumo" espalhadas pela cidade.
Investimentos em campanhas educativas e projetos sociais e a aplicação correta da lei aos usuários de drogas são medidas que certamente irão trazer melhores resultados."
EDUARDO TAVARES PIANCASTELLI (Belo Horizonte, MG)

 

"É preocupante que um jornal como a Folha quase não tenha comentado o tema da legalização das drogas concomitante aos acontecimentos no Rio de Janeiro. Essa parece ser a mesma postura dos nossos políticos, que, por acharem o tema das drogas tão complexo, pensam que o melhor mesmo é não fazer nada a respeito. Tem ainda uns que acham que construir mais prisões irá resolver algo. Saldo de 50 anos de proibição das drogas: aumento do consumo, aumento da produção, aumento do crime organizado, aumento da corrupção, aumento da população carcerária. O que falta para as pessoas se darem conta desse fracasso histórico?"
LUCAS CALDANA GORDON (São Paulo, SP)

Sarney
"A matéria "Sarney ajudou filho a "atacar" setor elétrico, revela grampo" (Brasil, 25/10), a exemplo de outras escutas da PF a que este jornal vem dando vazão, faz ilações equivocadas a partir de diálogos descontextualizados. Agindo desta forma, qualquer conversa pode servir a qualquer tese. A indicação feita pelo senador José Sarney para a presidência da Eletrobrás era o engenheiro Flávio Decat, a quem não conhecia. Foi indicado a ele pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, com o pedido de respaldo a seu nome para o cargo. Fernando Sarney, que presidiu a Companhia Energética do Maranhão por 12 anos e também comandou a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, deu referências sobre Decat. Por orientação do senador Sarney, o engenheiro foi ao Rio Grande do Norte se apresentar ao então presidente do Senado, Garibaldi Alves, e solicitar seu apoio.
José Antônio Muniz foi uma escolha pessoal do ministro Edson Lobão. Ambos têm todas as qualificações para o cargo. Decat foi presidente da Eletronuclear e da Companhia de Gás de Minas Gerais, além de diretor da Cemig e vice-presidente da Enersul. Em 2006 foi escolhido executivo do ano pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais. Muniz foi presidente da Chesf e da Eletronorte, é professor universitário e nome reconhecido por todos os profissionais do setor elétrico. Não há nos diálogos fato desabonador a qualquer um deles ou que represente prejuízo ao interesse público. O senador Sarney está convencido de que fez uma boa indicação para a presidência da Eletrobrás e considera igualmente qualificada a escolha de José Antonio Muniz.
Quanto ao diálogo entre Anelise Pacheco e Fernando, a conversa dizia respeito à permanência da servidora nos quadros da Eletrobrás, onde trabalha desde o governo FHC. A ONG a que o jornal se refere é a Associação dos Amigos do Bom Menino, ligada à Fundação José Sarney, que faz um importante trabalho social com meninos carentes de São Luís desde 1992.
Tais informações poderiam ter sido dadas ao repórter, mas, como das outras vezes, não nos foi dado acesso aos diálogos gravados nem foi informado de que se tratava de mais um grampo. As perguntas enviadas por e-mail, por isso, estavam descontextualizadas e pareciam querer, apenas, confirmar uma tese escolhida previamente. Não é justo pedir explicações a qualquer pessoa sem informar exatamente do que ela está sendo acusada."
FRANCISCO MENDONÇA FILHO, secretário de Imprensa da Presidência do Senado (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Hudson Corrêa, Andrea Michael e Andreza Matais - A Folha procurou a assessoria do senador José Sarney por três vezes e não obteve resposta. O e-mail encaminhado ao assessor esclarecia os termos da reportagem.

Música
"De vez em quando aparece na mídia algum artigo que remarca a ausência da música contemporânea de concerto na mídia e, neste sentido, é bom ler o artigo de Vladimir Safatle ("Música no Brasil é prisioneira da canção", 23/10). Pena que, quando a Folha publica algo nesse sentido, ilustra com nomes dos reconhecidos compositores do século 20 no hemisfério norte, e mantém a lacuna da informação sobre quem são os nomes atuantes no Brasil. Acredite, leitor, são muitos, e com uma produção significativa."
DENISE GARCIA (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Fábio de Oliveira Luchési: O MST e o STF

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.