São Paulo, segunda-feira, 26 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Pará
"O Brasil realmente é um país muito estranho. Num intervalo de poucos dias, dois acontecimentos relacionados às crianças e adolescentes foram notícia. Primeiro, uma exposição de fotos em Brasília foi censurada porque, segundo alguns, uma foto de Rogéria atentaria contra a dignidade das crianças e adolescentes. Esse acontecimento poderia dar a idéia de que o Brasil realmente se preocupa em zelar por suas crianças. Dias depois, no Pará, uma adolescente foi presa numa cela com 20 homens durante 26 dias, sem que ninguém considerasse que isso atentaria contra a sua dignidade. Realmente é um país estranho."
FLÁVIO F. CAVALCANTE (João Pessoa, PB)

"Parabenizo Janio de Freitas por seu artigo "O país das jaulas" (25/11), sobre a tortura sistemática praticada nas delegacias de polícia e nas prisões brasileiras, sobretudo contra as pessoas pobres. O caso da menina presa numa cela com vários homens no Pará ilustra bem esse quadro dantesco e de barbárie em que vivemos. No Brasil, os direitos humanos não passam de uma ficção, e os direitos e garantias individuais previstos na Constituição não passam de palavras bonitas, sem qualquer eficácia no mundo real."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

"Acredito que se fosse alterada a lei que dá condições especiais aos criminosos diplomados com nível superior muita coisa mudaria nas cadeias brasileiras. Esta bárbara desigualdade social com que compactuamos é nosso maior crime: todos os outros decorrem deste. O fato de uma pessoa ter tido acesso e oportunidade de se instruir não poderia dar a ela uma situação especial quando infringisse a lei. Quero ver se alguém da classe média corresse o risco de ir parar num destes esgotos a que chamam de cadeia -um desses meninos perversos, espancadores de empregadas domésticas ou incendiários de índios-, se estes lugares não seriam repensados."
SANDRA JEHA (São Paulo, SP)

"Uma das circunstâncias mais escabrosas em relação ao acontecido com a menor que ficou presa em uma cela com 20 homens em Abaetetuba é que as autoridades envolvidas no caso são mulheres: a delegada que mandou prender, a juíza que autorizou a continuidade na prisão e a governadora do Pará devem explicações ao Brasil, mas principalmente às demais mulheres do país."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

Violência
"Parabenizo José Vicente da Silva Filho pelo artigo "Mais polícia e melhores escolas" (Opinião, 23/11). Muito prejuízo já experimentou o Brasil em decorrência da simplista idéia de que a violência é fruto da injustiça social. O Brasil ostenta uma das piores distribuições de renda do mundo: fosse a injustiça social a principal causa da criminalidade, chegaríamos à absurda conclusão de que a maioria da população brasileira é criminosa. Devemos aceitar o óbvio: criminoso é criminoso, vítima é vítima."
GIOVANI AUGUSTO SERRA AZUL GUIMARÃES (Ribeirão Preto, SP)

Mônica Veloso
"Mônica Bergamo (25/11) não precisava dedicar uma página inteira de sua coluna para divulgar o lançamento e ajudar na venda do livro "O Poder que Seduz", de Mônica Veloso. Esse tipo de "literatura" barata, de "escritores" que se aproveitam de um momento para ganhar dinheiro fácil, vende como água. É só colocar na prateleira que certamente logo entrará na lista dos mais vendidos."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

FHC e Lula
"Estou aguardando ansiosamente o próximo discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ver se ele dá a "tacada" final no atual presidente: "Eu tenho dez dedos, você só tem nove". É só o que está faltando para o ridículo total. Menos FHC, bem menos!"
ELZA MESQUITA (Carapicuiba, SP)

"Os artigos de Clóvis Rossi e Eliane Cantanhêde (25/11) se alinham perfeitamente. Rossi diz que, para compensar sua pequena erudição, Lula procura buscar ajuda de gente com um bom currículo. Eliane mostra que, dos 34 ministros iniciais, só restam cinco. Ou seja, fica patente a falta de critério na escolha de gente boa. Quem não lê, mal fala, mal vê. Por que Lula não aproveitou os 12 anos de espera para ser eleito para estudar, aprender a falar inglês? Em vez de ser encarado no exterior como ser curioso e folclórico, poderia ser considerado um estadista."
GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

"Para Fernando Henrique Cardoso, o partido dele tem gente que fala mais de uma língua -inclusive ele. É só lembrar que, ainda candidato à Presidência, ele falava uma língua bem diferente daquela que falou quando passou a ser presidente: dizia para que esquecêssemos tudo o que havia escrito e falado."
JOÃO BATISTA NETO CHAMADOIRA (Bauru, SP)

"Interessante a observação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em relação à falta de cultura do atual presidente. Ambos deveriam entender que o Brasil não está interessado em presidente culto ou não culto. O Brasil está necessitando urgentemente é de homens decentes e sérios que, antes de pensarem em seus asseclas, pensem no país e na sua sofrida população."
OSMAR CARLOS MEDAGLIA (São José dos Campos, SP)

Funasa
"No último dia 18, a Folha publicou a reportagem "Empresário aponta irregularidade na Funasa", que fez afirmações inverídicas a respeito da Engesoftware Consultoria de Sistemas Ltda., com declarações que não correspondem ao verdadeiro teor da entrevista que concedi a Hudson Corrêa. Não apontei irregularidade nos procedimentos administrativos da Funasa. Ao contrário, exibi documentos oficiais que atestam a lisura e a correção da instituição, bem como da empresa Engesoftware na contratação e na execução dos serviços de informática. A Engesoftware participou dos processos seletivos para a prestação de serviços de informática na Funasa e foi regularmente contratada para executá-los, nos termos da lei 8.666, não tendo sido favorecida e nem beneficiada por indicação política de quem quer que seja. O termo aditivo ao contrato firmado entre a Funasa e a Engesoftware foi absolutamente legal, limitando-se o reajuste aos 25% permitidos pela lei referentes à melhoria qualitativa da equipe de profissionais de informática colocados à serviço da Fundação. Também não corresponde à verdade a afirmação a mim atribuída de que havia uma briga política na Funasa. Desconheço a origem de tal afirmação do mencionado repórter."
LAERT JOSÉ OLIVEIRA FREITAS, diretor-executivo da Engesoftware (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Hudson Corrêa - A entrevista foi gravada. Sobre a disputa na Funasa, Freitas disse: "Sabemos que existe desentendimento político entre diversas partes lá dentro que nada tem a ver conosco e foge ao esforço do serviço técnico, que é o nosso trabalho".


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