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Editoriais
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Metas para a Previdência
O ATENDIMENTO ao público
prestado pelo Instituto
Nacional do Seguro Social
(INSS) se tornou lendário pela
má qualidade. Filas cruéis para
pessoas de idade, meses para dar
esclarecimentos e conceder benefícios, doentes e acidentados
sem conseguir marcar perícias
médicas -muitas eram as mazelas do serviço.
Não é fácil livrar-se da fama
cristalizada por décadas de incúria, mesmo quando o atendimento melhora. O Ministério da
Previdência Social deu um passo
à frente ao adotar um programa
oficial de metas. O Plano de Ação
do INSS anunciado no dia 10, se
não se limitar a ação de marketing, representará inovação digna de nota na administração.
Desde o governo FHC a Previdência passa por um esforço de
modernização, com resultados
visíveis. O atendimento melhora, de fato. Coisa diversa, porém,
é anunciar quanto e como ele vai
progredir nos próximos 12 meses. Ao dar transparência para as
metas, o gestor oferece ao público meios para avaliar e cobrar a
qualidade do serviço.
Assim é que o INSS se compromete a, até o fim de 2010, reduzir
de 37 para 29 minutos o tempo
de atendimento em suas agências. Os benefícios terão de sair
em no máximo 19 dias, contra os
25 de hoje. A espera nas perícias
precisará cair de 20 minutos para nove. O INSS projeta que cairá
para zero o estoque de 29 mil
processos que ficam em análise
por mais de 75 dias.
Cabe, no entanto, assinalar que
a experiência precisa dar um
passo a mais e passar a prever penalidades para o administrador
que não alcançar o objetivo estabelecido. Na versão atual, o programa só prevê monitoramento
mensal e avaliações trimestrais.
Um sistema desses não funciona sem contar com incentivos e
punições para extrair de cada repartição e de cada funcionário o
máximo de empenho e desempenho para servir ao público.
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