São Paulo, quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Educação
"Parece mesmo que o Brasil não é um país sério, e o Estado de São Paulo, também não. Quase metade dos professores temporários de São Paulo foram reprovados ("bombaram'). Pior que isso só mesmo a notícia de que esses professores reprovados vão dar aulas nas escolas da periferia da Grande São Paulo ("SP admite ter de usar professor reprovado", Folha, 23/1).
É a consolidação de uma escola pobre para alunos pobres. Parece que São Paulo finalmente descobriu um jeito de acabar com o ensino ruim: colocar professor-bomba para acabar de vez com as péssimas escolas públicas da periferia."
MAURO ALVES DA SILVA (São Paulo, SP)

Maluf
"Agradeço à Folha pelo presente que deu para seus leitores no aniversário de São Paulo, que é a visão de futuro, a opinião sensata e correta do ex-governador Paulo Maluf (Opinião, 25/1). Maluf foi considerado pelo Datafolha um dos políticos que mais tem a cara de São Paulo, mas seu artigo mostra que ele tem a cara do Brasil, pois descreve o sentimento real da população brasileira em relação aos juros altos.
Brilhante artigo, que reflete a pura realidade do Estado brasileiro."
ALBERTO H. HADDAD (São Paulo, SP)

Aneel
"Em referência à nota "Eletrosuriname" (24/1), publicada na coluna de Elio Gaspari, a Agência Nacional de Energia Elétrica informa que sempre puniu concessionárias que desrespeitam os índices de continuidade do fornecimento e que os procedimentos tornaram-se ainda mais rigorosos a partir de 1º de janeiro de 2010, quando entrou em vigor a resolução que obriga as concessionárias a compensar integralmente os consumidores pelas interrupções que superarem os limites estabelecidos por unidade consumidora.
Desta forma, toda vez que a concessionária extrapola o limite, o consumidor recebe, no mês subsequente à apuração dos indicadores, o abatimento proporcional na conta de luz. As concessionárias são também obrigadas a informar mensalmente os índices de interrupção apurados no mês anterior. Com base nessa informação, o consumidor pode checar se a duração informada condiz com o tempo de interrupção.
Caso haja distorção, o consumidor deve entrar em contato com a agência reguladora estadual ou com a ouvidoria da Aneel pelo telefone 167, para a devida apuração."
ADRIANO FERNANDES, assessor de Comunicação da Aneel (Brasília, DF)

Guerra fiscal
"A guerra fiscal só ajuda os sonegadores e quem os auxilia -eles ganham dinheiro lesando os cofres públicos. Isso não acontece no financiamento imobiliário, pois o sistema financeiro tem sua forma de se precaver e, com a nova Lei do Inquilinato, o dono do imóvel pode pedir sua devolução. No caso do fisco, é justíssimo que seja autuado tanto o sonegador que se beneficiou do incentivo não autorizado como quem vendeu a mercadoria. Afinal, eles foram solidários, já que não existe corrupto sem corruptor."
JOSÉ CARLOS CRUZ (Osasco, SP)

Leis sociais
"Ao criar leis sociais que serão unificadas (Brasil, 25/1) e institucionalizar ações em andamento, o governo federal dá um passo muito importante para a consolidação do avanço da distribuição de renda no Brasil. Qualquer que venha a ser o resultado das eleições presidenciais, com certeza ninguém terá coragem de tirar ou reduzir os programas sociais -tipo Bolsa Família e ProUni. Qualquer administração que ousar fazer mudanças que não tenham o intuito de aperfeiçoar os programas sociais já existentes ficará ingovernável e com o sério risco de não terminar o mandato."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Enchentes
"Decerto o efeito devastador das chuvas que acometem o Estado de São Paulo no último mês se deve à impermeabilização do solo, à ocupação desordenada, à pirataria imobiliária e ao parcelamento ilegal. Esquecemos, talvez deliberadamente, que os cursos de água do Estado encontram-se profundamente assoreados, canalizados e estreitados. Há pelo menos cem anos estamos matando nossos cursos d'água! O Anhangabaú desapareceu, o Sumaré também! O Tamanduateí é um esgoto estreito, o Ipiranga, um esgoto estreito e com obras eternas! É preciso lembrar que, dadas nossas condições de solo e pluviométricas, os cursos d'água são uma solução literalmente natural, cuja capacidade de escoar águas é muito maior que a dos piscinões. Então, povo paulista, vamos permitir que nossos rios, patrimônio material e difuso de todos, sejam mortos?"
DANILO COSTA LEITE (São Paulo, SP)

"É impressionante como a cidade de São Paulo está abandonada. Enquanto nosso prefeito se preocupa apenas com outdoor (Cidade Limpa, onde?), nossos bueiros transbordam lixo e enchem nossas ruas e avenidas de água suja, prejudicando a todos. Não dá para entender como um bairro está embaixo d'água há mais de 50 dias, e o sr. Gilberto Kassab nada faz. Aposto que se tivesse um outdoor por lá a situação iria mudar rapidamente. É lamentável tudo isso que ocorre.
E ainda mais triste foi escolher alguém que não dá a mínima para uma cidade com 456 anos de tradição e luta, que recebeu povos de diversas origens e abrigou todos de braços abertos. Agora nem isso podemos, pois não há como chegar na cidade -a menos que criem hidrovias. Mas sem outdoor nas margens, é claro!"
PAULO ROGÉRIO TUNIN (São Paulo, SP)

Haiti
"Apenas um tema para reflexão para os brasileiros que ironizam a nossa posição no Haiti: os americanos não "baixaram" lá para ajudar na reconstrução de um país que eles mesmos ajudaram a destruir (o terremoto apenas mostrou ao mundo como viviam os haitianos), mas para gerir os bilhões que chegarão de todas as partes do mundo e colocar suas empresas para ganhá-los.
Como já fizeram no Iraque, no Afeganistão etc. Enquanto a "síndrome de cachorro vira-lata" atinge o clímax por aqui, o império posiciona seu exército numa clara demonstração, não de quem pretende levar ajuda, mas de quem diz: aqui é meu quintal e ninguém "tasca". Duvido que algum jornal americano tenha ironizado a atitude ridícula do ex-presidente Bill Clinton descarregando um avião. E, no entanto, foi uma cena vergonhosa de exploração da tragédia. Aqui, continuamos com nosso pensamento pobre e subdesenvolvido, e pior, com nosso humor duvidoso para expressá-lo."
CARMEN PONTE (Rio de Janeiro, RJ)

Universidades
"Oportuno o artigo "Departamento Universitário", do reitor Paulo Gabriel Soledad Nacif ("Tendências/Debates", 26/1). O autor afirma que "o departamento representou efetivos avanços na organização da universidade, mas começa a ser conceitualmente superado". Sim, tudo bem, mas, objetivamente, no que a estrutura departamental é deficitária? Como aprimorá-la ou mesmo substituí-la, e no sentido de atender a quais demandas objetivas? O artigo debruça-se longamente sobre a obsolescência do modelo departamental e a necessidade de mudança, mas exatamente qual mudança e com quais objetivos? Descrições de casos e problemas poderiam ajudar o público leigo a entender melhor o problema."
ALFREDO LUIZ PAES DE OLIVEIRA SUPPIA (Sumaré, SP)

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