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PAINEL DO LEITOR
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Lula e a violência
"As pesquisas de opinião divulgadas recentemente pelo Datafolha,
que mostram a preocupação dos
brasileiros com a violência e que
Lula é o presidente mais bem avaliado no início do segundo mandato, não deixam de ser intrigantes.
Recentemente, reelegemos Lula
para mais quatro anos de governo,
com expressiva votação -e o seu
governo é o que se intitula como o
que mais distribuiu renda. No entanto, os índices de violência crescem em todas as regiões do Brasil.
Este governo corre o sério risco
de entrar para a história como
aquele que foi vencido pelo caos na
segurança pública."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
INSS
"Foi recebida com alarde e desconfiança a notícia sobre o recadastramento do INSS, que objetiva reduzir para padrões internacionais o
montante pago sob a rubrica "benefícios por invalidez". Sem critérios,
qualquer proposta de redução seria
inaceitável. Todavia sabemos que
não são poucas as fraudes que oneram a Previdência -que beneficiam poucos e prejudicam muitos.
Por lei, o INSS deveria fazer um recenseamento dos aposentados por
invalidez a cada dois anos. No entanto, o procedimento não é feito
desde 1992.
Recentemente, o órgão identificou cerca de 40 mil aposentados
por invalidez atuando no mercado
de trabalho, fato que merece, no mínimo, investigação."
HUMBERTO CORRÊA (Campinas, SP)
Polícia Civil
"Ainda que fosse apenas para fins
de reivindicação de melhores salários, como afirmam os editoriais
"Força a demonstrar" (26/3) e o artigo de Janio de Freitas de 25/3 ("variações pouco variadas'), ainda assim a atuação da polícia deveria merecer elogios, e não críticas.
Afinal, seria uma reivindicação
por meio do trabalho, e não através
de greves, dessa classe idealista e
com vencimentos tão defasados.
Não seria hora de a mídia ver com
"melhores olhos" essa nossa polícia,
como acontece nos países de Primeiro Mundo? Basta de críticas
destrutivas."
MARCELLO CASTRO DE LIMA OLIVEIRA
(Presidente Prudente, SP)
Remessas ao exterior
"Em relação à reportagem "PF investiga banco dos EUA por remessas" (Dinheiro, 25/3), a diretoria do
Shopping Mueller Curitiba esclarece que, ao contrário do que informou o texto, o Shopping Mueller
Curitiba não está à venda.
Esclarece ainda que o empreendimento não tem conhecimento do
caso em questão."
ISABELA FRANÇA, assessora de imprensa do Shopping Mueller Curitiba (Curitiba, PR)
Resposta do jornalista Mario
Cesar Carvalho - A informação
de que um funcionário da Merrill Lynch cuidava da venda do
shopping consta da investigação da Polícia Federal sobre a
corretora.
São Paulo
"Surpreendeu-me a cotação do
governo do senhor Gilberto Kassab
perante a opinião pública ("Cresce
rejeição ao governo de Kassab", Cotidiano, 26/3).
Vejo obras por toda a cidade: recapeamento de ruas, varrição, limpeza de bueiros, plantio de árvores... O prefeito vem fazendo um
bom trabalho.
Será que os seus críticos desejam
a volta de Pitta, de Erundina ou de
Marta, que promoveram o sucateamento da nossa cidade?"
JULIO AUNHÃO JÚNIOR (São Paulo, SP)
Educação
"O leitor Geraldo Magela ("Painel
do Leitor", 24/3) acredita que alunos de escolas públicas e negros não
entram nas universidades porque
são malformados e, por isso, não
passam no vestibular.
As experiências de ações afirmativas como a da Unicamp (pontos
extras para egressos de escolas públicas e negros) e da Universidade
Estadual da Bahia (cotas para negros de escolas públicas) mostram
que isso não é verdade.
Na Unicamp, relatório da comissão do vestibular mostrou que os
alunos beneficiados por ação afirmativa tiveram desempenho melhor do que os outros em 31 dos 56
cursos em 2005. Na Uneb, não se
verificou diferença maior que 5%
entre os cotistas e os outros, sendo
em alguns cursos a favor dos cotistas.
A crença de que a nota no vestibular mede o conhecimento e a performance nos cursos é só uma crença, cada vez mais desacreditada pelas experiências de ação afirmativa
no Brasil -por mais que a ideologia
liberal do mérito tente negar."
MARCELO HENRIQUE ROMANO TRAGTENBERG, Departamento de Física da UFSC (Florianópolis SC)
Violência
"Em "Show de violências" (Opinião, 26/3), Fernando de Barros e
Silva, à parte a grosseria, ainda que
involuntária, de chamar de "celebridades" os pais do menino João Hélio, se equivoca completamente.
A Rede Globo não está em campanha, apenas noticia os fatos. E a
violência em nosso país atinge níveis alarmantes. É sua obrigação
proceder assim. Como é também
obrigação da Folha.
João Hélio foi assassinado há 47
dias. De lá para cá, o tema criminalidade mereceu todos os dias destaque na Primeira Página da Folha.
No período, 193 reportagens sobre
o tema foram publicadas no jornal,
uma média de quatro por dia. Um
editorial cobrou providências imediatas do Congresso, "pois a situação ultrapassou todos os limites do
tolerável". Sobre João Hélio, a Folha publicou 33 reportagens em 18
dias: o jornal publicou fotos do casal
em oito ocasiões. Sobre o assassinato do menino, o "Jornal Nacional"
publicou apenas 13 reportagens, todas com imagens dos pais do menino. E houve 78 reportagens sobre o
tema violência.
O leitor da Folha que assiste ao
"Jornal Nacional" é testemunha de
que a ênfase dos dois veículos,
quando o assunto é violência, é bem
parecida: ambos cumprem com sua
obrigação de informar."
ALI KAMEL, diretor-executivo de jornalismo da
Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)
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