São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Lula e a violência
"As pesquisas de opinião divulgadas recentemente pelo Datafolha, que mostram a preocupação dos brasileiros com a violência e que Lula é o presidente mais bem avaliado no início do segundo mandato, não deixam de ser intrigantes.
Recentemente, reelegemos Lula para mais quatro anos de governo, com expressiva votação -e o seu governo é o que se intitula como o que mais distribuiu renda. No entanto, os índices de violência crescem em todas as regiões do Brasil.
Este governo corre o sério risco de entrar para a história como aquele que foi vencido pelo caos na segurança pública."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

INSS
"Foi recebida com alarde e desconfiança a notícia sobre o recadastramento do INSS, que objetiva reduzir para padrões internacionais o montante pago sob a rubrica "benefícios por invalidez". Sem critérios, qualquer proposta de redução seria inaceitável. Todavia sabemos que não são poucas as fraudes que oneram a Previdência -que beneficiam poucos e prejudicam muitos.
Por lei, o INSS deveria fazer um recenseamento dos aposentados por invalidez a cada dois anos. No entanto, o procedimento não é feito desde 1992.
Recentemente, o órgão identificou cerca de 40 mil aposentados por invalidez atuando no mercado de trabalho, fato que merece, no mínimo, investigação."
HUMBERTO CORRÊA (Campinas, SP)

Polícia Civil
"Ainda que fosse apenas para fins de reivindicação de melhores salários, como afirmam os editoriais "Força a demonstrar" (26/3) e o artigo de Janio de Freitas de 25/3 ("variações pouco variadas'), ainda assim a atuação da polícia deveria merecer elogios, e não críticas.
Afinal, seria uma reivindicação por meio do trabalho, e não através de greves, dessa classe idealista e com vencimentos tão defasados.
Não seria hora de a mídia ver com "melhores olhos" essa nossa polícia, como acontece nos países de Primeiro Mundo? Basta de críticas destrutivas."
MARCELLO CASTRO DE LIMA OLIVEIRA (Presidente Prudente, SP)

Remessas ao exterior
"Em relação à reportagem "PF investiga banco dos EUA por remessas" (Dinheiro, 25/3), a diretoria do Shopping Mueller Curitiba esclarece que, ao contrário do que informou o texto, o Shopping Mueller Curitiba não está à venda. Esclarece ainda que o empreendimento não tem conhecimento do caso em questão."
ISABELA FRANÇA, assessora de imprensa do Shopping Mueller Curitiba (Curitiba, PR)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A informação de que um funcionário da Merrill Lynch cuidava da venda do shopping consta da investigação da Polícia Federal sobre a corretora.

São Paulo
"Surpreendeu-me a cotação do governo do senhor Gilberto Kassab perante a opinião pública ("Cresce rejeição ao governo de Kassab", Cotidiano, 26/3).
Vejo obras por toda a cidade: recapeamento de ruas, varrição, limpeza de bueiros, plantio de árvores... O prefeito vem fazendo um bom trabalho.
Será que os seus críticos desejam a volta de Pitta, de Erundina ou de Marta, que promoveram o sucateamento da nossa cidade?"
JULIO AUNHÃO JÚNIOR (São Paulo, SP)

Educação
"O leitor Geraldo Magela ("Painel do Leitor", 24/3) acredita que alunos de escolas públicas e negros não entram nas universidades porque são malformados e, por isso, não passam no vestibular.
As experiências de ações afirmativas como a da Unicamp (pontos extras para egressos de escolas públicas e negros) e da Universidade Estadual da Bahia (cotas para negros de escolas públicas) mostram que isso não é verdade.
Na Unicamp, relatório da comissão do vestibular mostrou que os alunos beneficiados por ação afirmativa tiveram desempenho melhor do que os outros em 31 dos 56 cursos em 2005. Na Uneb, não se verificou diferença maior que 5% entre os cotistas e os outros, sendo em alguns cursos a favor dos cotistas.
A crença de que a nota no vestibular mede o conhecimento e a performance nos cursos é só uma crença, cada vez mais desacreditada pelas experiências de ação afirmativa no Brasil -por mais que a ideologia liberal do mérito tente negar."
MARCELO HENRIQUE ROMANO TRAGTENBERG, Departamento de Física da UFSC (Florianópolis SC)

Violência
"Em "Show de violências" (Opinião, 26/3), Fernando de Barros e Silva, à parte a grosseria, ainda que involuntária, de chamar de "celebridades" os pais do menino João Hélio, se equivoca completamente.
A Rede Globo não está em campanha, apenas noticia os fatos. E a violência em nosso país atinge níveis alarmantes. É sua obrigação proceder assim. Como é também obrigação da Folha.
João Hélio foi assassinado há 47 dias. De lá para cá, o tema criminalidade mereceu todos os dias destaque na Primeira Página da Folha. No período, 193 reportagens sobre o tema foram publicadas no jornal, uma média de quatro por dia. Um editorial cobrou providências imediatas do Congresso, "pois a situação ultrapassou todos os limites do tolerável". Sobre João Hélio, a Folha publicou 33 reportagens em 18 dias: o jornal publicou fotos do casal em oito ocasiões. Sobre o assassinato do menino, o "Jornal Nacional" publicou apenas 13 reportagens, todas com imagens dos pais do menino. E houve 78 reportagens sobre o tema violência.
O leitor da Folha que assiste ao "Jornal Nacional" é testemunha de que a ênfase dos dois veículos, quando o assunto é violência, é bem parecida: ambos cumprem com sua obrigação de informar."
ALI KAMEL, diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)

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