São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Ficha Limpa
Antes mesmo de ser aprovada, a Lei da Ficha Limpa já estava sendo trapaceada no Senado, com a mudança do tempo verbal na expressão "os que tenham sido condenados", substituída para "os que forem condenados".
Na época, o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), declarou que só tinha havido uma pequena mudança na redação final da lei. Essa emenda na redação do Ficha Limpa foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles, do Partido Progressista (PP), que pertence ao deputado Paulo Maluf, procurado pela Interpol no mundo todo.
Nessa triste história de fichas limpas e sujas, constatamos o seguinte: o corporativismo impera no Brasil, grande parte dos eleitores continua votando nos fichas sujas, e a única realidade jurídica que existe por aqui é a impunidade dos ladrões de colarinho branco. E ainda existem personalidades supremas do Judiciário dizendo que a Lei da Ficha Limpa não é democrática.
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

 

A Lei da Ficha Limpa é uma aberração: o termo "candidato" em sua origem significa cândido, puro etc... portanto, dispensaria adjetivos ou normas.
Assisti a esse infame julgamento e acho risível a decisão, visto que o desempate foi em favor dos bandidos e contra o senso comum da nação. São ambiguidades tecnicistas, e não de justiça, que estão levando esta nação ao grau de violência e barbárie que se observa.
WILSON JOSÉ LEITE MACHADO (Jundiaí, SP)

 

Com a Lei da Ficha Limpa "adiada" para 2012, surge uma nova onda de engajados, cujo discurso é: a culpa é do eleitor, que não vota direito.
Parte da culpa é do eleitor, sim, mas não podem ser ignorados o corporativismo, a impunidade, o Conselho de Ética que mais parece câmara de ocultamento de falcatruas ou um conselho que simplesmente ameniza crimes de colarinho branco.
Não podemos esquecer ainda do foro privilegiado, da imunidade parlamentar, da lentidão da Justiça e, principalmente, do fato de todos acharem normal um político ser corrupto.
EVERALDO V. DOS SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Aumento de imposto
O governo Dilma, com problemas de caixa, resolve quase triplicar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) dos gastos com cartão no exterior. A medida ganha ares de quase confisco. Isso não só encarece as viagens como reduz os gastos de brasileiros com compras no exterior.
Também torna viajar para o exterior um inferno, pois a nova alíquota do tributo incide sobre os gastos com alimentação, transporte e hospedagem no exterior, inevitáveis, e não só sobre as compras.
Além disso, gera um problema de segurança, pois faz o viajante cogitar levar mais dinheiro em espécie para evitar pagar o tributo, expondo-o a furtos, extravios e prejuízos. Há meios melhores de incentivar o turismo interno.
Decisão lamentável, que tolhe o intercâmbio entre os povos!
LUIZ AUGUSTO MÓDOLO DE PAULA (São Paulo, SP)

Japão
O Japão, assolado por catástrofe tríplice, terremoto seguido de tsunami e ameaçado pelo flagelo da radiação atômica, não tenhamos dúvida, tal como a fênix, se erguerá das cinzas para mostrar ao mundo um modelo de civilização que deve ser copiado, principalmente pelos países emergentes, que não têm uma orientação.
Exemplo se viu e se leu nos últimos dias, quando foram mostrados os danos causados pelo terremoto nas rodovias e o curto espaço de tempo em que tudo aquilo foi recuperado, como se nada tivesse ocorrido.
Um vídeo deveria ser encaminhado ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento: quem sabe lhe dê alguma inspiração para fazer com que o Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) mostre por que existe. Nossas rodovias, com raras exceções, mais se parecem com os caminhos de tropas do Brasil colonial.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

Irã
Na última quinta-feira, o Brasil votou a favor da criação de um relator especial para investigar as violações de direitos humanos no Irã. Nenhum país tem o direito de interferir nos assuntos internos do outro. Cada país tem as suas próprias leis.
O que fazem com o Irã é uma grande conspiração para desestabilizar o país e aumentar ainda mais o caos no Oriente Médio.
Se for para criar um relator especial que investigue as violações de direitos humanos, então que sejam criados também para Estados Unidos, Israel, China e principalmente para a Arábia Saudita, cujo governo é um dos mais radicais do mundo, onde mulheres não podem dirigir, trabalhar e andar sozinhas pelas ruas, pois podem ser presas e punidas pela polícia religiosa, entre outras atrocidades que não são criticadas pelos EUA, pela Europa e pela comissão dos direitos humanos. Chega de hipocrisia.
IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP)

Dermatologia
Sobre a reportagem "Conselho aperta cerca ao grupo de medicina estética" (Saúde, 25/3), a respeito do não reconhecimento da medicina estética como especialização, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que: É considerado especialista em dermatologia quem finalizou a residência médica e foi aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica ou foi aprovado em concurso pela SBD e pela Associação Médica Brasileira (AMB).
O médico Valcinir Bedin não é especialista em dermatologia pela SBD e não possui título de especialização da AMB, segundo a própria instituição.
É importante destacar que o argumento publicado a favor da medicina estética no texto, que diz que "cirurgiões e dermatologistas não têm formação para fazer preenchimentos, botox e outros procedimentos", é inverossímil. O dermatologista, membro titular da SBD, tem formação acadêmica e técnica completa para a realização desses procedimentos.
ELIANDRE PALERMO , membro da diretoria da SBD -Sociedade Brasileira de Dermatologia (Rio de Janeiro, RJ)

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