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DESACELERAÇÃO MUNDIAL
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 países
industrializados, projeta uma desaceleração do crescimento das economias de seus membros. A escalada
dos preços do petróleo, com seus
impactos nos lucros das corporações
e nos gastos dos consumidores, é o
fator considerado fundamental para
reduzir as perspectivas de expansão
econômica. Segundo o relatório
"Economic Outlook", o ritmo de
crescimento dos países industrializados deve diminuir de 3,4% em
2004 para 2,6% em 2005.
Com a tendência de valorização do
euro em relação ao dólar, a recuperação européia perdeu força a partir do
segundo semestre do ano passado.
Os consumidores contraíram seus
gastos e as empresas diminuíram as
contratações e os investimentos.
Diante disso, a expansão do PIB da
região deve cair de 1,8% em 2004 para 1,2% em 2005. Em virtude dessa
relativa desaceleração da área do euro, a OCDE conclamou o Banco Central Europeu a reduzir as taxas de juros, uma vez que a expectativa é de
queda na inflação - 1,9%, em 2004,
para 1,5%, em 2005.
Já o ritmo da economia japonesa, a
despeito dos bons resultados recentes, deve, segundo a OCDE, arrefecer. A previsão é que o crescimento
caia de 2,6% para 1,5%, permanecendo em deflação de -0,9% neste ano.
Também os EUA devem caminhar
mais lentamente, prevendo-se expansão de 3,6% contra os 4,4% do
ano passado.
Para o Brasil, a instituição projetou
uma expansão do PIB em torno de
3,7% neste ano e 3,5% no próximo,
sob a liderança das exportações, que
se beneficiam dos altos preços das
commodities e da demanda chinesa.
Esses sinais de desaceleração identificados pela OCDE não comprometem a tendência mais geral de crescimento -que permanece. Anunciam, entretanto, um quadro menos
dinâmico, que também precisa ser
levado em conta na calibragem das
políticas monetária e cambial brasileiras, cujas distorções ameaçam o
bom desempenho da economia.
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