São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Pessoa
Excelente a reportagem sobre Fernando Pessoa em Durban, na África do Sul (Ilustrada, ontem). Parabéns a Fábio Zanini.
JURCY QUERIDO MOREIRA (Guaratinguetá, SP)

Crianças
Nada como um dia após o outro. Ontem, a crônica "Cibergugu", de Ruy Castro, soou como um contraponto ao artigo da véspera de Benjamin Steinbruch, "Pink dress", poupando-me o comentário que gostaria de ter feito.
URBANO ROQUE ZOTELLI (Piracicaba, SP)

Gay
Ator que se assume gay não é bobo não, como defendeu o novelista Silvio de Abreu (Ilustrada, ontem). É honesto consigo próprio e com seus fãs. Claro que cada um se assume o que é quando e com quem achar melhor. Porém, viver no armário é compactuar com a mentira e com a homofobia que mata um homossexual a cada dois dias no Brasil.
Sou gay assumido há 35 anos e não me arrependo um minuto."
LUIZ MOTT, professor de antropologia da Universidade Federal da Bahia (Salvador, BA)

Aposentados
A opinião da Folha sobre os reajustes aos aposentados condena-os a viver na marginalidade ("Veto pela austeridade", Opinião, ontem).
Como buscarão saúde, segurança, lazer e tantas coisas mais que os endinheirados têm de sobra? Ao governo caberia ou gastar bem, disponibilizando os direitos básicos com eficiência, ou reduzir gastos inconsequentes, como a propaganda exagerada.
Como ninguém quer abrir mão dos privilégios, então que continuem os nosso queridos velhinhos pagando os seus pecados em vida. Estamos nos nivelando por baixo ou não?
LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)

Quilombos
Estranho que uma antropóloga (Manuela Carneiro da Cunha, "A querela das terras de quilombos", "Tendências/Debates", ontem), em vez de focar suas considerações sobre o problema da segregação racial que os quilombos e reservas indígenas fomentam, adentre o campo da economia rural, em que o Brasil vai muito bem.
Subestima assim a gravidade do processo de desintegração territorial e social representado por iniciativas contrárias ao espírito pacifista do inigualável indigenista, engenheiro e militar marechal Rondon.
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP)

 

Bem lembrado pela antropóloga Manuela Carneiro da Cunha: "a parte mais atrasada da pecuária" é quem quer limitar o acesso às terras dos remanescentes quilombolas. Isso é realmente conversa para boi dormir ou para influenciar o Supremo.
EDSON DOMINGUES, aluno da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (São Paulo, SP)

Educação
A reportagem "SP desiste de regra para contratar docente" (Cotidiano, ontem), do repórter Fábio Takahashi, induz o leitor ao erro quando afirma que a "prova dos temporários deixou de ser condição para entrar na rede estadual".
A prova para a contratação dos docentes continua e continuará sendo obrigatória para ingresso na rede. Com este novo modelo de seleção, o governo do Estado garante que os melhores professores estejam em sala de aula.
A resolução publicada no "Diário Oficial" não representa quebra de regra neste processo.
Excepcionalmente, neste primeiro ano de implantação da lei, servirá para a ampliação do banco de candidatos existente em cada uma das diretorias de ensino, com validade até o final de 2010. Com esta medida, a Secretaria de Educação garante que não faltarão professores no âmbito das diretorias de ensino, em alguma matéria ou em alguma localidade, para eventuais substituições que venham ser necessárias pelo afastamento de professores. É o banco de candidatos que agora está sendo ampliado, com professores que não participaram do processo de seleção de dezembro de 2009.
ISABEL MAGALHÃES, coordenadora de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)

Resposta do repórter Fábio Takahashi - A própria missivista confirma a resolução que permite que deem aulas professores que não fizeram o exame. A reportagem não informa que essa será a regra.

Violência
O assassinato do delegado da Polícia Civil de Camaçari, na Bahia, executado ao vivo enquanto dava entrevista para uma rádio local, precisa servir para alguma coisa.
Isso é um chute na cara da sociedade e deveria chamar a atenção dos vigaristas da política profissional, que só sabem cuidar dos seus próprios interesses.
A palavra não pode expressar tamanha indignação. A situação da segurança pública está fora de controle no Brasil, e os bandidos da política, que ainda não entenderam quais são as prioridades do povo, continuam tratando o assunto com a mesma negligência de sempre. Faltam atitudes adultas capazes de dar um basta nesta situação. Sobram justificativas infantis e tolas, que não resolvem nada.
Cadê o presidente Lula? Cadê o ministro da Justiça? Cadê as forças de segurança nacional?
JOSÉ APARECIDO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

Investimentos
Por ter sido citado no texto "Serra usou informação duvidosa ao falar de SP" (Brasil, ontem), gostaria de esclarecer que minhas comparações entre os investimentos governamentais dos países são públicas e já foram divulgadas pela mídia.
A sua fonte estatística (FMI) é exatamente a mesma de trabalhos notórios sobre o tema no exterior.
Faltou dizer que os dados não são auditados pelo FMI do mesmo modo de quando fazem "acompanhamento da política econômica de um país" (como quando o Brasil tinha acordo com o Fundo).
É farta a bibliografia que cita o Brasil como um país de baixa taxa de investimento, nacional e pública, e se desconhece qualquer trabalho no sentido contrário.
JOSÉ ROBERTO AFONSO, economista (São Paulo, SP)

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