São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Noruega
O que assombra na figura do atirador da Noruega é a sua dureza impenetrável. Não há em seu rosto nenhum resquício de culpa, parece que ele saiu da ficção científica. Sua estruturação mental foi capaz de convencê-lo de que tudo aquilo era absolutamente necessário.
O mais desconfortável para o ser humano, contudo, é perceber que Anders Behring Breivik nem agiu como um ser social, sensível, nem assumiu totalmente o manto da psicopatia.
Esse humanoide híbrido, de razões fundamentalistas, fugido das telas de cinema, tornou-se um enigma para o mundo real e merece ser visto à luz da psicanálise, antes que um vizinho próximo bata à nossa porta com sua lista de teorias.
RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)

 

A tragédia ocorrida na Noruega quebrou todos os protocolos peculiares que envolvem o terrorismo mundial. O ditado popular de que "o inimigo mora ao lado", infelizmente, ocorreu neste fatídico e triste episódio em terras escandinavas.
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

 

Nem de longe poderíamos pensar no que aconteceu na Noruega, no dia 22 de julho. Poderíamos esperar por isso na França, na Suíça ou na Alemanha, onde há relativo crescimento de movimentos neonazistas.
Isso é o que torna a situação preocupante, pois revela que há uma tendência forte de acirramento da xenofobia em todo o continente europeu, até em países tradicionalmente pacíficos, como a Noruega.
MARCOS VALÉRIO ROCHA (Luziânia, GO)

 

O massacre na Noruega foi um caso isolado. Louco existe em qualquer lugar. A ultradireita não tem força alguma e suas atuações se restringem a atos isolados de insanidade em alguns países. A ultra e a extrema direita são caricaturas do que foram no passado. Nós já as vencemos, mas os fanáticos existirão por muito tempo e estarão em todos os lugares.
ANDRÉ LUÍS DE OLIVEIRA LEITE (Pelotas, RS)

 

É incrível a "islamofobia" de João Pereira Coutinho ("O terrorista da Noruega", Ilustrada, ontem). Quase afirma que os culpados pelo massacre na Noruega foram os imigrantes que se dirigiram ao país em busca de uma vida melhor. Alguns são muçulmanos. Creio que episódios de ódio ocorreriam mesmo que nunca tivesse acontecido o 11 de Setembro. O preconceito de alguns europeus é anterior à existência de grupos radicais pseudoislâmicos.
YOUNES MOHAMED ISSA (São Paulo, SP)

Amy
A morte de Amy Winehouse no auge de sua carreira comprova, mais uma vez, a força das substâncias tóxicas. Trata-se de um inimigo muito forte e poderoso, incompatível com uma vida normal. A normalidade, para os artistas, parece não ser a mesma de todos. Esconder-se atrás de drogas não é covardia ou falta de coragem para enfrentar a vida.
A linha tênue entre o êxtase e o terror, imperceptível para o dependente de drogas, precisa ser tratada com a ajuda de especialistas e profissionais, o que custa caro e demanda algum tempo.
MAURICIO VILLELA (São Paulo, SP)

BNDES
A estratégia da BNDESPar de investimentos permanentes, ou quase, em grandes empresas, bem retratada no editorial "Os eleitos pelo BNDES" (Opinião, ontem), parece, à primeira vista, um tanto ingênua.
Sabe-se que em outros países, como o Japão e a Coreia do Sul, os governos atuam fortemente para tornar internacionais suas grandes corporações. No Brasil, porém, parece que não se investigam com inteligência o ramo de negócio preferencial, a tecnologia envolvida, o ganho de escala que viria a beneficiar os nacionais e, depois da malfadada quase associação entre Pão de Açúcar e Carrefour, o interesse dos consumidores e trabalhadores brasileiros.
Toda a atuação do banco, ainda mais considerando a longa maturação dos projetos e dos bilhões de reais envolvidos, deveria ser mais debatida, quando menos para sanar essas dúvidas.
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

 

A BNDESPar sucedeu à Ibrasa, à Embramec e à Fibase, criadas para dar suporte a empresas privadas nacionais que, com a quebra da Bolsa em 1971, não mais podiam recorrer ao mercado de ações para se financiar. De lá para cá, muito coisa mudou no mercado de capitais do Brasil. O Novo Mercado da Bovespa se desenvolveu extraordinariamente, tendo chegado, em 2007, a alocar mais recursos para as empresas do que o próprio BNDES.
O objetivo da BNDESPar tem de ser revisto. Não pode mais ser o de apoiar empresas listadas na Bovespa e até na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York), como é o caso do Pão de Açúcar e de seu arranjo societário de duvidosas e questionáveis vantagens para seus acionistas minoritários.
JOUBERT ROVAI (São Paulo, SP)

Paraísos fiscais
Parabéns à colunista Eliane Cantanhêde pelo texto "Como os pontos de crack" (Opinião, ontem), uma síntese muito realista do que vemos e lemos "do andar de cima e do de baixo", todos os dias, no noticiário.
REYNALDO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

EUA
Há pelo menos três razões para os EUA não terem mais saída diante da crise financeira em que se encontram: primeira, toda discussão no Congresso americano é para aumentar o endividamento, já impagável; segunda, os cortes só seriam efetivos se ocorressem na segurança militar, e não na saúde; terceira, o neoliberalismo radical acabou com o financiamento público.
Os bancos privados não irão colocar nenhum centavo sem absoluta certeza de retorno. O capitalismo nos EUA cavou o seu próprio túmulo. Só falta a pá de cal. O Brasil deveria se livrar de suas reservas em dólares e liquidar sua dívida já.
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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